Blast from the Past

Blast from the Past: Eternal Darkness Sanity’s Requiem (GC)

Eternal Darkness foi um dos games que mais teve adiamentos em toda a história da indústria. Produzido por uma empresa até então novata, a c... (por Gustavo Assumpção em 10/06/2009, via Nintendo Blast)

Eternal_Darkness_boxEternal Darkness foi um dos games que mais teve adiamentos em toda a história da indústria. Produzido por uma empresa até então novata, a canadense Silicon Knights, ele não conseguiu ficar pronto para o 64, console no qual originalmente ele seria lançado. Na E3 2001, eis que ele aparece completamente portado para o então estreante GameCube. Em setembro de 2002, eis que finalmente ele chega as lojas.

Um trabalho de Mestre

Depois de tantos adiamentos, quase ninguém realmente esperava que Eternal Darkness Sanity´s Requiem realmente conseguisse alcançar todos os resultados que eram imaginados. Mas, logo após o seu lançamento, já ficava bem claro que ele não era só mais um game para o console da Nintendo.


A maior das genialidades do jogo, era a presença da barra de insanidade. Trata-se de um medidor no canto superior da tela que indica o nível de tensão do protagonista. Com essa barra atingindo o limite, coisas inusitadas podem acontecer. Algumas delas são realmente perturbadoras, como ver a si próprio se desfazendo em pedacinhos com direito a mutilações, e outras são engraçadas como a clássica falsa tela de início ou então a falsa mensagem de “Parabéns, você completou o game”.

eternal-darkness-sanitys-requiem-image3Outro grande trunfo do game está no trabalho psicológico dado a história, que é dividida em 12 personagens principais, fato inédito até o momento. A forma com que o desenrolar desse enredo acontece é excelente.

Basicamente, a história segue os passos de uma jovem garota, Alex Roivas, que ao descobrir a morte de seu avô visita a sua ex-moradia em Rhode Island para os reais motivos do acontecido. Dotada de um eternal-darkness-sanitys-requiem-image2temperamento muito forte, ela não se deixa barrar pelos policiais e entra na mansão.


Na mansão, ela encontra um livro, escrito de carne e sangue, chamado The Tome of Eternal Darkness. Nesse livro, ela encontrará a história de cada um dos personagens que já escreveram nele através de todo o tempo. Conforme ela lê um capítulo, você jogará com um outro personagem, com virtudes (a questão psicológica conta muito aqui) e jogabilidade únicas.

Grudges


eternal-darkness.724929Devido a barra de insanidade, o seu personagem ficará horas a fio escutando gritos e mais gritos desesperados. A trilha sonora em si é boa, mas o jogo consegue chegar a um nível tão assustador que incomoda. As composições são de Steve Henifin, que fez outras trilhas de sucesso. O som do jogo na parte da mina, por exemplo,  composto por gritos e efeitos sonoros de dilaceração é genial!

eternal-darkness-sanitys-requiem-image1O visual do game talvez seja o ponto que mais apresente dificuldades técnicas. Apesar de extremamente bem ambientado, há efeitos especiais muito feios (como o do fogo) e animações chapadas e sem vida. Mas mesmo assim, é um dos games mais bonitos da primeira leva do console da Nintendo.

Um design histórico


Um  dos detalhes que mais simbolizam o quanto Eternal Darkness é fabuloso é a atmosfera sombria que foi conseguida pelos desenvolvedores. Cada um dos ambientes pelo qual o jogador passará, e isso inclui ruínas persas, localidades na Idade Média, hospitais improvisados e coisas do tipo, foi tão bem criado que chega a impressionar. Uma das principais inspirações do time de produção foram obras da literatura mundial entre elas as de na escritores famosos como Shakespeare ou H. P Lovecraf.


Outro ponto de destaque eram as magias, que em Eternal Darkness não são meras formas de explodir todo mundo na tela. Elas tem funções suplementares e importância fundamental nos puzzles. O sistalexandra-roivasema parece um pouco complicado no início, mas se torna bem interessante com o passar do tempo.

Muitos dizem que o grande trunfo do game, foi conseguir aliar um belo desenrolar da história com a possibilidade de se jogar com 12 personagens diferentes, o que é ao mesmo tempo dinâmico e inédito. Mas talvez a maior explicação para o sucesso do game seja a intrínseca relação entre a jogabilidade e a história, com uma influenciado de maneira decisiva na outra. Fato raro até mesmo hoje em dia.

Sanity´s Requiem é um game fantástico se levarmos em consideração a inovação que a série proporcionou ao gênero. Bem que poderíamos ver uma continuação da série pintando em breve no Wii…


Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Eu queria um NEW PLAY CONTROL dele pro Wii...

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  2. Não tive oportunidade de jogar, seria bom um remake para o Wii

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  3. Ja tinha ouvido falar desse jog, deve ser irado

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  4. Recentemente comprei o o jogo e terminei ele no meu Wii. É muito bom, mesmo. A jogabilidade, o clima, a história e som são ótimos. Os gráficos são meio fraquinhos, parecem um 64 melhorado, mas ainda assim tem alguns pontos onde eles
    surpreendem.

    Os efeitos de sanidade são muito divertidos e por vezes assustadores. Tomei um cagaço na banheira.

    Os monstros lovecraftianos são muito massa, embora tenha sentido falta de maior variação dos inimigos.

    Todo caso, é um jogo que vale a pena.

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