Processador do Nintendo Switch é um Nvidia Tegra X1 padrão

Contradizendo o anúncio da Nvidia, processador parece carecer de customizações.

em 16/03/2017
Desde o anúncio do Nintendo Switch, muita especulação foi feita ao redor do processador do aparelho. Sabíamos que era desenvolvido pela Nvidia e faria parte da família Tegra de processadores mobile, porém a empresa norte-americana havia afirmado que seria um processador customizado para a Nintendo. Agora, uma análise do hardware feita pela Tech Insights revela que o processador não passa de um Tegra X1 convencional, chip já visto em dispositivos como o Nvidia Shield.

O GIF abaixo compara a imagem capturada pela Tech Insights (imagem marrom) com outra já existente (imagem colorida) de um processador Tegra X1.


Apesar da notícia não ser uma completa surpresa — vários relatos já indicavam que seria o caso —, continua sendo um pouco decepcionante. O X1 não deixa de ser um processador poderoso para sua portabilidade e versatilidade, mas é um chip disponível no mercado desde 2015. Adicionalmente, o anúncio da parceria entre Nvidia e Nintendo passa a ser duvidoso com essa informação:
O Nintendo Switch conta com o desempenho do processador Tegra customizado. O processador de alta eficiência inclui uma GPU Nvidia baseada na mesma arquitetura que as placas de vídeo GeForce de melhor desempenho do mundo.
O parágrafo da Nvidia afirma duas coisas: que o Switch usa um Tegra customizado e que sua GPU (unidade de processamento gráfica) usa a mesma arquitetura das placas de vídeo mais avançadas da empresa. A confirmação do uso do Tegra X1 confirma que nenhuma dessas coisas é verdade. O processador é padrão e a GPU utiliza a arquitetura Maxwell, não a Pascal encontrada em GPUs recentes como a GTX 1080.

Pelo lado positivo, o Switch usa uma atualização recente do X1, a mesma usada no novo Nvidia Shield, então não é exatamente o mesmo processador de 2015.

Para ter uma noção de como o Tegra X1 compara com outros processadores mobile, benchmarks atuais o colocam à frente do Apple A9, presente no iPhone 6s, mas atrás do A10, do iPhone 7, e do A9X, do iPad Pro. Contudo, a grande bateria e o sistema de resfriamento permitem que o chip trabalhe em potência máxima por mais tempo do que um smartphone ou tablet convencional.

Fonte: Tech Insights via NeoGAF
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