Blast from the Past

Blast from te Past: Battletoads (NES)

Numa geração onde paradigmas gamísticos estão sendo destruídos e novas formas de se jogar videogames criadas, uma pergunta vem se formando n... (por Danilo Reenlsober em 22/06/2009, via Nintendo Blast)

Numa geração onde paradigmas gamísticos estão sendo destruídos e novas formas de se jogar videogames criadas, uma pergunta vem se formando na cabeça dos gamers: afinal, o que é necessário para um game ser considerado “hardcore”? São gráficos ultra-poderosos, que arrancam leite da pedra do console? Uma jogabilidade clássica e intuitiva? Ou ainda a dificuldade extrema em prosseguir no game? Se você escolheu qualquer uma das opções acima, o game hardcore que você procura não será encontrado nessa geração, e sim, num lançamento de muitos anos atrás, do longínquo ano de 1991, para NES: Battletoads.

  • Clássico 8bits

Se você é um gamer das antigas, na casa dos seus 20 anos, com certeza já teve o prazer de jogar essa pérola da, na época ainda nem tão conhecida, Rareware – que viria a ser parceira da Nintendo, como second-party, durante a geração 64bits. Como já é tradicional da Rare, o game se utilizava de todo o poder do NES para trazer ao jogador um game bonito e bem trabalhado, para os padrões da época. A mecânica do game era bastante simples: bata no maior número possível de inimigos, colete itens e mate o chefão no final. Games nesse estilo brotavam pelo ladrilho naquela época e Battletoads entrou nessa também.

Porém, mesmo se aproveitando de um estilo já consagrado, Battletoads se diferenciava dos demais. Não por ser protagonizado por dois sapos humanóides bombadões (os irmãos Zitz e Rash), nem pela sua história, que se resumia a salvar a Princesa Angélica e o terceiro irmão anabolizado, Pimple, que haviam sido seqüestrados pela malévola Dark Queen. O que realmente diferenciava Battletoads dos demais games era seu design de fases e sua dificuldade extrema.

  • Game para poucos

De início, na primeira fase, o jogador tem a falsa impressão de que Battletoads é apenas mais um game ande-e-bata. Porém, essa impressão já cai logo no primeiro chefe do game: uma máquina gigante. Quando o jogador começa a enfrentá-lo, a perspectiva do game muda: de uma visão lateral, que acompanhava o personagem, ela assume a visão do próprio inimigo, que deve ser atingido com pedras para ser derrotado. Algo bastante interessante. Como já não bastasse esse detalhe, na segunda fase do game ele apresenta mais uma surpresa ao jogador. Ao invés de uma fase de avanço horizontal pela tela, a fase avança no sentido vertical, uma vez que se trata de um fosso. Os sapões descem segurando em cordas, e qualquer descuido, ela pode ser cortada.

Porém, é na terceira fase que o game mostra suas reais novidades. A partir desse momento, o game assume um grau de dificuldade ímpar, muito além do já conhecido na época. E esse índice só tende a aumentar durante as fases. Como dito, a terceira fase é o lar de um dos momentos mais clássicos da geração 8bits, quando o jogador deve, com uma motoca turbinada, atravessar um labirinto de pedras, desviando de obstáculos em alta velocidade. E o pior: a velocidade é cada vez mais alta, o que faz com que a ida para a próxima fase só aconteça depois de várias (e muitas) tentativas.

Stage 3:


O design de fases também é bastante diferenciado. Ele vai além das já clássicas fases de floresta, gelo e fogo. Em Battletoads, as fases se entendem para diques de água, torres tecnológicas e até mesmo encanamentos, passando até por, talvez, a fase mais estranha do game, onde o jogador deve subir em cobras de diferentes tamanhos até chegar à saída da fase.

Por essas e por outras, Battletoads tem a reputação de ser virtualmente impossível de terminar, mesmo entre bons jogadores, o que pode afastar alguns jogadores que se sintam mais frustrados.

  • Veredicto

Battletoads marcou uma era. Lançado no final da vida do já cansado, e hoje saudoso, NES, ou Nintendinho, como quiser, o game agradou os críticos e caiu no gosto dos jogadores. Mesmo com sua dificuldade exagerada, o game ganhava muito mais pontos do que perdia, devido ao enredo simples, gráficos soberbos, jogabilidade clássica e personagens bastante carismáticos. Enfim, é um game obrigatório em qualquer biblioteca de games 8bits. E digo mais: mesmo com seus 18 anos de lançamento, Battletoads é um dos games mais desafiadores de que se tem notícia.

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Taí uma série que nunca joguei... Nada melhor que um bom texto pra animar... Prometo que qualquer dia eu testo.

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  2. Muito obrigado, Gustavo.

    Esse realmente é um ótimo game... mas eu nunca consegui zerar ele :(( é muito dificil! rs

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  3. Parabéns, Danilo! Excelente texto!

    Cresci jogando esse jogo, cara. Mas também nunca consegui zerar. Realmente é muito difícil. :P

    A fase da moto e das cobras eram demais (difíceis demais também). Nunca passei da fase dos encanamentos e aqueles malditos espinhos. Nunca vi o final do jogo... :((

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  4. Matéria legal, mas o jogo... UAAUhuaa super sapo! kk

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  5. Dizem que esse jogo é super bom. depois de ler essa análise me deu vontade de testar.

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  6. realmente impossível de zerar
    eu consegui apenas com truques
    creio q são 10 fases, realmente uma mais dificil q a outra

    até hoje 20 anos ainda jogo esse game
    esqueceram de falar tbem q a música é irada!!!
    se destaca e não sai da cabeça!!!

    valeu!!!

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  7. Tenho orgulho de ter zerado esse jogo apos 2 meses jogando a todo vapor ^.^
    Dificil de acreditar q com efeitos de zoom, transparencia e graficos alem do hardware q o Nes produzia ,foram feitos com meros 2 megas @.@
    E realmente os compositores da trilha sonora são os mesmos responsaveis pela trilha de donkey kong do Snes...

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  8. Terminei este jogo sem pegar warp zones, nem usar continues, mas usando aquele código para pegar 5 vidas no inicio. Da próxima vez tentarei sem este último código! Comprei um top game vg-9000 num brexó de usados só pensando em comprar este jogo.
    Se você nunca o terminou vou logo avisando que mesmo tendo experiência em termina-lo, não dá para dizer com 100% de certeza que irá termina-lo. Tem que estar 1000% concentrado, esquecer as frustrações, ter sorte com alguns inimigos que atacam de forma aleatória, decorar muitos caminhos nas fases de corrida, saber sacanear alguns inimigos com técnicas que você mesmo terá que criar, pegar o maior número de vidas com os corvos da segunda fase (super importante para terminar sem usar continue), pegar as vidas 1UP. Concentração, concentração, concentração máxima, é tanta concentração que o jogo deixa de ser divertido. Se estourarem um carro-bomba na sua rua você nem nota de tão concentrado.

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  9. Não tive tempo de jogar esse jogo até o final
    só jogava alugado em locadora
    mas que o jogo é dificil é, morri milhares de vezes jogando

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