The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Wii U/Switch) — a aventura continua

A cada momento, uma nova supresa.


Semana passada, relatei meus primeiros passos na mais nova aventura de Link, The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Wii U/Switch). Como eu ainda estava sem um Nintendo Switch, joguei no Wii U apenas explorando curiosamente vários cantinhos do novo mundo. Segundo o Activity Log do console, só nisso eu gastei cerca de 15 horas.

Esta semana, equipado com o novo console, pude recomeçar o jogo, agora sem medo de seguir a campanha principal. Já familiarizado com as mecânicas principais do jogo, pude completar a área inicial, Great Plateau, rapidamente. Ignorei praticamente todos os conselhos do velhinho, pois afinal eu já sabia aonde ir. Ativei a torre, completei as shrines e decolei para Hyrule.

Aqui é um bom ponto para dar uma sugestão sobre este jogo: desligue o mini-mapa. Pressione +, vá às opções e coloque o HUD no modo Pro. Me agradeça depois. Mencionei um pouco disso no texto anterior, mas vou ressaltar que esta Hyrule tem muito a ensinar para outros jogos de mundo aberto. Em muitos jogos, frequentemente preciso consultar o mapa para me orientar, pois o mundo em si não favorece a navegação. Este não é o caso de Breath of the Wild, pois Hyrule é repleta de pontos de referência, estradas, placas e personagens que podem ser usados para encontrar o caminho sem constantemente depender da sua Sheikah Slate.



Evitar de usar o mapa o tempo todo (em particular, o mini-mapa que exibe os marcadores das missões) abre espaço para "felizes acidentes". Quando o jogador sabe que seu destino é "mais ou menos" em uma direção, há margem para se perder um pouco no caminho e encontrar segredos e mistérios suculentos. Esses acidentes são, ao meu ver, parte fundamental da experiência do jogo, e tentar jogá-lo apenas indo de um ponto A para outro ponto B e assim por diante elimina quase completamente isso.

Só quase. Ao seguir de perto a main quest, Breath of the Wild se assemelha muito dos Zeldas 3D que estamos habituados. Campos, inimigos, vilas, dungeons e bosses estão todos presentes, mesmo que de forma menos central à experiência. Mesmo assim, Breath of the Wild incentiva muito uma exploração mais livre. Sem querer dar detalhes, posso dizer que a main quest tem dois componentes principais: um leva o jogador às dungeons, que podem ser feitas em qualquer ordem, e outro exige o maior conhecimento possível de Hyrule. Com apenas algumas dicas, o jogador deve encontrar locais específicos do mapa. Novamente, pontos de referência e personagens são uma grande ajuda, então é importante ficar atento a tudo ao redor.



Eu completei apenas um dungeon, localizado na região dos Zoras. É bem claro que dungeons não são tão importantes para progressão como já foram em outros Zeldas. Também são bem diferentes do que estamos habituados na série, mas mantêm um ar de familiaridade.

Aos poucos, a narrativa também vai se apresentando a mim, mas ainda acho que esse é o aspecto mais interessante do game. Muita coisa cai nos clichês da série e é muito claro em qual direção a história vai caminhar ao longo do jogo. Vários outros Zeldas também caem nesses problemas, mas parece engraçado que um jogo tão cheio de surpresas e mistérios tenha uma narrativa tão previsível.

Realmente é impressionante. Quando jogo Zelda, não quero parar, e quando não estou jogando, tenho vontade de jogar. Faz tempo desde a última vez que um jogo me cativou tanto, por diversos motivos. Ele não é absolutamente perfeito (afinal, o que é?) e irei abordar alguns de seus defeitos na análise que está por vir, mas nenhum desses problemas diminui a grandiosidade da experiência. Muitos jogos dos próximos anos terão este como referência.

Nos próximos dias, vou falar um pouco sobre o Switch em si. Não deixe de conferir!


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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