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Análise: PokéPark Wii: Pikachu's Adventure (Wii)

Em PokéPark Wii: Pikachu's Adventure, somos convidados a entrar no mundo mágico dos Pokémon, uma terra sem limites com diversos ecossi... (por Fábio Garcia em 24/01/2013, via Nintendo Blast)

Em PokéPark Wii: Pikachu's Adventure, somos convidados a entrar no mundo mágico dos Pokémon, uma terra sem limites com diversos ecossistemas e centenas de monstrinhos para interagir. Neste local encantado, participamos de muitos minigames e batalhamos sempre que possível, tudo para manter a paz neste parque temático. Parece bem legal, não é mesmo? Bem, sinto dizer que a realidade é mais dura, e esse jogo pode não ser nem metade do que você imagina.

O Conceito


Pokémon Stadium, lançado em 1999 para o Nintendo 64, oferecia uma gama enorme de atividades, pois você poderia brincar de lutas no modo principal, havia o espaço para você ter um depósito extra de monstrinhos e uma opção para minigames. Quando a Nintendo avançou para o GameCube, essas facetas foram divididas em vários jogos diferentes: quem queria luta deveria comprar o fraco Pokémon Colosseum, os que ambicionavam mais espaço para guardar Pokémon deveriam comprar o pouco convidativo Pokémon Box e, quem queria os minigames, deveria arriscar-se no frustrante Pokémon Channel. Dei essa volta imensa para falar o quê? Que a Nintendo repetiu essa estratégia de oferecer três coisas em jogos diferentes no Wii. Pokémon Battle Revolution cumpre a função de ser um jogo de luta tridimensional ruim, My Pokémon Ranch ocupa a cota de depósito de monstros e, por fim, PokéPark Wii é o equivalente ao jogo ruim de minigames.


Neste jogo, você controla um Pikachu que, por algum motivo que só Arceus poderia explicar, vai parar em um parque com 193 Pokémon que você precisa ficar amigo para, só então, poder usá-los em minigames. Como desculpa para ligar um joguinho e outro, foi criado um mundo tridimensional (bem bonitinho, por sinal)  com vários temas para o Pikachu poder explorar. Mas o foco são os minigames, então...

Chacoalha aí!

Se estamos falando de minigames, de Nintendo e de Wii, você já deve saber o que esperar da jogabilidade, não é mesmo? Um monte de joguinhos pouco criativos nos quais a sua desenvoltura em chacoalhar o controle sem propósito tem mais serventia do que reflexos apurados. O primeiro, por exemplo, se trata apenas de balançar o controle na tentativa de fazer seu Pokémon ganhar uma corrida contra um Bulbasaur.

Explorando mundo de PokéPark você se depara com outro tipo de atividade: o pega-pega. Nesta versão Pokémon da brincadeira infantil, algum monstrinho sai correndo e você vai atrás no tempo determinado. Se alcançar, ele vira seu amigo. Mas às vezes os outros Pokémon não estão tão dispostos a brincar de corridinha, e te desafiam para uma batalha. Nessas horas, você precisa se desdobrar para não se abalar com a jogabilidade ruim e com as limitações e repetições de usar o Pikachu para todo santo problema.


PokéPark Wii é controlado com o Wiimote de lado, então você imagina que é uma jogabilidade simples que usa apenas o direcional, o +, o 1 e o 2, certo? Errado! Nesse jogo, você precisa também usar o B para centralizar a câmera e o A para usar o Choque do Trovão. Agora me diga, se é para complicar e colocar mais botões, por que esse jogo não permite que eu use um Wiimote e um Nunchuck para uma jogabilidade mais confortável? Porque eu, na posição de adulto, tenho uma mão de uma tamanho razoável a ponto de atingir (desconfortavelmente) os botões B e A enquanto jogo com o controle na horizontal, mas e como fazer quando uma criança está jogando? Porque, a propósito, esse é o público do jogo.

Adulto não entra

Os gráficos são uma graça, é legal ouvir as vozes dos Pokémon e a ideia de encontrar os monstrinhos do jogo até me anima, mas não tenho como fugir do fato que esse jogo não é para mim. Tudo é muito simplificado, excessivamente detalhado e o jogador não se sente motivado a explorar, apenas a seguir em frente sem questionar muito. Os minigames repetitivos e o apelo extremamente infantil revelam que esse jogo não deveria ser tocado por quem tem mais de 15 anos. Vou até mais longe, esse jogo parece ideal para alguém que tem menos de dez anos de idade.


A minha nota deste jogo, como podem ver logo ali embaixo, é 5,0. Caso você tenha até uns dez anos, some dois pontos nesta minha nota e aceite como verdade. De qualquer forma, será um jogo repetitivo, com minigames pouco inspirados e um visual agradável, mas se você for menor de dez anos tem grandes chances deste jogo mediano se tornar parte da sua memória afetiva. Neste caso, você se lembrará com carinho dele no Facebook daqui a dez anos, e PokéPark Wii será tão superestimado quanto os pixels em oito bits atualmente.

Prós


  • Visual belo;
  • Jogo perfeito para a sua idade (válido apenas se você for criança);
  • Vozes do anime nos Pokémon.

Contras


  • Repetitivo;
  • Pouco inspirado;
  • Jogabilidade péssima;
  • Infantil demais (válido apenas se você tiver mais de 10 anos).


PokéPark Wii: Pikachu's Adventure - Nota: 5,0
Revisão: Alan Murilo



Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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