Iwata dá primeiros detalhes dos recursos online do Wii U e promete “flexibilidade”

em 15/06/2011

O presidente da Nintendo, Satoru Iwata , conversou com um grupo de investidores e acabou soltando algumas informações valiosas sobre as capa... (por Gustavo Assumpção em 15/06/2011, via Nintendo Blast)

2011_HW_3_imge16_E3O presidente da Nintendo, Satoru Iwata, conversou com um grupo de investidores e acabou soltando algumas informações valiosas sobre as capacidades online do Wii U, novo console da Big N anunciado durante a E3 2011. Até o momento, a Nintendo faz mistério sobre os detalhes, mas deu pra perceber que o sistema será mais flexível do que o dos concorrentes. Os principais pontos foram transcritos pelo site japonês da Big N e você confere abaixo:

Para começar, eu vou ter que dizer que eu não tenho nenhum material comigo hoje que pode ilustrar precisamente o que o nosso ambiente online vai ser, mas posso falar genericamente sobre a direção que pra qual estamos nos movendo.

Eu acho que, em geral, o ambiente online está mudando muito rapidamente.

Então, o que tenho sentido ultimamente é que a ideia de dizer: "vamos criar uma estrutura e gostaríamos que os desenvolvedores se adequassem para caber na estrutura online que estamos criando" talvez já esteja datado.

Eu acho que o modelo no console anterior da Nintendo incluiu frequentemente a ideia de um conjunto e estrutura online fixas. Então, eu acho que, daqui para frente, a questão é realmente até que ponto a Nintendo pode criar um sistema mais flexível para os seus consoles.

E o que encontramos neste momento é que, como discutimos a estrutura online com editoras diferentes, as coisas que os diferentes editores querem fazer são, na verdade, aparentemente bastante diferentes.

Nossa direção atual é como nós podemos tornar os desejos de terceiros realidade e criar um sistema que seja flexível o suficiente para permitir-lhes fazer os tipos de coisas que eles querem fazer.

Por exemplo, a questão do VoIP. Eu acho que o que nós gostaríamos de trabalhar com ele, adotando uma forma de capacitar (o console) a fazer isso. Mas, o que não vamos fazer é analisar as condições e pré-requisitos para que todos os jogos incluam essas características, porque, obviamente, há alguns desenvolvedores que podem não querer fazer isso.

Quanto às redes sociais, depois de analisar a taxa de penetração e a adoção de serviços de redes como Facebook, etc, chegamos à conclusão de que não estamos mais num período em que não podemos ter qualquer ligação com os serviços sociais. Pelo contrário, eu acho que nós chegamos a uma era onde é importante considerar como os serviços de redes sociais podem trabalhar em conjunto com algo, como uma plataforma de videogame.

Assim, quando chegarmos a um ponto onde somos capazes de falar mais concretamente sobre os nossos planos online, acho que depois de ouvir o que nós vamos ter pra dizer, você vai sentir que a Nintendo tem uma política de se adaptar às mudanças no ambiente de rede de forma flexível ao invés de um sistema que adere a um mecanismo rígido ou, talvez, você vai perceber que temos encontrado maneiras de tirar vantagem desses tipos de recursos, onde os nossos sistemas têm sido vistos como “fracos” no passado. No entanto, infelizmente, não vamos ser capazes de partilhar nada de concreto hoje.

Tudo parece meio misterioso demais até agora, não? Pelo jeito vamos ter que aguentar mais uns meses pra entender o que a Nintendo quer dizer, efetivamente, com tudo isso. Enquanto isso, vamos especulando.

Via: Andriasang


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.