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Análise: NES Remix 2 é uma viagem maluca pela história da Nintendo

Com uma seleção incrível de títulos cllássicos, o segundo título Remix da Nintendo é pura diversão no Wii U!


Quando o primeiro NES Remix foi lançado, muitos estranharam a abordagem que a Nintendo estava tendo com aquela peculiar nova franquia. Contando com mais de dez jogos clássicos lançados para o saudoso Nintendinho, o título nada mais era do que pequenos minigames no melhor estilo WarioWare em que o jogador devia superar pequenos desafios de cada jogo. Contudo, a cereja do bolo estava nas fases Remix, que misturavam vários jogos em um só criando desafios completamente inusitados, como, por exemplo, Link, que sem poder pular, teria que chegar ao topo de um estágio de Donkey Kong. Apesar da estranheza, o título fez um sucesso considerável, o que estimulou o desenvolvimento de NES Remix 2, que conta com jogos ainda mais interessantes e algumas boas surpresas aos jogadores.


Revitalizando os clássicos

Ao contrário do primeiro jogo em que alguns títulos mais dispensáveis como Wrecking Crew e Pinball faziam parte do pacote, desta vez a Nintendo decidiu utilizar apenas a nata de seu primeiro console de mesa. Do lendário Super Mario Bros. 3, passando pelos divertidos Kid Icarus, Metroid, Kirby’s Adventure e o obscuro Zelda 2: The Adventure of Link, NES Remix não faz feio quando se trata de apresentar o legado da Nintendo aos jogadores mais jovens, que terão a chance de entender de onde veio o colossal sucesso de suas franquias mais icônicas.
Mais eclética, a lista de clássicos de NES Remix 2 incrível!
Os estágios Remix estão ainda mais insanos, contando com múltiplos Marios sendo controlados simultaneamente, vírus de Dr. Mario que se movem pelo cenário e até Boos (do universo Mario) tentando interromper Kirby de vencer a árvore Whispy Woods. Essas fases são destravadas conforme se avança nos desafios de cada um dos títulos presentes na coletânea, e é a cereja do bolo do jogo, adicionando muitas surpresas ao já divertidíssimo pacote.

Diversão para semanas!

Funcionando de forma muito parecida com o primeiro título da franquia, NES Remix 2 lembra muito aqueles jogos para smartphones em que pequenas missões são realizadas e o jogador é pontuado com estrelas que variam em quantidade dependendo de seu desempenho. É claro que o toque da Nintendo se faz presente o tempo todo, o que o distancia de ser apenas mais uma coletânea genérica de minigames. As estrelas recebidas ao final de cada desafio são acumuladas para destravar novas fases, além de fornecer uma pontuação numérica que, quando acumulada, é trocada por um novo sticker para ser utilizado no Miiverse. Os stickers são lindos e retratam diversos personagens e objetos inesquecíveis dos jogos contidos na coletânea, e a busca por eles é capaz de prender a atenção dos jogadores por dias.
Pobre Link...
Contando com menos desafios que o primeiro título da franquia, NES Remix 2 tenta compensar a falta de conteúdo com dois bônus muito interessantes. O primeiro deles, Super Luigi Bros., coloca o jogador na pele de Luigi em uma versão modificada de Super Mario Bros. Com seus saltos desajeitados, o Mario verde deve enfrentar todas as fases da aventura original com um toque de loucura, já que todas são jogadas da direita para a esquerda, e não ao contrário, como estamos acostumados.
Super Luigi Bros. é uma grata surpresa
O outro, que só é destravado caso o jogador possua o primeiro NES Remix instalado em seu Wii U, consiste em uma homenagem ao lendário Nintendo World Championships, cartucho de Nintendinho utilizado pela Nintendo em competições. O cartucho, que contava com um mix de Tetris, Super Mario Bros. e Rad Racer, é um dos mais raros do mundo, e é muito interessante ver a Big N homenageando algo tão marcante em sua história na era de ouro dos videogames. Contudo, os jogos contidos no jogo são Super Mario Bros., Super Mario Bros. 3 e Dr. Mario, que apesar de não serem os utilizados nos anos 1990, ainda são muito divertidos, figurando os Championship Mode como um extra de respeito.

A velha resistência da Nintendo

Quando analisei o primeiro NES Remix, apontei que, apesar de contar com uma interação extremamente interessante no Miiverse, o jogo ficava devendo por não possuir leaderboards para que os jogadores pudessem comparar seus placares online e tentar superar os melhores colocados em cada um dos mais de 200 desafios presentes na coletânea. Ao contrário do que muitos esperavam, NES Remix 2 também não possui os placares, o que é bastante decepcionante se considerarmos que a Nintendo teve tempo para ouvir o feedback dos jogadores e mesmo assim não foi proativa para adicionar algo tão simples e ainda assim tão interessante para quem joga títulos que são cercados de placares gritando por rankings.

Futuro promissor?

Com o lançamento do segundo título NES Remix em menos de um ano, fica a dúvida do caminho que a Nintendo pretende seguir com sua nova empreitada. Com diversos clássicos lançados desde o Nintendinho até o Wii, a Big N pode ter descoberto uma fonte quase inesgotável de minigames promissores para os próximos anos. O Future Blast que falava sobre um possível Nintendo 64 Remix, escrito pelo companheiro de redação André Segato, pode vir até a se tornar uma realidade caso a Nintendo deseje. E seria incrível se acontecesse, afinal, a Nintendo possui um legado de clássicos inigualável na indústria, e chega a ser um pecado deixar tanto material esquecido no passado.

Prós

  • Seleção de títulos é superior à do primeiro NEX Remix;
  • Super Luigi Bros. e Championship Mode são excelentes bônus;
  • Fases remix muito criativas;
  • Alto fator replay.

Contras

  • Ausência de leaderboards;
  • Menos fases do que o primeiro NES Remix.
NES Remix 2 – Wii U – Nota 8.0
Revisão: Luigi Santana
Capa: Sybellyus Paiva e Douglas Fernandes 

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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