Blast from Japan

Blast from the Past: Clock Tower: The First Fear (SNES)

Para aqueles que acreditam fielmente que o gênero Survival Horror nasceu nos chamados consoles de 32 bits, eu estou aqui para apresentar ... (por Unknown em 03/11/2012, via Nintendo Blast)

Para aqueles que acreditam fielmente que o gênero Survival Horror nasceu nos chamados consoles de 32 bits, eu estou aqui para apresentar um verdadeiro título precursor, que apareceu pela primeira vez em 1995, no sensacional Super Nintendo. Um ano antes de Resident Evil dar as caras, Clock Tower: The First Fear já fazia com que os japoneses respirassem com mais dificuldade.


Corra, Jennifer, corra!

O primeiro elemento claro de Survival Horror que há em Clock Tower é seu gameplay assustador. A protagonista se chama Jennifer, uma órfã de catorze anos que está sendo perseguida por Bobby, um serial killer que carrega consigo uma tesoura gigantesca. Sua missão é extremamente simples: se esconder e sobreviver. Não há como atacarmos o assassino, movemos um cursor como se fosse um mouse para direcionar a mocinha em sua fuga e seus esconderijos. Os momentos onde a perseguição do assassino Bobby inicia-se são, normalmente, acionados graças a alguma investigação de Jennifer, mas de vez em quando ela pode começar de forma mais aleatória, assim que a mocinha entra em alguma sala. Sua barra de energia é representada por sua foto no canto esquerdo da tela, mas que também é representada pelo nível de medo da personagem. Algo inédito para a época. Quanto mais apavorada a protagonista está, mais fácil pode ocorrer de ela tropeçar ou sofrer confrontos com Bobby.


Clock Tower possui nove finais, que dependem das escolhas que fazemos durante o game. Além de oferecer momentos eletrizantes para a narrativa, isso tudo faz com que o fator replay seja maior, já que o título é curto. A verdade é que é impossível jogá-lo e não querer finalizá-lo de todas as formas possíveis. O que fez com que eu, por exemplo, passasse um fim de semana inteiro só jogando para ver cada conclusão. Não há nada mais assustador para se jogar no saudoso Super Nintendo.


O primeiro medo 


Na época de seu lançamento, Clock Tower: The First Fear foi estrondoso. Seu sistema era inovador, garantia sustos e possuía uma complexidade pouco vista nos games da era 16 bits. Era magnífico quando você precisava parar de resolver um puzzle para começar a fugir como louco para salvar sua vida. Antes mesmo de nos acostumarmos a tomar sustos com Resident Evil ou Silent Hill, um game de SNES já nos fazia tremer. Lembrando, também, que nesta parte dos anos 90 os chamados filmes de “Terror adolescente” dominavam as salas de cinemas com exemplos como Pânico e Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado. Infelizmente, poucos de nós tiveram o prazer de jogar Clock Tower, pois ele nunca foi lançado fora do Japão, provavelmente por causa de seu estilo inovador. De qualquer forma, os afortunados que se divertiram e se assustaram com o pavor de Jennifer (assim como este que vos escreve) jamais vão se esquecer de cada momento fugindo de Bobby e sua tesoura de jardineiro.


Levar sustos em pixels pode ser muito mais empolgante se for feito de uma forma competente. Clock Tower: The First Fear não era apenas bem feito, mas conseguia usar todo o potencial do SNES, desde seus gráficos até seu som. Nesta semana de Halloween, aproveite para conhecer esse sensacional título.


Revisão: Bruno Nominato





Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Larguei o Slender pra jogar Clock Tower e afirmo que tenho me assustado bem mais!!

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  2. Na primeira vez que joguei meu coração não parava de bater, agora toda vez que eu vejo o bobby eu adoro ver a cena que ele mata a jennifer kkkkkkkkkk

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  3. E mais uma vez, títulos excelentes ficam presos no Japão por serem "bons demais"! E isso não é nem culpa da Nintendo japonesa, mas sim da Nintendo of America que cisma em não trazer games consagrados em terras nipônicas para o ocidente por razões inaceitáveis!

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