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Análise: We Cheer (Wii)

Qual garoto nunca sonhou em ser uma Líder de Torcida, como aquelas que vemos nos jogos de basquete e futebol americano, ou em filmes de... (por Danilo Reenlsober em 24/08/2009, via Nintendo Blast)

We-Cheer-USQual garoto nunca sonhou em ser uma Líder de Torcida, como aquelas que vemos nos jogos de basquete e futebol americano, ou em filmes de gosto e qualidade questionáveis para adolescentes? Ok, desculpe pela piada a lá “A Praça é Nossa”, mas antes de começar essa aná lise, é preciso quebrar o gelo. Não que o game a ser analisado seja ruim a ponto de ser comparado a uma piada, muito pelo contrário. Mas, fique bem avisado: liberte-se de todos os estereótipos e preconceitos que você possa manter em sua mente, e não duvide que um game voltado para o público feminino pode divertir por horas à fio o mais garanhão dos nordestinos machos, sim senhor!


Se você não teve o prazer de conhecer, eu vos apresento “We Cheer”, um típico game de dança que, pelos gráficos fracos e medíocres e arte de gosto duvidoso (que faz você pensar que está assistindo um filme da Barbie ou das Bratz’s), passa despercebido pela imensa maioria dos jogadores, mas que, dentro da sua premissa, diverte e muito. No título, o jogador incorpora um grupo de líderes de torcida, que devem seguir o ritmo das músicas, através de símbolos que surgem na tela, para animar os atletas, antes de entrarem em campo. Pode parecer exagero o que você lerá em seguida, mas “We Cheer” é o que temos de mais parecido, no sentido de game musical, com uma versão Wii de “Elite Beat Agents”, clássico do Nintendo DS.

  • Primeiro a parte técnica...

Qual a finalidade de uma análise? Fazer o leitor querer jogar o game que é analisado, certo? Ok, por isso, vou deixar o mais importante do game para o fim. Primeiro, vamos analisar a parte técnica de “We Cheer”. Começando, claro, pelos polêmicos gráficos. A Namco Bandai optou por algo simples (muito, muito simples mesmo), talvez para agradar jogadores tidos como casuais. Essa escolha causou repúdio em muitos jogadores na época de seu lançamento. Assim, o game foi taxado de infantil e logo caiu no esquecimento.

Verdade seja dita, o game é feio. É realmente feio. Embora seja um game em disco, poderia muito bem ter sido lançado no WiiWare (se não fossem as músicas). Pode parecer estranho vermos gráficos tão primitivos no Wii, mas pode ter certeza, os péssimos gráficos não interferem em nada na diversão proporcionada pelo título. Depois de algumas músicas, você simplesmente se “esquece” o quão feio o jogo é.

As músicas, por sinal, são um caso a parte. Todas elas são muito boas e combinam perfeitamente com o estilo “alegre e saltitante” que o game proporciona. Entre as 30 músicas que podem ser escolhidas para mexer o esqueleto e abanar os pompons, estão clássicos como “Eye Of The Tiger”, numa ótima versão remix; “Unbelievable”, do EMF; “Whoomp! (There It Is)”, do Tag Team; “Footloose”, de Kenny Loggins e “Gonna Make You Sweat (Everybody Dance Now)”, de C+C Music Factory. Além dessas, músicas mais atuais e que estouraram nas rádios mundiais também fazem parte da trilha sonora do game, como “Born for This”, do Paramore; “Jump”, do Simple Plan e “Push It to the Limit”, de Corbin Bleu.

Falar das músicas que podem ser dançadas puxa diretamente outro assunto: a jogabilidade. Primeiro, o principal ponto a ser citado é que o game utiliza dois Wiimotes, mesmo no modo Single Player. Cada um dos controles corresponde a um dos pompons e possui movimentos próprios. Ou seja, enquanto o braço direito faz um tipo de movimento, o esquerdo faz um diferente. Isso leva à lista de acertos (que formam o Combo), que também é independente. Mas o mas importante é a qualidade da jogabilidade. Para se dar bem no game, é preciso “entrar” no ritmo das dançarinas. Não basta ficar sacudindo os braços de qualquer maneira: o game reconhece exatamente que tipo de movimentos o jogador está fazendo, o que faz com que os movimentos realizados pela Líder das dançarinas tenham que ser repetido quase que da mesma maneira.



  • Eu me remexo muito! Tu se remexe muito!

We Cheer”, lançado para o Wii em Setembro de 2008, tem seu público-alvo bem definido: as garotas, principalmente as adolescentes. Isso fica claro quando se bate o olho nas imagens do game, simplórios a ponto de parecer algo saído do WiiWare, e na arte do game, que faz os jogadores torcerem o nariz e remeterem o game a algo relacionado as Bratz’s. Porém, como dito no início do texto, isso deve ser deixado de lado por qualquer jogador, seja ele garoto ou garota (afinal, elas também sabem identificar quando um game é feio).

Depois de um irritante tutorial, o jogo em si tem início. O jogador deve escolher qual... digamos... dançarina ele quer controlar. Não vou mentir: é algo realmente embaraçador. Mas, ao acessar a primeira música, o game mostra seu verdadeiro potencial: esqueça os gráficos medíocres e que você está incorporando uma Barbie de cabelos descoloridos! Esqueça!

O jogo mostra que é divertido – e o pior, viciante -, assim que os ícones surgem na tela da televisão, e você, com seu pompom super colorido, deve reproduzir os mesmos movimentos. Como dito anteriormente, os movimentos devem ser reproduzidos o mais próximo possível daquilo que as personagens fazem na tela. Pode parecer embaraçador no começo, mas depois de algumas partidas, você simplesmente começa a dançar – de verdade-, e nem liga em dar umas reboladas à mais na frente da TV.

A coisa melhora ainda mais no modo Multiplayer. No Championship, principal modo de jogo, até duas pessoas podem jogar. E o melhor, não são necessários quatro Wiimotes. Enquanto o Player 1 faz os movimentos da mão direita, o Player 2 faz os movimentos da mão esquerda. Mesmo parecendo estranho, a coisa funciona, e jogar em duplas pode ser ainda mais divertido. Também há um modo para quatro jogadores, onde cada um utiliza um Wiimote para fazer a dança.



  • Prepare sua melhor saia!

Digamos que “We Cheer” é tudo aquilo que os fãs de “Elite Beat Agents”, clássico game musical do DS, queriam ver no Wii. O que não contribui são os gráficos medíocres e simples demais, e as personagens com o mesmo carisma de um pires. Mas em se tratando de qualidade sonora e jogabilidade – os principais pontos de um game musical -, “We Cheer” não fica devendo em nada. Por isso, deixe o preconceito de lado e caia de cabeça nesse título. Se você gosta desse estilo de game, vai curtir muito. Ou então, espere para jogar “We Cheer 2”, que em breve será lançado.

We Cheer – THQ – Nintendo Wii – Nota Final: 8.5

Gráficos: 5.0 | Som: 9.0 | Jogabilidade: 9.0 | Diversão: 9.0


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Hheuheuh bom review, tenho um amigo que tem 1,94m e adora jogar Wee Cheer e sair rebolando por aí.

    É, é a visão do inferno RIIARIARIAIRIAIRIA

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  2. We Cheer é muuiitoooo bom! Super divertido, apesar da temática toda feminina

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  3. Os gráficos são ruins mas o jogo viciante e divertido, o complicado se fosse o contrário, gráficos exuberantes e jogo ruim, aí sim eu ia pirar de raiva.

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