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Análise: Batman: Arkham City Armored Edition (Wii U)

Jogos baseados em HQs nem sempre resultam em produtos de qualidade. Por muitos anos as empresas tentaram criar experiências que pudessem... (por Unknown em 12/01/2013, via Nintendo Blast)


Jogos baseados em HQs nem sempre resultam em produtos de qualidade. Por muitos anos as empresas tentaram criar experiências que pudessem reproduzir minimamente a sensação de estar na pele dos super-heróis mais famosos do mundo. Enquanto eventualmente o Homem-Aranha consegue ser fielmente levado ao mundo dos videogames, o Superman amarga fiasco atrás de fiasco, tendo protagonizado, inclusive, um dos piores jogos de todos os tempos, Superman 64. Batman também é um herói com altos e baixos nos games: enquanto protagonizou alguns títulos excelentes na era 16-bit, envergonhou todos os seus fãs durante a geração do GameCube. 



O Cavaleiro das Trevas retorna!    

Contudo, em 2009 a franquia encontrou todo seu potencial com Batman: Arkham Asylum, game desenvolvido pela Rocksteady que contava com um roteiro fora de série e gameplay fluido. Dois anos se passaram e sua sequência, Batman: Arkham City, foi lançada. O título aprimorava tudo que havia sido criado no primeiro jogo da franquia e ainda trazia diversos novos elementos à obra. O game, facilmente, foi um dos melhores lançados em 2011, mas infelizmente, devido às limitações do Wii, não era possível trazer a franquia ao console. No entanto, o lançamento do Wii U tornou possível a vinda de grandes franquias dos consoles HD aos nintendistas, e Batman não poderia ficar de fora! Apesar de ter sido lançado um ano depois das versões para os consoles concorrentes, o game, que ganhou o subtítulo de Armored Edition, conta com todos os DLCs lançados até agora e novos elementos de jogabilidade graças ao GamePad.

Mais recursos que o cinto de utilidades
O game se inicia com Bruce Wayne discursando sobre a criação de Arkham City, um presídio que ocupa parte da cidade de Gotham e que concentra muitos criminosos, desde os mais inofensivos até os mais cruéis e perigosos. O local é comandado pelo Dr. Hugo Strange e representa um grande perigo para Gotham. Wayne então sofre um atentado durante seu discurso e é levado por criminosos para dentro da prisão, e lá, terá que descobrir um meio de escapar enquanto derrota os mais terríveis e perturbados vilões dos quadrinhos. O roteiro, escrito por Paul Dini, veterano nas histórias do Homem-Morcego e responsável por obras excelentes como a série Lost, captura a essência do personagem de forma inigualável, tornando a história, cheia de reviravoltas, um dos pontos mais altos do título. Durante a aventura, Batman se deparará com os mais icônicos vilões da série e, mesmo contando com um enorme elenco, a aventura nunca perde seu foco.

Na mão do palhaço

I’m Batman!

Batman: Arkham Asylum fez tanto sucesso quando foi lançado por uma série de qualidades pouco vistas em games baseados em quadrinhos. Dentre tantas qualidades, além do roteiro, a jogabilidade se sobressaía como uma das maiores. Fluidos, funcionais e divertidos, os controles do game eram excelentes, tornando o jogo muito mais agradável. Arkham City leva tudo a um novo patamar e, no Wii U as coisas ficam ainda mais interessantes, já que o GamePad é utilizado à exaustão. Os combates, que já eram muito intensos, ficaram ainda mais divertidos com a implementação de uma nova armadura para o herói, que é ativada com um toque na tela do GamePad. Além disso, o inventário pode ser acessado inteiramente pela touchscreen, assim como o sistema de upgrades e o mapa do jogo, o que torna a jogatina muito mais eficiente. Por fim, diversos gadgets são utilizados diretamente pelo controle do novo console, seja pela sua touchscreen ou pelo sensor de movimentos. As funcionalidades não são apenas perfumaria e tornam a experiência muito mais imersiva, passando a sensação de que realmente temos total controle sobre o herói.

O game funciona como um título da série Zelda, em que há um cenário que serve como hub e dá acesso às “dungeons” do jogo, onde as missões devem ser realizadas. A cidade é cheia de inimigos, segredos e sidequests para todos os lados, o que aumenta a longevidade da jornada, que já dura em torno de 15 a 20 horas sem a busca por colecionáveis. Para completar, Armored Edition ainda conta com todo o conteúdo extra já lançado via DLC para as outras plataformas, o que inclui missões extras que enriquecem ainda mais a já volumosa história do jogo. As missões protagonizadas pela Mulher Gato são as mais interessantes, já que são integradas à história principal e ocorrem paralelamente a ela. Estas missões, apesar de não serem muito longas, possuem uma dinâmica muito interessante, principalmente por possibilitar que os jogadores possam explorar o enredo sob outro ponto de vista.

Baixo desempenho

O jogo trava, mas não chega a congelar...
Os gráficos de Batman: Arkham City Armored Edition são excelentes, seja por seu lado técnico ou artístico. A ambientação de Arkham é impecável, e passa todo o clima sombrio dos quadrinhos (que o título faz questão de referenciar quase o tempo todo). Tal característica torna o game ainda mais interessante, já que o jogador passa a acreditar no mundo que está diante de seus olhos, o que aumenta muito a imersão do título. No entanto, a versão nintendista do título decepciona na performance em relação às lançadas para consoles concorrentes. O carregamento das texturas é lento e o jogo apresenta muita lentidão em momentos com muitos elementos na tela, o que não ocorre em outras versões. É um pouco preocupante ver que um jogo lançado há mais de um ano para plataformas que já estão no mercado há mais de seis anos roda com certa dificuldade em um hardware lançado há pouco menos de dois meses. Contudo, ainda é cedo para saber se o problema está no port ou se é limitação técnica do console, mesmo assim, é decepcionante que o jogo engasgue tanto.

Se a parte visual do título não consegue se equiparar ao que é apresentado nas outras plataformas, pelo menos quanto ao som temos algo até superior. A qualidade das composições e da dublagem é incrível, e aumenta ainda mais a imersão do jogador. Mas o que torna a versão de Wii U superior às outras é o fato de que quando os personagens se comunicam com Batman via rádio, o som é emitido pelo GamePad, o que dá um efeito mais dinâmico a aventura, dando a impressão de que você é realmente o super-herói.

Lançamento de peso

O lançamento do Wii U marca a chegada de diversos títulos que passaram longe dos consoles Nintendo nesses últimos anos. Felizmente, Batman: Arkham City é um dos títulos que chegaram juntamente com o console e, mesmo com alguns problemas técnicos, é uma excelente opção para começar a coleção de jogos do novo console da Nintendo. Contudo, para os que já jogaram o título em outras plataformas, não há muitos motivos para revisitar a aventura.

Prós

  • Roteiro envolvente e bem encadeado;
  • Jogabilidade excelente e variada;
  • Colecionáveis e sidequests aumentam a longevidade do título;
  • Dublagem competente que aumenta a imersão do jogo;
  • Ambientação convincente.

Contras

  • Lags atrapalham a jogatina;
  • Qualidade gráfica inferior à do game lançado em 2011.


Batman: Arkham City Armored Edition – Wii U – Nota 9.0
Revisão: Lucas Oliveira 

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. É muito cedo para analisarmos a perfomance técnica do console , mas é frustrante as noticias sobre essa questao no wiiu.

    Era obrigacao da Nintendo produzir um console minimamente superior aos da atual geracao .

    Se apresenta lags e graficos inferiores a de consoles de 8 atras , e as perspectivas com a chegada dos proxims consoles da sony e ms sao pertubadores .

    Mas um console que ira viver dos jogos da Nintendo.

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  2. É muito cedo para analisarmos a perfomance técnica do console , mas é frustrante as noticias sobre essa questao no wiiu.

    Era obrigacao da Nintendo produzir um console minimamente superior aos da atual geracao .

    Se apresenta lags e graficos inferiores a de consoles de 8 atras , e as perspectivas com a chegada dos proxims consoles da sony e ms sao pertubadores .

    Mas um console que ira viver dos jogos da Nintendo.

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    1. Infelizmente é verdade,vai ter que se segurar com seus exclusivos,vamos ver o mesmo filme que vimos na 7° geração só que agora com um "U" na frente :/

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    2. É claro que o processador não é lento e horrivel,mas não é o Yosuke Hayashi e sua puxação de saco que vai mudar a opinião de muitos jogadores que sabem dos padroes atuais dos jogos e sabem que é superior ao que vemos no Wii U!!!

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  3. Poderiam fazer agora uma analise do CoD: Black Ops 2. Esse sim foi um que ficou superior no Wii U. Bem, ate onde eu vi falando sobre ele.

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    1. Ja fizeram uma análise sobre darksiders 2??? Por que o porte pro wii u ficou horrível,tem varios objetos do cenário que andam faltando com arvores ,gramas e testuras,é bom abrir os olhos pro wii u,viver so de mario e zelda não dá mais... :'(

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    2. Pra mim sim. Porque quando tive um PS2 os jogos que eu mais senti falta foram justamente Mario e Zelda. Eu já zerei 157284726629326 vezes Super Mario World e jogo ate hoje. E hoje eu vejo o que eu perdi por nao ter tido um GameCube na 6 geraçao (a 7 infelizmente pulei) com tantos jogos que ele me agradaria e que estaria jogando ate hoje. Não que o PS2 tenha sido ruim, mas nao tive nenhum jogo que continuei jogando depois de zerar. Agora com a 8 geraçao irei comprar um Wii U e com certeza ele nao vai me decepcionar.

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  4. Sera mesmo que vamos ter que aguentar mais uma geração atrasados???

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