Vem aí

Prévia: Conheça o belo Bravely Default (3DS), título que promete combinar o clássico e o moderno dos JRPGs

Uma vasta terra, repleta de campos verdejantes, oceanos e desertos a perder de vista. Um grupo de heróis com a missão de livrar o mundo do... (por Farley Santos em 28/12/2013, via Nintendo Blast)

Uma vasta terra, repleta de campos verdejantes, oceanos e desertos a perder de vista. Um grupo de heróis com a missão de livrar o mundo do mal. Batalhas e mais batalhas, todas com progressão por turnos. Tudo isso está presente em Bravely Default, RPG da Square Enix para 3DS. O título, que parece ser um sucessor espiritual de Final Fantasy: The 4 Heroes of Light (DS), resgata todas as características dos RPG japoneses (ou JRPGs) clássicos e adiciona várias novidades que apareceram recentemente neste gênero.

Lançado originalmente no início de 2012 no Japão, Bravely Default foi sucesso de público e crítica, deixando fãs de todo o mundo muito animados, afinal são poucos os JRPGs que utilizam fórmulas clássicas como ele. O tempo passou e nada da Square Enix anunciar uma localização para o Ocidente. Boatos começaram a aparecer no início de 2013 e o lançamento fora do território nipônico foi confirmado, para a alegria dos fãs do gênero. A versão ocidental do título será baseada na atualização Bravely Default: For The Sequel, lançada no final de 2013 no Japão. Esta edição trouxe várias melhorias, atendendo a pedidos dos fãs, como a inclusão de mais arquivos para salvar o progresso, dublagem em várias línguas, melhorias visuais, novas opções de dificuldade e conteúdo extra.

Uma jornada de restauração

O mundo de Luxendarc passou por um grande cataclismo: a terra se abriu, vulcões entraram em erupção, os oceanos se tornaram ferozes. Morte e destruição assolaram todo o planeta. A causa deste evento terrível foi a corrupção dos Cristais mágicos que representam os quatro elementos básicos (terra, fogo, água e ar). Sem o poder deles o equilíbrio da natureza deixa de existir, trazendo caos e destruição.

Mas nem tudo está perdido para o povo de Luxendarc. A esperança é Agnès Oblige, uma garota que consegue controlar os poderes do Cristal do Vento. Guiada por Airy, uma fada do cristal, ela parte em uma jornada para purificar todos os Cristais e trazer a luz de volta ao mundo. Durante suas viagens ela conhece Tiz Arrior, único sobrevivente de Norende, uma vila que foi completamente destruída no grande cataclisma. Determinado a reconstruir sua terra e salvar o mundo, Tiz passa a acompanhar Agnès. A dupla conhece também Edea e Ringabel, que têm seus próprios motivos para ajudá-los. Mas nem todos querem o bem do grupo: pessoas ambiciosas desejam o poder dos Cristais para si e farão de tudo para impedir Agnès e seus amigos.
Edea, Tiz, Agnès e Ringabel

Explorando um belo mundo

Bravely Default é um típico JRPG cuja ação se divide em exploração e combates. Durante os momentos de exploração, Tiz e seus amigos visitam variadas localidades como cidades e calabouços à procura de informações e itens que os ajudarão a avançar na aventura. Missões paralelas e inúmeros personagens secundários são alguns dos incentivos para explorar o vasto mundo. Durante as viagens será possível assistir conversas entre os membros do grupo por meio do recurso Party Chat. Todas essas cenas são opcionais e constituem de uma ótima oportunidade conhecer melhor a personalidade de cada personagem.

O valor de produção do título é alto. Luxendarc é um rico mundo, repleto de locais belos e únicos, características essas reforçadas pelos cenários pintados à mão, que lembram uma aquarela. Os personagens são poligonais e apresentam o estilo super deformed, ou seja, eles têm cabeças grandes para melhor representar suas expressões faciais. A música ficou a cargo do artista nipônico Revo, líder do Sound Horizon, que é conhecido por criar composições ecléticas e particulares. Ele criou também o Linked Horizon, grupo formado exclusivamente para produzir álbuns cantados e apresentações ao vivo baseadas no universo de Luxendarc. A colaboração deu tão certo que o Linked Horizon produziu composições fora do jogo, como a popular música de abertura do anime Attack on Titan.


Brave e Default

Como todo bom JRPG, boa parte de Bravely Default se passa em batalhas. Contrariando padrões atuais da indústria, o título apresenta combates em turnos e encontros aleatórios, como RPGs clássicos da época do NES. Ações como atacar e utilizar habilidades são escolhidas em um menu. As batalhas seriam ordinárias se não fosse a existência do sistema de “Brave” e “Default”. Cada personagem acumula Brave Points (BPs) durante os combates. Os BPs podem ser utilizados para executar movimentos especiais e até mesmo vários ataques em sequência. Adquirir Brave Points é simples: basta utilizar o comando Default, que funciona como defesa. O sistema é bem flexível e permite que Brave Points sejam transferidos entre membros do grupo e até mesmo possibilita o empréstimo de BPs, ao custo dos inimigos terem vários turnos em sequência. Dominar e balancear o uso dos comandos Brave e Default é essencial para a vitória.

Os tradicionais Jobs (ou classes), presentes em títulos como Final Fantasy V, Final Fantasy Tactics e Final Fantasy: The 4 Heroes of Light, também estão presentes em Bravely Default. É por meio dos Jobs que Tiz e seus companheiros aprendem inúmeras características para usar em batalha, como comandos completamente novos ou habilidades passivas de suporte. Cada classe evolui individualmente, desbloqueando novas habilidades conforme o nível aumenta. É possível misturar as habilidades dos vários Jobs, resultando na construção de várias táticas diferentes de acordo com a situação. 24 classes estão disponíveis, como Cavaleiro, Ninja e Mago Negro.

Uma novidade introduzida na versão For The Sequel é o Bravely Second. Este recurso permite parar completamente os inimigos em um combate, possibilitando atacar sem preocupações, ideal para momentos difíceis. Para usar o Bravely Second é necessário gastar Sleep Points (SPs), que são adquiridos a cada oito horas com o jogo ligado, inclusive quando o console estiver no modo de descanso. Aqueles que não quiserem esperar poderão comprar no eShop o SP Drink, item que recupera imediatamente todos os SPs. Este recurso é opcional e é possível completar o jogo sem adquirir nenhum item extra.

Tudo fica monocromático quando o Bravely Second é ativado

Aventurando-se com os amigos

Além de uma aventura extensa e um sistema de batalha repleto de possibilidades, Bravely Default terá também um forte foco na comunicação entre os jogadores. Por meio do StreetPass e da Nintendo Network será possível enviar e receber cartões contendo informações dos outros jogadores, que podem ser utilizados de várias maneiras distintas. A primeira delas é em uma missão paralela na qual o objetivo é reconstruir Norende, a vila natal de Tiz Arrior. Cada jogador encontrado é um novo habitante na cidade, que pode ser utilizado em tarefas para revitalizar o local. A segunda possibilidade é o Ability Link: por meio desse recurso é possível utilizar alguma habilidade do Mii recebido. O comando Friend Summon é o último uso dos cartões recebidos. Quando ativado em batalha, o Mii do cartão aparece e executa um ataque especial. Quanto mais o jogador usar certos Miis, mais fortes serão os ataques. Chefes extras também serão enviados pela Nintendo Network gratuitamente.

O início de uma nova saga

Bravely Default tem tudo para ser um dos melhores títulos de 2014 para o 3DS. Este esperado JRPG tem características para agradar todo tipo de jogador: mecânicas clássicas que remetem aos tempos do NES, sistemas de customização baseados em títulos mais recentes e dificuldade maleável. Além disso, Bravely Default possui uma apresentação caprichada, com belos gráficos, música de qualidade e uso dos recursos de comunicação do portátil. Assim como foi feito no Japão e Europa, uma versão de colecionador estará disponível também nas Américas. E isso é só o começo: uma continuação já foi anunciada e os produtores revelaram que desejam lançar um novo jogo da série por ano. E vocês, o que esperam de Bravely Default?

Bravely Default — 3DS
Desenvolvimento: Silicon Studio/Square Enix
Gênero: RPG
Lançamento: 07 de fevereiro de 2014
Expectativa: 5/5
Revisão: Jaime Ninice
Capa: Rafael Lam

é brasiliense e gosta de explorar games indie e títulos obscuros. Fã de Yoko Shimomura, Yuzo Koshiro e Masashi Hamauzu, é apreciador de roguelikes, game music, fotografia e livros. Pode ser encontrado no seu blog pessoal e nas redes sociais por meio do nick FaruSantos.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. A Saquare Enix devia dar atenção ao Wii U,ainda mais nesse momento tão dificil.

    ResponderExcluir
  2. Epico demais *-* em todos os aspectos

    ResponderExcluir
  3. Nunca... esse jogo ja está prometido ao 3DS a muito tempo... Wii U começou a cair recentemente e provavelmente não sobrevivera este ano de 2014 nos mesmo mares de PS4 e XBox One. O 3DS que ainda sustenta a Nintendo.

    ResponderExcluir
  4. Nunca... esse jogo ja está prometido ao 3DS a muito tempo... Wii U começou a cair recentemente e provavelmente não sobrevivera este ano de 2014 nos mesmo mares de PS4 e XBox One. O 3DS que ainda sustenta a Nintendo.

    ResponderExcluir

Disqus
Facebook
Google