Fatal Frame: Maiden of Black Water (Wii U): por que você deve jogar

Descubra o que faz Fatal Frame: Maiden of Black Water ser um título obrigatório para os donos de Wii U.



Água, montanhas, santuários, espíritos malignos e uma câmera fotográfica. Elementos que parecem não ter muito em comum, mas que fazem todo o sentido em Fatal Frame: Maiden of Black Water, game lançado há quase um ano para Wii U no Japão e que finalmente chegou a este lado do globo no último dia 22. Mas, afinal, por que você deve dar uma chance ao jogo?

Porque é Fatal Frame

Desenvolvida pela Tecmo (atual Koei Tecmo), Fatal Frame é uma famosa franquia que teve início em 2001, no PlayStation 2, e que ganhou espaço no coração dos jogadores por explorar diversos pontos que criavam uma verdadeira atmosfera de terror: macabros rituais japoneses, espíritos malignos e uma simples câmera fotográfica como arma, além dos ambientes sombrios e dos assustadores efeitos sonoros (ou a ausência deles). Porém, depois de quatro jogos e alguns spin-offs lançados, muito se discute sobre a possibilidade da série ter perdido um pouco da sua essência. E é justamente por esse motivo que Maiden of Black Water merece uma chance. Afinal, será que veremos uma revitalização da franquia? E, caso isso não aconteça, ainda assim é possível que o jogo seja bom a ponto de tornar-se motivo de orgulho para os donos de Wii U? Essas perguntas ainda não têm resposta, mas acredite: pelo que foi visto até agora, o jogo tem potencial para conquistar novos adeptos e, ao mesmo tempo, agradar aos veteranos.

Fatal Frame 2, considerado um dos melhores da série

Donzelas do santuário

A história do jogo tem como pano de fundo o Monte Hikami, um lugar que já foi considerado ponto turístico e que atualmente é famoso por ser o local onde as pessoas vão para cometer suicídios. A montanha envolve muitos mistérios e é conhecida por ter muitos espíritos malignos, como as Shrine Maidens (donzelas do santuário), que podem aprisionar uma pessoa e forçá-la a se suicidar por meio de possessões espirituais. É nesse ambiente que acompanhamos a história dos três protagonistas do jogo: Yuuri Kozukata, uma jovem com poderes sobrenaturais e que é capaz de ver o passado dos objetos e das pessoas em que toca; Miu Hinasaki, que vai ao Monte Hikami em busca de sua mãe desaparecida; e Ren Hojo, um escritor que busca fontes para seu novo livro. Mas o que essas três pessoas têm em comum? Quem realmente são as Shrine Maidens? Tudo isso você vai descobrir no decorrer do game.

Fantasminha não muito camarada...

A história do jogo tem algumas características interessantes: a primeira, é que ela tem alguns pontos que a interligam aos jogos anteriores da série (mais especificamente a Fatal Frame e Fatal Frame III: The Tormented). Mas isso não significa que os novatos precisem jogar os títulos anteriores, pois a história de cada Fatal Frame consegue ser independente, e os pontos em comum com outros jogos são bem sutis. Outro fato interessante é que o Monte Hikami foi inspirado em Aokigahara (conhecida como Mar de Árvores), uma floresta localizada no Monte Fuji, no Japão, e que é conhecida por ser um local de suicídios. Por esses motivos, a história de Maiden of Black Water fica ainda mais instigante e assustadora.

CâmeraPad

No jogo, o único meio de enfrentar os fantasmas é tirando fotos deles por meio da Camera Obscura, uma máquina com poder de exorcismo que pode ficar mais potente dependendo do filme, lentes e outros upgrades que você estiver usando. O uso do GamePad como Camera Obscura se mostra muito interessante, pois é necessário girá-lo e posicioná-lo no ângulo e posições certos para tirar as fotos dos espíritos, assim como uma máquina fotográfica real. É verdade que isso pode ser incômodo em algumas situações (experimente usar o GamePad numa sala pequena e cheia de inimigos e você vai saber do que estou falando), mas ao mesmo tempo combina muito bem com a proposta do jogo e traz um pouco mais de desafio e imersão. Afinal, quem nunca teve vontade de jogar Fatal Frame com uma “câmera” em mãos?

Tirar selfies aqui, definitivamente, não é uma boa ideia.

Mais velozes e mais furiosos

Os fantasmas sempre foram o ponto forte de Fatal Frame. Emitindo ruídos medonhos e aparecendo repentinamente, são garantia de bons sustos (que atire a primeira pedra quem não se assustou com a Falling Woman, espírito suicida que gritava e se atirava do topo de uma escada em Fatal Frame 2). A boa notícia é que os espíritos de Maiden of Black Water continuam ameaçadores e agora têm formas e padrões de ataque mais diversificados: existem espíritos de crianças que correm ao redor do jogador, dificultando o uso da câmera; existem inimigos que têm movimentos e ataques mais velozes; e muitos outros, que só serão vistos no decorrer do game. Isso sem mencionar que os ruídos e gemidos emitidos por eles ficam mais assustadores quando escutados através das saídas de som do GamePad.

Cuidado! Atrás de você!

O bem essencial à vida

Como o subtítulo do jogo sugere, a água é o elemento central da história de Maiden of Black Water e também influencia bastante no gameplay. Existe um medidor na tela que mostra se o seu personagem está seco ou molhado — se estiver molhado, ficará mais vulnerável aos ataques dos fantasmas. É um recurso novo na série, e obriga o jogador a ficar atento tanto aos perigos que o cercam quanto ao estado de seu personagem.

Ficar resfriado não é a sua única preocupação nesse momento.

Fatal Frame: Maiden of Black Water tem tudo para ser um ótimo game de terror. Pode não ser o título definitivo do gênero, mas ainda assim parece cumprir tudo o que prometeu e merece a atenção dos jogadores. Quem quiser experimentá-lo pode baixar a demo que está disponível no eShop e testar os dois capítulos iniciais do jogo.

E você, caro leitor? Está ansioso para desbravar o sombrio mundo de Fatal Frame?


Revisão: Vitor Tibério 
Capa: João Gilberto Melo

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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