A série de games Ace Attorney possui carisma, qualidade, uma narrativa competente e muitas reviravoltas em seu enredo. Desde o lançamento de seu primeiro título para o GBA, o sucesso veio mundialmente com ótimas vendas e uma grande quantidade de produtos e títulos spin-off. Miles Edgeworth: Ace Attorney Investigations (DS) foi o último título lançado no ocidente, e mesmo com suas ótimas críticas, sua sequencia nunca chegou às nossas mãos. Gyakuten Kenji 2 (Ace Attorney Investigations 2) é um game que não apenas fecha o arco de histórias de Miles, mas também possui todas as qualidades de seu antecessor. Infelizmente a Capcom ignorou o lançamento nas américas e é aí que este Blast from Japan começa.
As escolhas que fazemos
Após tudo o que aprendeu na época dos três primeiros games da série Ace Attorney, Miles Edgeworth tornou-se mais humilde, passou a entender melhor os seres humanos e seus aspectos únicos. Ele passou a trabalhar em conjunto com o detetive Dick Gumshoe investigando cenas de crime para resolver os mais complexos casos. Além disso, a esperta ladra adolescente Kay Faraday volta a ser parte importante da trama trazendo problemas para a peculiar dupla. A narrativa desta sequência envolve novamente estes três personagens e uma série de conflitos onde Miles pode até perder sua licença por causa de uma nova juíza e um programa judicial criado para cancelar promotores incompetentes. Somando a isso, o nosso protagonista ainda se depara com um advogado de defesa que é um antigo colega de seu pai. Isso engatilha um conflito pessoal, pois Miles ganha a chance de se tornar um advogado de defesa que nem seu pai foi, mas isso pode trazer consequencias que ele jamais imaginou.
Aponte e clique
O grande diferencial da franquia “Investigations” em comparação aos outros games da série Ace Attorney são as próprias fases de investigação. Aqui tudo é jogado como o bom e velho “point & click” de games como Tales Of Monkey Island e Sam & Max. Isso trouxe um up bacaninha para a série que acabou colocando o jogador mais na pele dos personagens e das cenas do crime. Todos os elementos do primeiro game retornam assim como um de meus favoritos: a mecânica Little Thief, onde usamos um dispositivo de Kay Faraday para recriar e investigar uma cena de crime reproduzindo todos os elementos necessários como testemunhos e impressões digitais. Além disso há a adição de uma nova mecânica chamada Logic Chess que usamos quando alguma pessoa se recusa a testemunhar. O fundo se torna um tabuleiro de xadrez para simbolizar uma partida entre Miles e a testemunha. A partir daí a mecânica se assemelha à magatama dos games do Phoenix Wright onde a principal intenção é tirar da pessoa todos os seus segredos.
Sem versão americana
Quando a Capcom foi questionada se veríamos uma versão ocidental deste excelente título, a resposta foi triste para nós fãs: “Não, sentimos muito.”. Este baque teve um único e simples motivo: a falta de retorno após a localização. Nas palavras da empresa os custos de uma não ultrapassariam os ganhos do outro, pois as vendas do primeiro título foram apenas medianas. Já no Japão, em sua primeira semana de vendas, o game fez um sucesso estrondoso ultrapassando as 100.000 unidades. Mesmo com toda a qualidade e competência narrativa, a chance de vermos este título em inglês é pequena. A esperança que nos resta é o fato de que a Capcom pensa em futuramente distribuir todos os títulos em forma digital (o que já aconteceu com alguns). Isso nos traz a possibilidade de jogarmos essa sensacional aventura em um futuro próximo em nossos 3DS ou até mesmo no Wii U. Assim diremos “Objection!” com menor frequência.
Revisão: Rafael Neves
esse jogo TEM q vir pro ocidente, e se tiver para download no 3ds seria bom tb, apesar de ser mancada com qm só tem ds (como eu, até o presente dia...)
ResponderExcluirJá que é um Blast from Japan, vocês podiam ter pelo menos mencionado os nomes originais japoneses dos personagens! Afinal, os personagens não são americanos, como a versão ocidental quer que pensemos!
ResponderExcluirO fato do jogo não vir pro ocidente talvez seja pela grande pirataria recorrente nas américas, principalmente aqui no Brasil. O primeiro jogo pode ter tido um baixo retorno com vendas medianas, mas ainda assim tenho certeza que a quantidade de jogadores que possuem uma cópia pirata do jogo é mais do que o suficiente pra trazer o jogo pra este lado do globo. É uma pena que tenhamos que sofrer com a falta de interesse do governo em combater a pirataria e e com a falta de tato das pessoas que praticam a pirataria... mesmo assim, é bem difícil encontrar até mesmo periféricos originais; meu controle de GC, por exemplo, tem um grande "Wü" estampado, e a loja não tinha o controle original (aliás, não era o único produto com a marca pirata estampada, a vitrine estava cheia de produtos diversos). Nem mesmo os lojistas registrados trabalham com os produtos oficiais...