Blast from the Past

Blast from the Past: Mega Man (NES)

(por Alveni Lisboa em 26/07/2010, via Nintendo Blast)

É difícil de acreditar, mas em 2010 a série Mega Man chega aos 23 anos. O personagem, conhecido no japão como Rockman, foi criado em 1987 pelo designer Keiji Inafune – que hoje é um dos chefões da Capcom. E, nesse intervalo de tempo, os principais mecanismos dos jogos permaneceram praticamente inalterados sem que, no entanto, a franquia perdesse a popularidade. O retorno recente da série com um fascinante revival dos anos 80 abriu a mente dos jogadores para embarcar em uma nostálgica viagem. A partir dessa semana você conhecerá um pouco sobre cada jogo da franquia. Vamos lá? Apertem os cintos que a máquina do tempo vai decolar!

Sucesso Inesperado



O primeiro jogo da série é o mais impactante. Seguindo o estilo consagrado por Super Mario Bros., Mega Man trouxe novidades inéditas e interessantes – a dificuldade elevada e a possibilidade de escolher a ordem das fases, por exemplo.

A história é a seguinte: Dr. Albert W. Wily e Dr. Thomas Light trabalhavam juntos desenvolvendo robôs para facilitar a vida dos humanos. Inicialmente, as máquinas realizariam tarefas do cotidiano (e que ninguém gosta de fazer!), como cozinhar, limpar, passar. Após o sucesso das engenhocas, os doutores resolveram expandir a produção também para o ramo industrial. Porém, somente Light teve o trabalho reconhecido – ele recebeu o Prêmio Nobel pelas invenções– , o que causou revolta em Wily. Tomado pelo ódio, ele reprogramou seis dos dez protótipos para o mal. Light, desesperado, aposta todas as suas fichas em seu assistente, um robozinho azul e aparentemente fraco, o Mega Man. Ele o torna uma verdadeira máquina de combate incubida da “simples” missão de proteger a Terra.

Hardcore ao extremo



É um jogo simples, sem introdução e nem opções. O game tem uma dificuldade elevada, característica da série. São apenas seis chefes, além do temido Dr. Wily. Cada robô possui uma arma com poderes específicos, que é herdada ao protagonista caso o derrote. Os gráficos, apesar de modestos, agradavam pelas cores e definições dos personagens. Os sons exploravam bem o potencial do Nintendinho e ditavam o ritmo do jogo. Detalhe: ainda não existia o sistema de saves ou passwords. Para zerar o jogo, você deve jogar do início ao fim sem parar – o que pode ser frustante para os gamers novatos.

Destaque para a arte na capa da versão americana do game. Nas listas das piores capas, Mega Man sempre figura no top 10. Não é preciso comentários, veja a capa no início da matéria e tire suas próprias conclusões: Mega Man amarelo e com a cara do Seu Madruga. Continue lendo para saber por que essa bizarrice aconteceu.

Curiosidades

  • Esse é o único game da franquia que possui sistema de pontuação.
  • É o único que é possível “morrer” no corredor antes da sala do chefe. Falando nisso, é também o único em que o estágio não termina automaticamente após derrotar o chefe.
  •  Há rumores de que Mega Man tenha sido inspirado no famoso mangá japonês Astro Boy. A Capcom desenvolveria um game de Astro Boy, mas uma divergência contratual teria cancelado o projeto, que já estaria sendo produzido. Keiji Inafune teria, então, remodelado os personagens e a história.
  •  A capa tosca mencionada acima tem uma explicação. Com o sucesso inesperado de Mega Man, a Capcom tratou de trazê-lo rapidamente ao ocidente. A empresa achou que o visual “fofinho” de Rockman não faria sucesso na América, por isso pediu que um artista local redesenhasse o personagem para a capa da versão ocidental. A pressa foi tanta, que o desenhista não teve tempo de ver a outra capa ou jogar o game. O resultado vocês já sabem...
  •  O nome da irmã de Rockman é Roll. Rock and Roll: te lembra alguma coisa?
  •  A Nintendo of America, conservadora como sempre, mudou o nome de alguns personagens de Mega Man para não causar tanto impacto. O Yellow Devil (figura ao lado), por exemplo, virou Rock Monster.
  •  A cor azul não foi por acaso. A paleta de cores do NES não suportava muitas cores, mas era capaz de reproduzir vários tons de azul. Como a Capcom queria gráficos realistas e coloridos, optou-se por esta cor para evitar repetições de tons.

    Na próxima semana você vai conferir a sequência desse grande, quer dizer, mega sucesso: Mega Man 2. Não perca!

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Bruno Mendes26/07/2010, 14:08

    Caraca!! e Pensar q ate hoje passo tempo jogando esses megamans no nintendinho original q tenho aqui!! Adoro ouvir as musicas tb, minha esposa naum entende muito como posso gostar disso!!...rs

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  2. Boas memórias (e que podem ser revividas no VC, hehe).

    Só faltou mencionar um pouco mais sobre a música, simplesmente genial, dessa série. Acho a do 2 ainda melhor, mas o 1º game 'assustou' com sua qualidade sonora.

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  3. Megaman foi a unica serie que quase me fizeram desistir de zerar um jogo mais de uma vez... mas a gratificação compensava todas as frustrações.

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  4. Legal a análise. Parabéns. Mais um para ajudar nos Blast from The Past para jogos NES. =D

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  5. Olá, quando sai a continuação dessa matéria? T+

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