Vem aí

Prévia: Com Professor Layton and the Azran Legacy (3DS), prepare-se para uma volta ao mundo em 500 puzzles!

“Todo enigma tem uma solução”. Nem parece que faz mais de seis anos desde que ouvimos esta célebre frase pela primeira vez... Disponível n... (por HugoH2P em 07/02/2014, via Nintendo Blast)

“Todo enigma tem uma solução”. Nem parece que faz mais de seis anos desde que ouvimos esta célebre frase pela primeira vez... Disponível na Europa desde o ano passado, Professor Layton chega às lojas e ao eShop do Nintendo 3DS no dia 28 de fevereiro para concluir o arco da prequela iniciada por Last Specter e por um ponto final na saga do nosso gentleman britânico.

Desde que começou, em 2006 no Japão e 2007 nas Américas e Europa, a série Professor Layton sempre soube aprender com seus erros e tornar seus pontos fortes mais fortes ainda sem ter de recorrer a drásticas mudanças em seu funcionamento. Se você já jogou qualquer um dos cinco títulos anteriores sabe o que esperar de Azran Legacy: Um jogo estilo point & click com uma historia envolvente, recheado de enigmas que possibilitam a progressão na historia e diálogos dublado ou até mesmo belíssimas animações em momentos chave da trama. Mas não se deixe enganar: o jogo esta longe de ser “mais do mesmo” e faz seu melhor para nos deixar ansiosos para a conclusão dessa saga.
Muitos mistérios - e enigmas - aguardam o jogador em Azran Legacy.

Enredo de Tirar a Cartola

Quem diria que Sycamore
era um nome tão comum para
professores?

A historia de Azran Legacy é seu principal atrativo, pois promete grandes revelações sobre personagens que marcaram presena nessa trilogia atual (como os vilões Bronev e Descolé, alem da ajudante de Layton, Emily Altava) e por amarrar essa trilogia com a original, iniciada em Curious Village. O enredo
começa pouco tempo após Miracle Mask, quando o Professor e sua equipe recebem uma carta de Desmond Sycamore, um aqueologista que afirma ter encontrado uma “Múmia Viva” e que deve estar ligada à civilização perdida dos Azran.

Após subir a bordo de um dirigível, Layton e companhia atravessam o mundo visitando os mais diversos locais em busca das chaves dos Azran, cinco objetos em formato de ovos que abrem a câmara que contém o segredo por trás do avanço tecnológico da civilização que, por fim, foi o que causou sua ruína.

Com a ajuda dos já conhecidos Luke e Emmy, além de aparições periódicas de Grosky e do novato Desmond Sycamore, o professor vai enfrentar uma organização conhecida apenas por “Targent” que tem como objetivo capturar somente para si toda e qualquer informação relativa aos Azran. Não bastassem ter que lidar com tal organização que tem até mesmo agentes infiltrados na Scotland Yard, a polícia Londrina, Layton ainda vai se deparar novamente com Jean Descolé, que também busca o segredo dos Azran.

Com uma história, revelações e viradas na trama dignas de rivalizar com o enredo de Unwound Future, Azran Legacies só aparenta pecar no timming com o qual a história se desenrola. Quando a trama fica mais envolvente e promete revelações bombásticas o clima é quebrado com a caça pelos ovos dos Azrans e missões secundárias relacionadas aos locais visitados.




Um Mundo de Novidades


Aliás, a mecânica de percorrer o mundo visitando os mais diversos países (Estados Unidos, Russia, África do Sul e Austrália, para mencionar alguns) promove um sopro de inovação em termos de visuais, música e enigmas. Praticamente todos os jogos anteriores se passaram em Londres ou cidades fictícias dentro do reino unido. Por mais distintas que fossem entre si, todas compartilhavam o mesmo estilo arquitetonico e os mesmos instrumentos musicais embalavam os momentos de investigação e os enigmas a serem resolvidos. Com diversas culturas a serem exploradas, saimos da mesmice dos vilarejos em tons pastéis que acompanham a série desde seu primeiro jogo e experimentamos neve, selva, praias e pradarias compondo uma diversidade de cenários nunca antes vista pelo Professor.
A linda arte conceitual da fictícia cidade de Froenberg, Rússia,
é transformada belíssimamente em uma estrutura tridimensional
dentro do jogo.
Quem mais se beneficiou das mudanças de ares foram os enigmas. Se há algum tempo eles se tornaram um tanto aleatórios em meio ao contexto ao qual eram jogados, agora supervisionados por Akira Tago e inseridos nas mais diversas partes do mundo, os enigmas acabaram sendo mais relevantes e relacionados aos países visitados. Um bom exemplo é o enigma que envolve guardar todas as Matrioshkas (aquelas bonecas russas que entram uma dentro da outra) ao conversar com um dos moradores da cidade fantasiosa de Froenberg, que se encontra na Rússia.

Girar peças, ligar duas coisas,
matemática, lógica,
deslizar... os mesmos tipos
de enigmas de sempre
Mas se a relevância dos enigmas e sua contextualização foi aprimorada, infelizmente não houve nenhum avanço na criação de novos tipos de quebra cabeça. Você continuará se deparando com os mesmos problemas de lógica - bem parecido com aquelas antigas pegadinhas de vestibular -, aqueles que envolvem pequenas equações matemáticas (ou tentativa e erro, se álgebra não for seu forte) e os frustrantes quebra-cabeças de deslizar peças. Mas não tome isso como uma crítica ao conteúdo dos mesmos. Por mais que a estrutura principal tenha sido mantida intacta, eles continuam tão criativos e viciantes como sempre. Pode ter certeza que em nossa futura análise do jogo você verá escrito “os puzzles continuam na sua cabeça mesmo quando você não está jogando, pois você continua pensando em como solucionar aquele enigma que ficou sem resposta” ou algo do gênero.


Aventura Prolongada


Mas por mais que os enigmas e a história sejam os pontos altos e principais atrativos desde que conhecemos pela primeira vez o professor e sua cartola gigante, a franquia vem adicionando extras crescentemente à cada título lançado. Para aumentar a biblioteca de aguçadores de inteligência, 365 puzzles serão disponibilisados diariamente ao longo de um ano, tal qual em Miracle Mask. Os coletáveis, oriundos de Last Specter, marcam presença e continuam sendo encontrados ao resolver enigmas ou clicar em lugares aleatórios do cenário.

Uma das novidades de AL é a presença da função StreetPass do 3DS. Ao passar por um jogador que tenha o jogo, é iniciada uma espécie de “caça ao tesouro”, aonde um jogador passa uma lista de artefatos a serem encontrados espalhados pelos cenários já visitados. A premiação é um tanto sem graça mas extende a vida do jogo. Entretanto, o quê mais agrega horas gastas em AL fora a campanha principal são os três caracteristicos minigames sempre presentes e sempre novos.
Diálogos dublado parecem ter a mesma frequência que em Unwound Future!
O primeiro a ser desbloqueado é o mais simples dos três, aonde é necessário vestir personagens segundo tendencias ou pedidos dos transeuntes. O segundo, um dos mais divertidos, consiste em ajudar o animal da vez, um esquilo, a rolar sua noz através de um labirinto com painéis móveis. Lembra um pouco o Mario Vs Donkey Kong lançado para o eShop do 3DS. Além destes dois, temos mais um que entra na onda de Plant Vs. Zombies e coloca o professor para plantar flores. Embora elas não combatam zumbis, elas enfrentam cogumelos venenosos na tarefa de preencher todo um tabuleiro com seus aromas para reviver plantas e árvores mortas. O mais desafiante dos três, demora um pouco para pegar o jeito mas é definitivamente viciante.

Um Fim de se Tirar a Cartola


Com tudo que Layton nos trouxe, desde histórias fascinantes à frases e jargões que se popularizaram na internet (“This reminds me of a puzzle!”), é com felicidade e tristeza que encaramos a data do lançamento de Azran Legacy se aproximando. Mantendo os padrões da franquia e não tentando arriscar de última hora, Layton faz com maestria o que um cavalheiro deve saber fazer: sair por cima antes de se desgastar. Enquanto ficamos à espera de resoluções à mistérios da série, mais animações chocantes, enigmas de fritar o cérebro e o fim da história desses personagens carismáticos, nos resta apenas a oportunidade de olhar para trás e aproveitar esse tempo pra rememorar não o legado dos Azran, mas o Legado do Layton.


Professor Layton: The Azran Legacy — 3DS
Desenvolvimento: Level 5
Gênero: Puzzles e Point and Click
Lançamento: 28 de fevereiro de 2014
Expectativa: 5/5
"Mas o quê acontecerá agora professor?"
"Só o tempo dirá, Luke, meu rapaz..."

Revisão: Jaime Ninice
Capa: Douglas Fernandes 


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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