Análise: Bolt (DS)

em 01/02/2009

Bolt, o Super Cão não fez um sucesso avassalador como Wall-E mas conseguiu abocanhar bons números nas bilheterias mundiais e ainda ser i... (por Gustavo Assumpção em 01/02/2009, via Nintendo Blast)

Bolt, o Super Cão não fez um sucesso avassalador como Wall-E mas conseguiu abocanhar bons números nas bilheterias mundiais e ainda ser indicado ao Oscar de filme de animação. Mas quando o assunto são games baseados em filmes todo mundo já fica com um pé atrás. Se esse filme for de animação, a desconfiança é ainda maior mesmo que o filme que a originou seja bom… Bolt não foge dessa regra.

box_142933-hdA versão para o DS de Bolt foi desenvolvida pela Altron, mesma que adaptou Alex Rider e Danny Phantom para os games. Como as credenciais dos desenvolvedores não são lá essas coisas, estava na cara que Bolt não seria aquela maravilha.

O game segue de perto a história do filme do supercão que na realidade é uma criação da televisão. Depois de muitos desencontros, Bolt se vê tendo que enfrentar os desafios reais das ruas. No game dependendo da fase você controla Bolt ou os demais personagens do filme.

O esquema das fases é bastante tradicional. Todas são em três dimensões com câmera fixa que pode ser rotacionada com os botões L e R. A rotação não é total, então não há muita função para ela. Em cada fase existem elementos de interação no seu término que são feitos pela tela de toque. Em algumas são mecanismos semelhantes a um game de puzzle, que curiosamente é mais divertido que o game principal.

Os combates não são nada inovadores. Existem dois botões diferentes para se atacar: X e Y. Conforme você avança no jogo destrava combos resultados da combinação desses botões. O combate não funciona muito bem, a esquiva é praticamente inexistente, bem como a estratégia: basta apertar como um louco os botões para derrotar os inimigos, que são sempre os mesmos e com uma burrice artificial marcante.

Uma coisa bastante interessante da jogabilidade é a variação de ambientes e de posicionamento da câmera que dá uma leveza e uma sensação de que existem muitas coisas diferentes para se fazer e de as fases são variadas – o que na realidade não é verdade.

Falando do visual, Bolt apresenta ambientes muito bons para um game de DS, com modelos poligonais bem construídos, personagens bem animados e efeitos interessantes – com excessão do fogo que é bizarramente recriado. Mas a falta de variedade e de um capricho maior nos detalhes impedem um desempenho melhor.

A trilha sonora possui canções retiradas do filme que ficam bem reconhecíveis para quem foi ao cinema. Mas mesmo assim, são repetitivas e os efeitos sonoros são toscos e irritantes.

Infelizmente Bolt sofre da mesma falta de capricho que a maioria dos games baseados em filmes sofre. Falta não só um cuidado maior no desenvolvimento, como também um empenho em fornecer uma jornada mais variada ao jogador, que instigue o progresso e atraia quem gostou do ótimo filme da Disney. Infelizmente os combates torpes e a repetitividade afundam mais uma vez uma game licenciado.

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Bolt (DS) – Nota: 4.5


Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
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