Nintendo Chronicle

Nintendo Chronicle #11: um novo console, uma nova esperança – O Nintendo GameCube

Nos dois últimos encontros na nossa coluna Nintendo Chronicle , vimos como a Nintendo alcançou a supremacia mundial no mercado de portá... (por Jones Oliveira em 25/09/2010, via Nintendo Blast)

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Nos dois últimos encontros na nossa coluna Nintendo Chronicle, vimos como a Nintendo alcançou a supremacia mundial no mercado de portáteis, acertando em cheio com o Game Boy Color e o Game Boy Advance. Porém, o sucesso nos portáteis não se fazia realidade nos consoles de mesa. Seu último console, o Nintendo 64, comparado à concorrência, fora um completo fracasso e já era hora de tentar recuperar o mercado perdido para a Sony e o seu Playstation.

gamecube_logo“Como vai o Game Boy?” – “Muito bem, obrigado”, respondia a Nintendo. “E aquele seu console lá, o Nintendo 64?” – “Hummm…”. Talvez essa fosse reação interna da Nintendo quando indagada sobre o seu console de mesa nos idos do final da década de 1990. Acostumada a ditar tendências, lançar moda e liderar o mercado desde o lançamento do seu primeiro console – o NES –, a Nintendo, pela primeira vez, se via numa situação complicada. A Sony dominava completamente o mercado de consoles com o seu Playstation e com a grande ideia de distribuir os seus jogos em CDs. Cada vez mais a Nintendo perdia participação no mercado. Algo precisava ser feito.

Durante a E3 de 1999, a Nintendo finalmente divulgava detalhes do seu novo projeto, o “Dolphin”. Para os que outrora se surpreenderam negativamente com os cartuchos do N64, dessa vez se surpreendiam com os 128-bits e a mídia óptica do novo console que estava para chegar. Não muito mais do que isso foi revelado, mas já foi o suficiente para se saber de uma coisa: os caríssimos cartuchos, finalmente, estavam sendo abandonados.66857349_2-Consola-Nintendo-GameCube-PAL-Nova-Arcozelo

Na Space World 2000, o “Dolphin” foi apresentado pela última vez ao público – suas últimas especificações foram reveladas e seu nome foi mudado para GameCube. O GameCube usaria um sistema incrível de compressão de texturas, o S3 6-to-1, que as comprimia a até 1/6 do tamanho original sem perda de qualidade. O GC, como ficou conhecido, também permitiria que o Game Boy Advance fosse conectado a ele via cabo e fosse utilizado como controle ou dispositivo de transferência de dados, personagens ou mini-games. Entusiastas da Nintendo saltitavam de felicidade, a Nintendo acertara a mão finalmente! Será?

 

"Who Are You?”

O design do GC era arrojado. Como seu nome sugeria, o console parecia um cubo e seu aspecto o fazia parecer mais um brinquedo do que um console se comparado com o Playstation 2 da Sony e o Xbox da Microsoft – seus principais concorrentes à época. Como o controle do seu antecessor, o controle do GC fora desenhado para ser mais ergonômico ainda – alguns o consideram o melhor de todos os tempos. Já vinha com a função rumble embutida e, assim como o controle do PS2, possuia direcionais analógicos, além do famoso D-pad.

600px-Gamecube-controller-breakdownPara agradar a maior quantidade possível de consumidores, a Nintendo ainda lançou o GameCube em várias cores, sendo as principais a “Indigo” e a “Jet Black”. O marketing em cima do console também foi assustador, como há bastante tempo não se via. Buscando reatar os laços com antigos consumidores e fortalecer com os que ainda eram, a Nintendo lançou uma forte onda de campanhas em que o slogan “Who Are You” (“Quem É Você”, em português) foi utilizado em toda a linha de produtos do console.

A ideia principal por trás desse anúncio era estabelecer um laço meio que familiar entre a Big N e os gamers. Utilizando a frase “you are what you play” (“você é aquilo o que você joga”, em português), a campanha sugeria algo sobre a personalidade do gamer e, com isso, tentava remeter, de alguma forma, ao passado da companhia – se você jogou o NES, o SNES e o N64, vai encontrar no GC tudo aquilo que lhe agrada, que te faz sentir em casa.

CSF279A campanha era boa, não há dúvidas – tanto é que várias softhouses pagavam a Nintendo para promover os seus jogos com esse slogan. Mas o clima de “familiaridade” que a Nintendo tentara criar, acabou atingindo um público totalmente inesperado – o público com idade abaixo de 18 anos e com mais de 50 anos, minoria na época. O tiro, que visava o público entre 18 e 49 anos, saiu pela culatra. A consequência disso foi que a maioria dos jogos que tinham o público adulto como alvo passaram batido pelo GameCube.

Para piorar as coisas, na tentativa de dar uma guinada nas vendas, a Nintendo e as first-parties começaram a lançar vários jogos. Essa atitude geral um mal-estar tremendo entre as third-parties que vendiam cada vez menos no console da gigante de Kyoto. Não demorou muito e algumas delas, como Electronic Arts e Eidos, passaram a restringir os ports para a plataforma e, em alguns casos, deixaram de lançar para ela.

A carruagem começava a desandar e a Nintendo talvez se perguntasse “Who Am I?”.

 

Novo console, erros antigos

Lançado em 14 de setembro de 2001, o GC chegou às prateleiras nipônicas com 3 jogos: Luigi’s Mansion, Wave Race: Blue Storm e Super Monkey Ball e vendeu cerca de 300 mil unidades. Cerca de dois meses depois, foi lançado nos Estados Unidos com mais alguns títulos, porém sem muitos alardes. O motivo? Aquilo que mais empolgou os gamers e a imprensa especializada na E3 em 1999, na realidade se mostrou uma das maiores limitações do GC.

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A mídia selecionada para distribuição dos jogos foi o Mini DVD. Desenvolvido pela Matsushita, ele foi escolhido pela Nintendo por ser uma forma conveniente de combater a pirataria. Isso realmente aconteceu – Mini DVD era mais complicado de piratear que os DVDs comuns utilizados pela concorrência e a Nintendo conseguiu, por algum tempo, combater o avanço da pirataria no seu novo console. Não apenas isso, o Mini DVD também representava uma nova era de desenvolvimento para a plataforma Nintendo.

Gamecube-diskAbandonando o formato caríssimo e super complicado dos cartuchos, com o Mini DVD o desenvolvimento de jogos para o GameCube se tornava algo mais rentável e mais fácil. Se antes as desenvolvedoras levavam meses a mais para desenvolver para o Nintendo 64 e tinham que esperar inúmeras semanas para que seus jogos fossem “transplantados” para um cartucho (e só a Nintendo podia executar esse processo), com o Mini DVD as coisas ficariam mais fáceis – as softhouses precisavam apenas submeter os jogos para avaliação da Big N. Uma vez aprovados, o “transplante”, que agora levava poucos dias, podia ser feito pelas próprias softhouses. Isso facilitou bastante o processo. Facilitaria mais ainda não fosse um pequeno empecilho.

Os Mini DVDs possuiam capacidade para apenas 1,5GB de armazenamento e isso foi um fator determinante à qualidade dos jogos desenvolvidos para o GC e para a concorrência. Apesar do sistema S3 6-to-1 funcionar incrivelmente bem, a mágica acabava por aí. Por vezes os jogos do GC tinham CGs cortadas para que o conteúdo do jogo pudesse caber na mídia pequenina e outras pouquíssimas vezes os jogos vinham em dois discos para que não sofressem com os cortes.

panasonicqO mais engraçado de tudo é que a Nintendo sempre teve um feeling a mais para lançar tendências, inventar e impor modas aos seus concorrentes, mas nessa época parece que ela encontrava-se totalmente perdida. Enquanto os consoles da Sony e Microsoft se tornavam verdadeiras plataformas de entretenimento, capazes de executar não só jogos, mas também ouvir músicas no CD, assistir filmes em DVD e navegar e jogar na internet, o GameCube nada disso possuia. Até houve uma tentativa em parceria com a Panasonic para lançar uma versão híbrida do GC (o Panasonic-Q) que rodasse DVD, CD, MP3 e afins, mas o preço exorbitante fez com que o aparelho fracassasse.

Com o GameCube os gamers tinham não tinham nada além de um console que só rodava jogos. Por qual motivo eu deveria comprar um GameCube se não fosse pela paixão pela Nintendo, sabendo que a concorrência oferecia muito mais?

A situação ficou crítica quando, em 2003, a Nintendo teve que suspender a produção do GameCube por um determinado período para que as unidades excedentes fossem escoadas.

 

No inferno existe um pedacinho do céu

zeldasq8Uma das poucas saídas encontradas pela Nintendo foi a redução do preço do console, que custava U$199. Em setembro de 2003 o console voltou a ser fabricado e vendido pelo valor de U$99 – uma redução considerável e que fez com que as vendas nem caíssem, nem subissem, mas se mantivessem estáveis. Dois bundles também foram bolados para o console – um com The Legend of Zelda: Collector’s Edition e outro com um disco de demos, o GameCube Preview Disc.

Mesmo com os inúmeros esforços da Nintendo em lançar jogos, acessórios e inclusive dois adaptadores para jogatina online (GameCube Broadband Adapter e o Modem Adapter), o GameCube teve que amargar o 3º lugar na corrida dos consoles, ficando atrás do Playstation 2 (+144 milhões de unidades) e Xbox (+22 milhões de unidades) com pouco mais de 21 milhões de unidades vendidas – atrás inclusive do seu antecessor, o Nintendo 64 com aproximadamente 33 milhões de unidades.

Mesmo com tamanho fracasso, o GameCube foi um verdadeiro parque de diversões para os verdadeiros fãs da Big N que puderam deleitar, tavelz, os melhores títulos da Nintendo em um console. Pela falta de apoio das third-parties, a Big N praticamente carregou o GameCube sozinha em suas costas, lutando bravamente contra a concorrência e não deixando seus fãs na mão. O resultado disso tudo é que os 10 jogos mais vendidos do GC são todos da Nintendo!

b18aa59f95cd93d059b8e797bc52fc61-Animal_CrossingLmboxMario_Kart_Double_DashMario_Party_4Mario_Party_7_CoverartMetroidPrimeboxPokémon_Colosseum_CoverartSuper_mario_sunshineSuper_Smash_Bros_Melee_Players_ChZeldaWindWakerGCNCoverArtUS

 

Muitos podem achar que o GameCube foi um total desastre – e não estão errados em pensar isso. Mas também é preciso ver o outro lado da moeda. A campanha “Who Are You?” que saiu pela culatra, na verdade fez com que a Nintendo percebesse que poderia agradar sim todos os públicos – ou você acha que o Nintendo Wii é sucesso à toa? Com certeza você já deve ter ouvido a expressão “você só vai aprender quando der de cara com a vida” da sua mãe e foi isso que aconteceu com a Nintendo.

Não se podia mais negar a existência de uma concorrência muito forte. Era preciso ouvir os gritos dos fãs, se render às tendências do mercado para poder voltar a inovar. A ideia do Mini DVD para combater a pirataria seria excelente se não fosse tão limitador para o console, que tinha um potencial incrível. Pior, a atitude de se trancar na própria bolha e ainda ficar de picuinha com as third-parties fez com que muita gente a considerasse infantil e a associasse ao design do console, que foi bastante criticado também.

O console que outrora fora a esperança de reaver gerações passadas e a liderança dos consoles de mesa, na realidade se saiu como um grande laboratório de muita aprendizagem às custas de derrotas e muitas quedas. Fracassado? Talvez. Inesquecível? Para os verdadeiros fãs da Nintendo, com certeza!

E assim, meus caros amigos, encerramos a coluna Nintendo Chronicle. Por um ano e oito meses trouxemos a todos os nossos leitores um pouco da história gigante do entretenimento que começou fabricando cartas de baralho artesanalmente. Entre muitas histórias, eu e o Gustavo Assumpção sempre tetamos trazer as curiosidades que envolveram a fundação da Big N, sua transição para o ramo do entretenimento eletrônico e sua consolidação. Durante esse período nós falamos das gerações de consoles da empresa, contamos suas glórias e seus tropeços. Com o artigo de hoje, chegamos ao final da última era de consoles da Nintendo. O Nintendo Wii está aí, eu sei. Mas ainda há muita água para correr por debaixo da ponte dele e quando seu reinado for encerrado, voltaremos a nos encontrar para contar mais um capítulo dessa fascinante e surpreendente história de uma das companhias mais adoradas por seus clientes, a Nintendo. Até lá!!! =)


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Sem "perca" de qualidade doeu.

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  2. Obrigado pela correção sr Anônimo.

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  3. Como assim uma decepção? Só pra você ficar sabendo Sérgio Oliveira, Metroid prime teve a pontuação mais alta dos joos da 6º geração na GameRankiings com 96%, acima de Halo(95%-Xbox) e God of war(93%-PS2). É até melhor que muitos jogos de hoje como Gears of War 2(93%-Xbox360) e Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots(93%-PS3).
    Na verdade o único motivo pelo qual o GC não vendeu bem, foi por conta da pirataria do PS2.

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  4. O Gamecube tem uma biblioteca bem variada, e é de longe melhor que o Nintendo 64. Recebeu grande apoio das Thirdies, não era como hoje onde os jogos só saem para XBOX360 e Playstation 3. O problema é que a maioria das pessoas fazem sua avaliação a partir das vendas, e não na qualidade dos jogos. Vendas, assim como na música, não representa necessariamente superioridade. Existem outra série de fatores... Isso é uma coisa que os consumidores desse seguimento ainda não se tocaram. A decepção foi no bolso dos engravatados.

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  5. Erick, o GameCube é o único console Nintendo que não figura entre os Top 10 consoles na lista da IGN - ele é apenas o 16º. Essa "façanha" de não ficar entre os 10 só foi conseguida pelo Virtual Boy.

    Não que a opinião da IGN realmente valha de alguma coisa (menos ainda a minha), pois quem é fã de verdade sabe que o GameCube foi um bom console - ao seu jeito, mas foi. Tanto é que, acredito que você deva ter percebido no final do texto, falei que ele é realmente inesquecível para quem é fã de verdade da Nintendo. Quem não é, talvez nem saiba que ele um dia esteve poraí =)

    Continue participando nos comentários ;)

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  6. Pois é....
    Contra um console que roda CD, DVD, MP3, conecta à internet e dá pra piratear... fica difícil, XD.
    Bom artigo Sérgio!

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  7. O GameCube consegue ser os dois lados da moeda: mesmo sendo um ótimo console com ótimos jogos, foi um dos mais marcantes "fracassos" da Nintendo, sendo seu segundo console com menor tempo de vida útil, e tb foi totalmente esquecido após o lançamento do Wii (tanto o PSOne quanto o PS2 continuaram a receber jogos mesmo após o lançamento de seus sucessores). A ausência de uma estratégia online da Nintendo tb contribuiu para que o console não caísse no gosto popular, fazendo sucesso somente entre os mais fervorosos fãs da Big N.

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  8. agora vai faltar um do DS, pois ele esta acabando

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  9. desde que lançou eu sempre fui fascinado pelo Cube, mas infelizmente eu nao tive condiçoes de comprar um. Quando comecei a trabalhar acabei comprando o PS2, por causa do preço dos jogos originais do cube e pq eu ganhava pouco. =/
    Mas eu sempre admirei ele como todos os outros consoles da Nintendo.
    Agora eu tenho um DS e em breve pretendo comprar meu Wii =) Nao vejo a hora

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  10. Eu tenho um GameCube em casa e gostava muito de jogar nele, do tipo de passar a madrugada tentando terminar um jogo. (Infelizmente ele "morreu" e não lê mais nenhum jogo meu =\). Realmente tinha uma biblioteca bem diferente e o controle achei que iria demorar a me adaptar mas nem tive trabalho.
    Depois de anos do lançamento do Wii eu resolvi comprar ele, já tem 1 mês que to analisando preços e fiquei apaixonado pela versão Black.
    Apesar de que o Wii também não ter uma plataforma online tão elaborada, isso provavelmente não vai me incomodar (eu acho =P) e será o primeiro console dessa geração que irei comprar (deixo o PS3 e o X360 pra depois :P).

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  11. É isso mesmo gente. Tá vendo como o Cubo foi inesquecível sim, ao jeito dele? A biblioteca de jogos do Cubo é riquíssima. Me atrevo a dizer que lá estão os melhores jogos da Big N.

    Uma pena mesmo ele não ter sido tão popular quanto os concorrentes e tenha caido no esquecimento por muitos e, em alguns casos, pela própria história.

    Continuem participando nos comentários pessoal, contem suas experiências com o Cubo, seu desejo na época de ter um e a emoção de jogar nele =)

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  12. Sérgio, vi a lista dos consoles da IGN - um tanto injusta, colocar o console dono de Wind Waker, Resident evil 4(como disseram, o melhor jogo survival da história), Melee e Sunshine em 16º. Na verdade eles que não gostaram do GC.
    Em relação às minhas experiências, tenho 7 jogos. Na ordem em que os peguei: Pokemon Colosseum, StarFox: Assault, Metroid Prime 2: Echoes, Mario Power Tenis, Tales of Symphonia, Baten kaitos 1 e Twilight Princess. Sem contar com meu primo, completando a coloção com Wind Waker e Melee. E vc Sergio, quais são seus jogos?

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  13. O GC é (ao lado do DC) um dos consoles + injustiçados da história!!!

    Me lembro quando a NW falou sobre ele pela 1ª vez... Lembro q fiquei empolgado as promessas feitas pela Nintendo e com sua lista de futuros lançamentos!!!

    Eu axo q ele teve bastante apoio das thirds (pelo menos + apoiado q o N64 ele foi). Muitas thirds q haviam abandonado a Nintendo na época do N64, voltaram a apoiar-lá quando o GC foi lançado (como a Square por exemplo, embora o único jogo dela no GC não seja lá grande coisa).

    Putz, só os 6 "Residents" q foram lançados pra ele jah faziam a compra valer a pena!!! Isso sem falar nos excelentes jogos q a Big N lançava!!! O apoio da SEGA tbm era forte (acho q ela apoio + o GC do q a concorrência), tanto q ele recebeu alguns dos melhores títulos do DC (só faltou o Shenmue, maldita M$!!!).

    Eu sou um feliz proprietário de um GC!!! Se pudesse voltar ao passado e escolher entre ele e a concorrência, escolheria ele novamente.

    PS: Eu não sabia q a Nintendo tinha chegado ao ponto de paralisar a produção do GC... Se não me engano, foi nessa época q ela retirou a entrada pro cabo de vídeo componente alegando q pouca gente a usava (desculpinha esfarrapada), isso deve ter ajudado no corte do preço do console.

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  14. Suicune, foi isso mesmo cara. Essa estratégia realmente aconteceu e tinha por objetivo reduzir o preço do aparelho.

    Sobre o apoio das thirds, é importante perceber que em nenhum momento elas viraram as costas para o GC, como aconteceu com o N64 e a Square por exemplo. Mas chegou-se um ponto em que as thirds viram que não era mais interessante levar os jogos para lá e deixaram de lançar alguns títulos. Por exemplo, no caso da EA, eles só lançaram o NBA Live 06 para o console.

    Erick, não cheguei a ter um GC que pudesse chamar de MEU, mas tive uma boa experiência primeiro com o de um primo meu - sempre pentelhei pra jogar nele. Logo em seguida, passei a locar o console para curtir em casa, pois realmente não tinha bala na agulha pra arcar com os jogos. Joguei ele por uns 3 anos antes de adquirir um PS2 em 2005. Sempre me divertia com Mario Sunshine, Luigi's Mansion, Mario Party 4 e Mario Kart - jogos que todo fã da Nintendo joga/jogou =)

    Por fora, particularmente, sempre me divertia muito com Crazy Taxi e sempre fui muito fã dos jogos de basquete. Foi no GC que conhecia a franquia NBA 2k da SEGA (na época). Lembro muito bem que na época fiquei muitíssimo impressionado com os gráficos - pareciam de verdade hahaha.

    Boas lembranças!

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  15. Sérgio, além do PS2, qual console da geração atual você possui ou pretende comprar? E quais os jogos?

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  16. Em matéria de games exclusivos, realmente o GameCube não deixa a desejar para nenhum console. Entretanto, apesar de ter tido um relativo apoio das third parties (bem maior do que foi na época do N64, porém ainda assim insatisfatório), foram os grandes lançamentos do PS2 que, na minha opinião, ofuscaram muito do que o console poderia oferecer.
    Cito como exemplos o fato de o GC ter recebido o excelente MGS Twins Snakes, um "rebbot" do game lançado anteriormente para o PSOne, porém MGS 3 foi exclusivo para o PS2. Temos tb a série PES/ WE, que praticamente não existiu no GC (apenas WE 6 foi lançado para o console, mas somente no Japão). Temos ainda Final Fantasy. O GC teve FF Crystal Chronicles, enquanto o PS2 teve FF X e FF XII.
    Sem contar o fato de que enquanto o XBox e o PS2 davam os primeiros passos no mundo online, a Nintendo insistia na tal "conectividade" entre o GameCube e o GBA, que podia ser muito legal, mas efinitivamente não vingou.
    Ao meu ver, essas estratégias equivocadas da Nintendo fizeram com que o GC fizesse bem menos sucesso do que merecia, e mesmo sendo, por exemplo, o único console que contava com todos os games principais da série Resident Evil e ainda com o excelente RE Zero (exclusivo), não conseguiu ficar gravado na memória de muitas pessoas que não sejam os fãs mais hardcore da Nintendo.

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  17. Erick, da geração atual eu possuo um Xbox 360 e o portátil DS Lite. Já faz bastante tempo que tenho vontade de comprar um Wii - o Sérgio Estrella bem sabe da minha agonia -, mas com a vinda do Kinect eu não sei não. Não tenho a mínima vontade de comprar um PS3, ainda. Quem sabe no futuro?

    Fora eles, tenho um Odissey, Super NES, PS1 e PS2. Num pé e noutro para aumentar a coleção comprando um DC hehe.

    Quanto aos jogos, no Xbox tenho GRID, COD MW2, Nba 2k10, Nba Live 10, RE5, Alan Wake, Forza 2, SFIV, GTA IV e Red Dead Redemption. Não é uma coleção muito grande, mas me divirto bastante com ela até aqui :) E você cara?

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  18. Darth Gama, você disse tudo cara. Exemplificou muitíssimo bem o que eu quis dizer com a "falta de apoio" das thirds. A grande verdade é que o PS2 massacrou qualquer console dessa geração e o GC foi mais uma vítima.

    A estratégia da Nintendo de se manter na bolha "Nintendo" também foi determinante. Pra mim, essa parada de conectividade entre dois aparelhos (leia-se um Game Boy Alguma Coisa com Algum Console) sempre foi furada - isso dava para ser feito por uma boa rede, sem problemas. O resultado tá aí até hoje - quem tem um Wii deve saber o que falo.

    Uma pena, de verdade. A redenção, no entanto, foi massacrante - está sendo, né? rs =)

    Continuem participando ;)

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  19. Quando vi que iria lançar o GC e posteriormente o Smash Bros Melee (até entao eu jogava N64), meu amigos e eu ficamos ansiosos pra poder jogar logo. Mas infelizmente o preço na época atrapalhou muito a compra e meus amigos já tinham migrado pro PS1(pirataria, alguém?) e eu era o único q "ainda" jogava Nintendo. No final de 2004 vendi meu N64 e passei 2005 e metade de 2006 sem nenhum videogame. Até q eu vi uma ótima promoção de GC com Smash Bros incluído, em julho de 2006...nao tive dúvidas e comprei logo. Apesar de eu ter me divertido muito e gostado do GC, não comprei outros jogos (tenho ele e o Smash Bros até hj, mas estão parados), pois o Wii já estava começando a ganhar espaço, e percebi q nao compensava gastar mais com o GC. Ah, somente 1 dos meus amigos jogaram GC comigo, os outros nao demonstraram mais interesse, e hj nem tenho mais contato com eles. Eu ainda pretendo adquirir o Wii, com certeza. Abraços a todos que curtem a Nintendo.

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  20. Muito bom Samusam. Você passou quase pela mesma situação que eu meu camarada - só que, infelizmente, eu me debandeei pro lado negro da força. Fiquei sem artilharia para acompanhar o $$ do GC e me rendi ao PS1 e PS2.

    Quem teve mais uma experiência, feliz ou triste, não deixe de nos contar e participar nos comentários =)

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  21. É, depois de 2003 os bons lançamentos pro GC só foram diminuindo... Jah em 2007 (poucos meses após a chegada do Wii) nenhuma produtora queria + saber dele.

    Quando eu finalmente consegui um GC ele jah estava quase sendo descontinuado pela Nintendo, mas isso não me desanimou... Pelo contrário, a minha lista de jogos do GC q ainda quero ter é imensa!!! E não penso em desbloquear o console (no máximo, usaria um free-loader para jogar alguns exclusivos do Japão/Europa). Atualmente estou a procura do raríssimo GC brazuca (o produzido pela Gradiente e q tem o menu em PT). Se depender de mim, o GameCube não irá ser aposentado tão cedo.

    Mas admito q conseguir jogos pra ele fora da internet é muito difícil. Ele foi o 2º console da 6ª geração + vendido no Brasil e mesmo assim tem gente (gente q trabalha vendendo jogos) q não sabe o q é um GameCube.

    Uma vez perguntei numa lojinha de games se eles tinham jogos pra ele, a atendente disse q sim e foi buscar, quando voltou ela veio com uma caixa cheia de jogos pra GBA ¬¬

    A verdade é q o PS2 se popularizou de tal forma q muita gente nem soube da existência do GC... Como elas vão comprar algo q elas não sabem q existem.

    Certa vez ao mostrar o GC pra um amigo meu, ele perguntou se era um novo modelo so PS2... Aí eu disse q não e fui explicar toda a história pra ele. Quando eu terminei ele ficou surpreso, não com a história, mas com o fato de q aquele era um console da Nintendo pq ele achava q o SNES tinha sido o último console dela.

    Pior ainda foi um amigo de um fórum de Games q não sabia q o GC tinha um game do Mario "tipo plataforma" (ou adventure, sei lá). E isso pq Mario Sunshine é um dos jogos + vendidos do GC.

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  22. Suicune, se você conseguir achar o Brazuca da Gradiente, então digo que tu é um guerreiro cara. Poucos meses depois de lançar o GC aqui no Brasil, a Gradiente rompeu contrato com a Nintendo e eles só passaram a ser comercializados por importadores.

    Boa sorte e boa caçada bicho hahaha!

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  23. É, eu sei como é difícil achar ele... Mas acho q no pequeno espaço de tempo entre o lançamente oficial do GC no Brasil e o fim do contrato entre Nintendo e Gradiente, deve ter dado pra Gradiente fabricar uma quantidade razoável de consoles. E um deles está em algum lugar do Brasil só me esperando!!! XD

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  24. Ae Sérgio,gostei de saber que vc tem Red Dead Redemption,é um grande jogo da geração atual.Tenho somente o DS Lite.Planejo comprar o Wii junto com o lançamento de DK Country e ainda pegar Galaxy 2,Prime 3,Kirby,The Conduit 2(pro meu azar,só no próximo ano) e Brawl.
    Tenho também o N64 e GameBoy Advanced.Meu prime,Kevin(dono de Melee e Wind Waker) tem o SNES.A festa rola solta quando nos encontramos.

    Ae Suicune,boa sorte na caçada pelo GC brazuca.Só uma coisa,não só no Brasil o Cubo ficou em 2º em número de vendas, como no Japão também.

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  25. como eu tinha dito num comentário acima, quando eu fui comprar meu console, acabei comprando o PS2 com um aperto no coração (mas o bolso tava falando mais alto...) mas agora eu consegui reverter a situação: meu amigo comprou meu PS2 e eu finalmente vou poder comprar meu Wii acho q até o fim da semana!!!!!
    sério é a realização de um sonho cara!
    E então eu vou poder jogar os jogos do Cube tbm ^^
    Nintendo pra sempre!

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  26. Vlw Erick!!!! Pois é, no Japão o GC conseguiu o 2º lugar tbm... Mas convenhamos q isso não foi algo muito dificil de se conseguir já q no Japão o XBOX (ou qlq outro console não japonês) não tem vez...

    Mas no Brasil é diferente!!! Pois estamos na América, e nos States o 2º lugar foi do XBOX. Mas no Brasil, a fidelidade dos fãs da Nintendo falou + alto e o GC conseguiu um confortável 2º lugar. E isso a "poucos quilometros" da terra natal da "Caixa X".

    Alias, em termos de desconhecimento, a situação do XBOX Original é bem pior q a do GameCube.

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  27. matéria idiota desse Sérgio! ninguém merece!

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  28. Aff, não falem assim do GC!!!
    O console foi ótimo, eu comprei no lançamento e fiquei extrememente satisfeito!!!
    Ah, e o design, segundo as mulheres, é fofo. E eu nunca joguei com um controle melhor do que o dele.

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