Nintendo Chronicle

Nintendo Chronicle #5: A primeira geração do GameBoy e o sucesso dos monstrinhos de bolso

Na parte anterior da Nintendo Chronicle, vimos que o NES teve seu sucesso potencializado pela grande quantidade de franquias novas cria... (por Gustavo Assumpção em 26/01/2009, via Nintendo Blast)

Na parte anterior da Nintendo Chronicle, vimos que o NES teve seu sucesso potencializado pela grande quantidade de franquias novas criadas e pela qualidade das mesmas. Agora voltaremos um pouquinho no tempo e veremos como foi o processo de criação do GameBoy – primeiro videogame a ultrapassar os 100 milhões de unidades vendidas.

Com o sucesso do NES e a liderança fácil em praticamente todos os database-hardware-gameboy01  mercados globais, a Nintendo tinha se lançado com tudo na aventura de se tornar uma verdadeira ditadora de tendências no mercado. Depois do NES, o segundo passo para a consolidação desse mercado se deu com o Game Boy, isso já no fim da década de 80.

Foi no ano de 1987 que pela primeira vez o mundo conhecia o Game Boy. Idealizado pelo gênio Gunpei Yokoi, o portátil inovava ao permitir o uso de cartuchos, indo contra a corrente dos portáteis one game (como o próprio Game & Watch). Outro destaque do GB era a presença do sucesso da época: o direcional em cruz que possibilitava um controlegameboy_logo fácil e sem complicações.

Yokoi revelou que o projeto de criação do Game Boy precisava ser eficiente em três frentes para que vingasse. Primeiro ele precisava realmente ser portátil; ou seja, caber realmente no bolso. Em segundo lugar ele precisava ser simples; nada de processadores de última geração ou games muito complicados e em terceiro lugar ele precisava ser eficiente.

O grande desafio do projeto desde o início esteve nessa eficiência, na otimização do uso da bateria. Depois de diversos testes chegou-se ao uso de quatro pilhas tamanho AA que duravam consideráveis vinte horas de jogo. O preço de lançamento também foi bastante atrativo: algo em torno de 100 dólares que contribuiu de forma decisiva para o sucesso do console.

Outro fator importante do sucesso estava na capacidade de ligação entre os portáteis através do Cabo Link de maneira bem fácil e sem complicações. O lançamento do console juntamente com um game da série Tetris também foi decisivo, apesar de em 1995 o console passar a ser vendido sem o game.

 

Os outros modelos

90px-Game_Boy_PocketEm 1996 o GameBoy ganha seu primeiro modelo redesenhado. Menor e mais eficiente que o original, o Game Boy Pocket possuía um design mais enxuto, tela mais definida, acabamento em prata metálico e maior nitidez na formação das imagens.   

90px-Game_Boy_LightUm ano depois é a vez do Game Boy Light que supria uma das maiores deficiências do console: iluminação própria. Além de contar com um design mais bonito e arrojado o modelo não tinha a tela esverdeada que era a principal queixa dos jogadores já que cansava a vista depois de alguns momentos de jogatina.

79px-Game_Boy_ColorUm ano depois surge uma verdadeira revolução: o Game Boy Color. Usando uma tela em LCD com pouca reflexão de luz e completamente colorida, graças a uma tecnologia inédita na época, o console foi o desejo de consumo da maioria dos jogadores. O GBC também possibilitava a troca de dados em infra-vermelho – embora esse recurso não tenha sido muito utilizado pelas produtoras.

O fator Pokémon

O sucesso do GameBoy era grande desde o seu lançamento. Mas faltava um game que realmente valesse a compra do console. É então que Pokémon é lançado.ilu_pokemon

Pokémon foi uma criação da GameFreak, um subsidiária da Nintendo sem muita expressão. Pokémon foi desenvolvido de uma forma que fosse  um título que possibilitasse uma jogabilidade praticamente infinita e uma interação entre os jogadores nunca vista graças ao lançamento em duas versões diferentes: Red e Green (Blue no ocidente). Mesmo que o processo de desenvolvimento tenha sido tímido, logo no lançamento em fevereiro de 1996, Pokémon vendeu 256 mil unidades na primeira semana.

O lançamento americano da franquia só aconteceria em 30 de setembro de 1998. E curiosamente o game repetiu o mesmo sucesso sem precedentes no ocidente. Pokémon não só liderou os rankings de mais vendidos(com o absurdo número de 31 milhões de games vendidos) como conseguiu de forma decisiva ser o motivo que valia a compra do GB.

Emyellow 1999 a Nintendo lançou uma versão refeita do primeiro game  homenageando o monstrinho mais carismático de todos: Pikachu. Resultado: Pokémon Yellow: Pikachu´s Special Edition vendeu mais de 20 milhões de unidades em todo o mundo. O game chegou a ser lanç ado juntamente com o Game Boy Color em um versão especial amarela com desenhos do Pikachu na carcaça.

O GBC ainda ganharia outros games da franquia. O maior destaque ficou com as versões Gold e Silver que apresentaram um visual muito melhor, bugs corrigidos, um balanceamento mais visível da jogabilidade e uma variedade maior de monstrinhos (agora eram 251). G&S também receberam uma versão refeita: Pokémon Crystal lançada no ocidente em 2001. Somadas as três versões venderam mais de 30 milhões.

 

De Mario a Zelda a epopéia da Nintendo

Outro ponto em que o GB se destacou foi que a Nintendo não exitou em lançar versões de suas franquias de sucesso. Só o herói bigodudo Mario recebeu Mario Land, Mario Land 2: Six Golden Coins, Dr. Mario,Trilha_Super_Mario_Land Mario Picross e Super Mario Bros. Deluxe, games com grande qualidade.

Outras franquias como Metroid e Zelda também apareceram. Metroid 2 Return of the Samus e The Legend of Zelda Link´s Awakening foram games  de grande qualidade. Se somarmos os ports de Donkey  Kong Country (com o subtítulo Land), Wario Land, diversos games da série Kirby entre outros, fica claro que o sucesso do GameBoy não foi à toa.

Já na sua fase final de vida, o GBC ganhou alguns games que estão na história entre os melhores games portáteis já lançados: Zelda Oracle of Afes/ Seasons, Immagination, Shantae, Metal Gear Solid, Mario Tennis GB, Dragon Quest Monsteres, entre outros são games de qualidade ímpar.

 

Um console de sucesso irrepreensível

Com mais de 100 milhões de consoles vendidos, a Nintendo pode se orgulhar do sucesso do Game Boy. O console alcançou um sucesso absolutamente retumbante não só entre o público nintendista. Praticamente todo mundo já teve alguma versão do portátil ou deu aquela jogadinha. Outro fator importante é que o GB possuiu uma vida útil de 13 anos recorde absoluto.

Bom hoje paramos por aqui. Para a próxima semana é bom preparar o coração: chegou a hora de falar do Super Nintendo, o console com a maior legião de fãs de todos os tempos. Prepare-se!


Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. otimo Nintendo Chronicle!

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  2. cade a sexta parte da nintedo Chronicle

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  3. oisou maicon colecionador e fa d video games sou um pucovelho mais iso nao interessa

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  4. Bom Review.Mas cadê o GBA? Ele faz parte...

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  5. Acho mais adequado o GBC ser considerado um aparelho diferente, não apenas mais um modelo do GB, já que ele tinha uma CPU levemente superior à do GB original. Justamente por isso jogos "only for" GBC não rodavam no GB.

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  6. Simplesmente perfeito!
    Um dos meus sonhos sempre foi ter um gameboy. Mas como não sou da época do GB/GBc fica difícil. Mas ainda terei todos os consoles da Nintendo.

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  7. Ainda compro um GB Tijolão pra usar como peso para papéis... :P

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  8. Não tenho GB mas tenho DS e acho a nintendo D+

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  9. picolé é amarelo

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