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Análise: Professor Layton and the Miracle Mask (3DS)

Quando nos deparamos com um passo à frente sempre sentimos um certo orgulho. Sair de um emprego que gostamos para um parecido, só que me... (por Unknown em 26/11/2012, via Nintendo Blast)

Quando nos deparamos com um passo à frente sempre sentimos um certo orgulho. Sair de um emprego que gostamos para um parecido, só que melhor. Ouvimos um disco novo que é parecido com o anterior da mesma banda, mas com mais qualidades. Comemos um pedaço de pizza de um sabor bem similar a outro, só que ainda mais gostoso. Esses são ótimos exemplos de evoluções, mas é com o novo título do Professor Layton que essa máxima ocorre nos videogames.


Bem-vindo à Monte D’or


Como em todos os títulos da franquia Professor Layton, toda a aventura passa em uma cidade bastante peculiar. Desta vez o nome da “personagem” é Monte D’or, uma cidade pitoresca cheia de pessoas sorridentes, muitas cores e, pra variar, um problemão que parece sem solução.



Em Miracle Mask, Hershel Layton deve investigar a loucura que um homem que se denomina Masked Gentleman está causando na cidade turística com seus poderes inimagináveis, poderes que parecem vir de um objeto conhecido como a máscara do milagre. Isso acaba envolvendo o professor e seus fiéis seguidores: Luke e Emmy Altava, além de todo um momento infeliz no passado de Layton e seus antigos amigos.



A história em si já envolve muito mistério, mas é com a marca registrada da série que passamos a usar ainda mais nossos cérebros para chegar à derradeira conclusão: os puzzles (enigmas). Em Monte D’or, cada habitante pode oferecer uma charada complexa para nossos heróis. Alguns fazem isso em troca de respostas para o grande mistério, enquanto que outros querem apenas se divertir às nossas custas. De qualquer forma, é graças a essa galera apaixonada por perguntas que o game nos oferece momentos empolgantes, apaixonantes e dignos dos maiores momentos da literatura mundial. É isso mesmo o que você acabou de ler: eu comparei Professor Layton a um livro best seller, e me considero cheio de razão.


Mais belo e mais fácil

Em sua totalidade, a nova empreitada no mundo de Layton é basicamente uma evolução geral da série. Tudo o que estamos acostumados está lá: uma narrativa envolvente, personagens interessantes, uma trilha sonora impecável e puzzles, muitos puzzles. Pense que toda a fórmula é a mesma, mas com a potência a mais que o Nintendo 3DS possui em comparação ao DS. É claro que os gráficos foram melhorados, os personagens possuem uma modelagem em 3D competente, o efeito característico do portátil funciona muito bem e as animações em estilo anime são cheias de brilho. Desta forma cabe mais ao gosto do jogador decidir qual estilo prefere entre os dois portáteis.



Mesmo com esta clara evolução, há um fator que parece não seguir necessariamente a ideia de um título lotado de puzzles (quebra-cabeças). Os enigmas parecem mais fáceis do que nos games anteriores, fazendo com que as tão importantes hint coins (moedas que fornecem dicas) não pareçam tão escassas a ponto de nos pegarmos quase perdendo os cabelos. Além disso, a utilização da tela de toque ganhou um sistema de lupa ao invés de simplesmente tocarmos para explorar. É uma mudança simples, nada radical, mas que não funciona com 100% de exatidão, o que pode frustrar vez ou outra.



Além da história longa e envolvente, o game soma horas para seu fator replay com três mini-games super divertidos: um no qual você deve direcionar um robozinho do ponto A para o ponto B, outro onde você se torna um vendedor para fazer com que clientes comprem tudo o que você tem em estoque, e mais um onde devemos ajudar um coelhinho a criar carreira no show business. E usando uma internet sem fio, poderemos baixar até 365 novos puzzles por um ano inteiro após o lançamento do título. Isso é o que eu chamo de serviço competente.

O game do milagre

Professor Layton and the Miracle Mask é uma direta prova de que às vezes não é necessário mexer muito na estrutura ou estilo para mostrar evolução. O título possui tudo o que já vimos nas versões de DS, mas com uma amplitude muito maior. Desde os cenários até à música e efeitos sonoros. Tudo remete a uma sequência que se aprimora a cada novo nome e acontecimento. A produtora Level-5 continua sendo extremamente regular, trazendo para os fãs tudo o que eles querem e mais um pouco. Até mesmo o efeito 3D do portátil, que jamais me agradou plenamente, consegue fazer seu trabalho muito bem feito neste game, ainda mais quando resolvemos com êxito um puzzle e Hershel Layton aponta para a tela, para nós, para fora do Nintendo 3DS.




E isso é simplesmente fantástico.

Prós

  • Narrativa muito competente
  • Óbvia evolução da série
  • Quantidade enorme de puzzles

Contras

  • Exigência do idioma inglês
Professor Layton and the Miracle Mask - 3DS - Nota Final: 9,0
Gráficos: 9,0 / Som: 9,0 / Jogabilidade: 9,0 / Diversão: 9,0
Revisão: Alex Sandro



Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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