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Prévia: Darksiders II (Wii U)

A morte é uma das maiores pedras no sapato dos gamers de todo o mundo. Sempre surgindo nas horas mais inconvenientes, a maldita costuma tran... (por Unknown em 16/10/2012, via Nintendo Blast)

darksiders2wiiuboxart1A morte é uma das maiores pedras no sapato dos gamers de todo o mundo. Sempre surgindo nas horas mais inconvenientes, a maldita costuma transformar a diversão em pura frustração. Ainda mais quando falamos de games como Contra, Battletoads e outros clássicos hardcore taxados como quase impossíveis. Mas isto está prestes a mudar com o lançamento do Wii U! Darksiders II é título de lançamento do console, e nele você controla ninguém mais, ninguém menos do que a morte em pessoa! O título, desenvolvido pela Vigil Games, é sequência de Darksiders, game que fez relativo sucesso para o PS3 e o X360. Mesmo chegando alguns meses atrasado para o console da Big N (o game já foi lançado em outras plataformas em agosto deste ano), descubra o que torna esta versão obrigatória para os fãs de jogos de ação.

Os quatro cavaleiros do apocalipse

4horsemenOfApocalypse_vasnetsovA franquia Darksiders tem um enredo bastante complexo e interessante. Há muito tempo atrás, uma guerra interminável entre os Reinos do Céu e do Inferno estava ameaçando a destruição de todo o universo. Foi aí que o Charred Council, entidade responsável por manter o equilíbrio entre os Reinos e evitar tragédias como a que estava por vir, resolveu interferir nesta guerra invocando os quatro cavaleiros do apocalipse: War, Conquest, Death e Famine (no game, Conquest e Famine são substituídos por Strife e Fury). Os quatro, extremamente poderosos, viriam à guerra para julgar a todos e terminar o conflito. Foi quando os primeiros seres humanos começaram a surgir, e o conselho, notando a importância dessa nova forma de vida para todo o universo, os nomeou como o terceiro reino, o Reino dos Humanos. Com isso, uma trégua da guerra foi firmada pelo conselho, pois os humanos deveriam se preparar para lutá-la e para o julgamento final realizado pelos quatro cavaleiros. Assim, apenas quando a raça humana estivesse pronta, os reinos voltariam à Terra para finalmente terminar de uma vez por todas o que haviam começado.

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Não pense, porém, que Darksiders se passa na época desta guerra. O game acontece nos dias de hoje, quando finalmente a raça humana está pronta para guerrear e receber os cavaleiros para seu próprio julgamento. No primeiro título, o jogador assumia o papel de War, enviado para a terra para manter a ordem. Entretanto, o cavaleiro é morto por um demônio e é levado ao inferno. War é salvo pelo Charred Council, que o acusa de ter desencadeado a guerra do apocalipse e ter se aliado ao Reino do Inferno. É aí que entra Darksiders II. No papel de Death, irmão do protagonista do primeiro jogo, você deverá viajar por todo o universo em busca de provas que inocentem War. O mais legal de tudo isso é que a aventura se passa paralelamente à história do primeiro título da franquia, algo bem diferente do que estamos acostumados a ver em sequências de jogos de vídeogames.

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Um épico com E maiúsculo!

Se o primeiro título já era longo e levava cerca de 15 horas para ser concluído (um tempo considerável se lembrarmos que estamos falando de um jogo de ação, daqueles que duram em média 8 horas de gameplay), Darksiders II leva tudo a um novo patamar. A aventura levará em torno de 30 a 40 horas para ser terminada e é recheada de momentos épicos, batalhas de cair o queixo e puzzles no melhor estilo The Legend of Zelda.

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O game é, na verdade, uma mistura de diversos títulos consagrados. Ora o game se parece com God of War, ora com Zelda, mas sempre mantendo um nível alto de qualidade. Darksiders II ainda conta com diversos elementos de RPG, como customização de equipamentos, coleta incessante de itens que podem melhora-los e até mesmo um sistema de upgrades para os atributos de Death. Por essas e outras, o game é claramente um dos mais hardcore na respeitável lista de títulos de lançamento do novo console da Nintendo. Mas aí fica a pergunta: por que jogar um título que já foi lançado há mais de três meses para outros consoles? Aí entra o diferencial do Wii U e as ações tomadas pela Vigil para melhor aproveitá-lo.

Mais conteúdo, mesmo valor

Para começar, a versão de Wii U de Darksiders II vem com todos os DLCs lançados para o game até agora, e isso inclui novas missões, armas e equipamentos. Para um game que é conhecidamente muito grande, estas adições fazem com que o pacote seja provavelmente o mais recheado de toda a line-up inicial do novo console. Além disso,a tela do GamePad não poderia ficar de fora do game, e vem com uma série de funcionalidades interessantes. Durante todo o jogo, no controle, será exibido o mapa dos cenários pelos quais Death está viajando. Parece bobagem, mas, diante de um game com cenários imensos e dungeons que mais parecem um labirinto, nada melhor que a comodidade de poder se localizar sem ter que interromper a ação que está rolando na televisão. Como se não bastasse, com o GamePad, também será possível realizar upgrades, ajustar as opções de jogo e realizar tudo que você faria caso pausasse o game nos consoles concorrentes.

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Os sensores de movimento do controle também serão utilizados. Não de forma exaustiva como os títulos de Wii utilizam o Wiimote, mas de formas sutis que trazem um maior grau de imersão ao jogador (mesmo porque há uma grande diferença entre sacudir um Wiimote e um Wii U GamePad). Por fim, ainda será possível jogar o título integralmente na tela do GamePad. Nada mal, não é? No entanto, nota-se que as funcionalidades ainda são bem simples e que o potencial do Wii U é muito maior do que o oferecido pelo título. Mas isso é perdoável, já que estamos falando de um port de um jogo lançado há meses que aproveitará a onda do lançamento de um novo console.

A chance de redenção

Darksiders II não foi um título imune a críticas em suas análises para as outras plataformas. A maior parte das críticas alegaram que o game apresenta muitos bugs e inconsistências gráficas. Outra crítica pesada ao game é seu excesso de conteúdo, que acaba tornando a jornada um pouco maçante em alguns momentos. Certamente, o segundo problema não poderá ser resolvido, já que não faz sentido algum cortar conteúdo da aventura, mas o primeiro poderia ser muito bem corrigido pela desenvolvedora. Seria a chance da Vigil mostrar a belíssima direção de arte de sua criação sem os transtornos causados por essas inconsistências técnicas.

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O título da Vigil games pode não ser o favorito de todos para o lançamento do Wii U, mas certamente é um dos mais completos e hardcore. Não é comum um console receber,logo em seu lançamento, um jogo tão completo e cheio de conteúdo. Para quem está sentindo falta de um game da franquia Zelda logo no início da vida do console, eis um bom substituto enquanto o título não chega. Darksiders II é um must-play não só para os fãs de games de ação, como também para todos os jogadores hardcore que pretendem ter um Wii U logo em seu lançamento.

Darksiders II – Wii U

Desenvolvimento: Vigil Games

Gênero: Ação

Lançamento: 18 de novembro

Expectativa: 4/5

Revisão: Rafael Neves


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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