Top 10: jogos antigos inesquecíveis em consoles Nintendo

Quem acompanha a indústria dos games desde o início dos tempos com certeza tem um montão de histórias para contar e com certeza tem seus jogos antigos preferidos, todos eles empoeirados em um baú ou apenas na lembrança. Na nossa lista de hoje, traremos os 10 jogos em consoles Nintendo que mais marcaram época e que jamais esqueceremos.

10. 007 GoldenEye (N64)

Muita gente gosta dos filmes do agente James Bond, vulgo 007 no mundo dos agentes secretos, mas ninguém nunca tinha gostado dos seus jogos até o lançamento de 007 GoldenEye para Nintendo 64. O que acontecia era que os produtores pegavam o nome do filme recém-lançado e lançavam um jogo em terceira pessoa em que o personagem deveria seguir exatamente o mesmo roteiro do filme – chato e pouco criativo, já que não havia nem modo multiplayer.

Com 007 GoldenEye a Rare acertou na mosca em todos os aspectos. O jogo era shooter em primeira pessoa que colocava o jogador na pele do agente secreto em uma série de missões que não deixavam de ser baseadas no filme (nada novo até aqui senão a câmera em 1ª pessoa). Seus menus foram todos feitos como se tudo fosse parte de um dossiê da MI6, o sistema de pause mostrava menus no famoso relógio de Bond e os gráficos, bem como os sons, eram soberbos. Não bastasse isso, o jogo contava com um modo multiplayer magnífico.

A disputa era realizada apenas entre jogadores humanos – nada de bots –, e haviam modos de jogos inovadores para a época. Quem não lembra do modo The Man With The Golden Gun no qual quem achasse a arma de ouro no cenário conseguia matar qualquer um com apenas um tiro e se tornava um verdadeiro Deus (se soubesse jogar, claro)? Além de mapas clássicos, baseados no filme e extremamente fieis.

GoldenEye fez a alegria de muita gente que tinha um N64 e reunia amigos em casa, cada um com seu controle, para jogar o modo multiplayer. Eram horas à fio disputando partidas inacabáveis em que cada um escolhia seu personagem preferido em busca do sucesso – o espírito de competição aflorava em qualquer um. Quem não tinham um N64, como eu, ia para as famosas games jogar com estranhos mesmo e disputar campeonatos com premiação e tudo (tudo bem, eram só porta-tazos ou um ou dois sacos de Cheetos, mas valiam). Um jogo inesquecível para qualquer gamer.

9. Pokémon Yellow (GB)

No começo dos tempos o anime dos monstrinhos fazia um tremendo sucesso – era apenas uma questão de tempo para que lançassem um jogo que conquistasse todo o público que o acompanhava e um pouco mais. A Game Freak acertou em cheio ao incorporar o espírito “Catch ‘em All” ao portátil da Nintendo, afinal de contas em que console um gamer se sentiria como um treinador pokémon se não no Game Boy? No portátil você tinha todos os monstrinhos ali, na palma da sua mão a qualquer momento.

No começo as coisas não foram tão fáceis – foram lançadas as versões Red e Blue que contavam com alguns dos monstrinhos apenas, mas logo em seguida Pokémon Yellow foi lançado e trouxe, dentre outras ‘novidades’, todos 151 bichinhos juntos. Não, o jogo não era complicado – se você assistisse ao desenho, facilmente saberia como jogar e o nome de TODOS os pokémons (eu sabia, do 1 ao 151 de cor). A simplicidade encantava e o jogo cumpria com o que prometia – divertir e fazer você se sentir um verdadeiro treinador pokémon.

Naturalmente as coisas evoluiram e a quantidade de pokémons aumentou consideralvemente (não sei quantos são hoje, alguém me ajuda?) e de repente jogar pokémon virou mais uma coisa de estratégia e RPG, se assim se pode dizer, do que de ser um treinador pokémon. Particularmente sinto falta dos tempos em que dava para decorar o nome de todos eles.

Por isso, por sua simplicidade (em todos os aspectos) e por cumprir com o propõem, Pokémon Yellow é o nosso 9º game do nosso Top 10.

8. Bomberman (NES/SNES)

Eis um jogo que, assim como 007 GoldenEye, é capaz de reunir amigos para jogar por um dia inteiro! Um dos pioneiros da jogatina multiplayer com mais de 2 jogadores simultâneos, Bomberman tem objetivos simples e jogabilidade bastante intuitivas – quer algo melhor do que colocar bombas para destruir o que impede sua passagem?

Não, não há nada de espetacular em seus gráficos, em seus efeitos sonoros ou enredo – pelo contrário. Os gráficos desde sempre foram os mais simples possíveis (tanto é que até hoje tentasse conservar o aspecto 2D do jogo), bem como os efeitos sonoros e o enredo: você sempre estará em um planeta esquisito para destruir algum ser maligno colocando bombas por todos os lados. Então porque ele está aqui? super-bomberman-3-snes-ingame

Desde o início Bomberman teve o intuito de ser divertido e divertir. Verdade essa revelada no modo multiplayer, pelo qual o jogo ficou e é famoso até hoje. O sucesso foi tanto que a Hudson Soft, responsável por sua produção, lançou o Multitap para SNES, acessório que permitia que mais de 4 jogadores jogassem simultaneamente. Tal característica é tão forte no game que a jogatina online de hoje em dia, que permite que até 8 pessoas joguem simultaneamente, é párea para a disputa presencial. O bom mesmo é jogar com seu amigo ali do lado, para tirar sarro com ele e observar suas reações. Por seu pioneirismo aliado à sua diversão, Bomberman fica com nosso 8º lugar.

7. Metroid (NES)

Lançado em 1986 para o Nintendo, Metroid trazia, pela primeira vez na história, um protagonista mulher. Aos mais desavisados, Samus Aran passava batida como mulher e muitos ficavam surpresos quando a descobriam mulher (como eu fiquei). Mas não, o jogo não é só Samus Aran.

Metroid pode ser considerado um jogo à frente do seu tempo. Hoje em dia é comum termos jogos enormes feitos em ‘uma fase só’ (Castlevania, por exemplo), mas nos idos da década de 1980 isso não existia. Tampouco existiam mapas que lhe guiassem em sua jornada. Metroid era um jogo infinito para a época e instigava o jogador a saber de cor as entranhas do jogo – onde estavam as passagens secretas, os itens e aonde você estava (é comum se perder nele).

Metroid foi o precursor dos games dos enormes adventures cheios de mapas, itens e desafios que temos hoje em dia. Quem o jogou sabe do que estou dizendo e por isso ele fica com o nosso 7º lugar.

6. Ninja Gaiden (NES)

Lançado originalmente para arcade, Ninja Gaiden chegou ao NES totalmente modificado, mas inovador. Devido às limitações de hardware do console 8 bits da Big N, praticamente todo o jogo foi refeito.

Mesmo com gráficos mais ‘pobres’ que o original, Ninja Gaiden arrebentou. Apesar de já serem bastante conhecidos no ocidente, o enredo oriental de Ninja Gaiden fez bastante sucesso, só perdendo para os efeitos de câmera que foram introduzidos no game. O pioneirismo desse recurso alavancou o jogo e o fez extremamente popular – para os que não entendiam muito bem aquela história de clãs ninjas, Espada do Dragão e tudo o mais, tudo ficava bem vendo as cutscenes.

Ninja Gaiden é bastante desafiador e difícil (quem nunca teve vontade de jogar o controle no chão com esse game que atire a primeira pedra). Mas tudo ficava bem e maravilhoso com as cutscenes da época. Por seu pioneirismo e por ser precursor do que temos hoje em dia com os CGs (se assim se pode dizer), Ninja Gaiden fica com nosso 6º lugar no Top 10.

5. Super Mario Kart (SNES)

Porque não unir a emoção da velocidade com a diversão proporcionada pelas palhaçadas da galera do Reino do Cogumelo? Pois é justamente isso que Super Mario Kart faz. Conhecido por ser o personagem mais versátil do mundo dos games, em 1992 o encanador barrigudo recrutou seus parceiros na primeira jornada no mundo da velocidade. Em Super Mario Kart todas as características que fizeram da franquia a mais conhecida, e porque não querida, franquia de todos os tempos estão presentes. Não é apenas uma questão de velocidade, mas também de diversão.

Jogue cascos nos seus inimigos, deixe cascas de banana na pista para eles rodarem, obtenha cogulemos que dão uma envenenada momentânea no seu motor e solte raios que deixam seus inimigos nanicos. A diversão é ainda maior quando se joga com um amigo – o espírito de competição, rivalidade e palavras do tipo “você é um apelão” surgem a todo tempo, principalmente no modo Battle.

Mais do que isso, Super Mario Kart trazia gráficos excelentes graças ao chip Mode 7 que permitia mapear texturas de maneira pseudo-3D, algo muito raro para a época. Os sons também eram excelentes e bastante fieis aos jogos de plataforma do encanador com os quais todos estavam acostumados até então.

4. The Legend of Zelda (NES)

Zelda é uma das franquias de maior sucesso de todos os tempos até hoje – e sempre foi assim, desde o começo. Lançado em 1986 para o Famicon Disk System e posteriormente portado para o NES, The Legend of Zelda era único em todos os aspectos. Fruto da mente brilhante de Miyamoto, pela primeira vez os gamers tinham a sua disposição um jogo que lhes proporcionava total imersão, interação com o cenário e personagens e lhes exigia muito raciocínio e paciência.

Tudo foi minuciosamente planejado, da história aos itens, tudo foi feito para que o jogador realmente se sentisse no mundo mágico de Hyrule e se sentisse tão perdido quanto o nosso herói Link, cujo objetivo é recuperar os pedaços da force da Sabedoria. São horas e mais horas de exploração dos labirintos que compõem o jogo, itens e mais itens que devem ser coletados e batalhas a todo momento.

The Legend of Zelda não só trouxe toda a fantasia característica de toda a franquia como também trouxe inovações para a época: foi o primeiro game a vir com uma bateria interna que permitia que o progresso do game fosse salvo e continuado posteriormente, abolindo os indecoráveis passwords.

Por ter aberto todo o caminho para uma franquia de muito sucesso e por ter vendido mais de 6,5 milhões de cópias (sendo o primeiro da história a bater 1 milhão de cópias vendidas nos EUA no ano de lançamento), The Legend of Zelda fica com o nosso 4º lugar.

3. Street Fighter II: The World Warriors (SNES)

Numa época em que os jogos de luta eram uma porqueira e o primeiro jogo da franquia tinha sido mais porqueira ainda, eis que a Capcom lança, em 1991, Street Fighter II para arcades, e logo em seguida para o Super Nintendo. Considerado um dos melhores jogos de luta de todos os tempos, o jogo revolucionou o estilo introduzindo maior competitividade às lutas e com personagens com ‘poderes especiais’ e coisas do tipo.

Os personagens, cenários e músicas de SFII são tão marcantes que continuam vivos até hoje na memória dos gamers menos atenciosos. Com uma jogabilidade simples, fácil e inovadora (três botões de chute, três de soco, todos com forças diferentes), o jogo abria vasão até para crianças jogarem. Os gráficos, muito bem trabalhados para um console 16 bits, deixavam o jogo muito mais agradável de ser jogado. Todos os comandos fluiam com naturalidade e a jogatina era extremamente divertido ao mesmo tempo que desafiadora – algo jamais visto até então.

Street Fighter II foi único em todos os aspectos, principalmente pelo fato de ter sido o único responsável por inovar e impor um padrão ao estilo, o qual é seguido até hoje. Depois dele, o que veio foram apenas jogos de luta que o copiaram pelo menos em um aspecto. E convenhamos, quem nunca jogou Street Fighter aqui né?

2. Super Mario 64 (N64)

Desde o lançamento de Super Mario Bros. no antigo Nintendinho que o encanador italiano inova e é responsável pelas guinadas de vendas dos consoles da Big N e Super Mario 64 é prova disso. Como primeiro jogo para a plataforma 64 bits da Nintendo, o desafio encontrado pelo pessoal da Nintendo era fazer um jogo de sucesso, divertido como todos lançados até então, porém conservando as características que o consagraram no estilo plataforma agora em ambientes tridimensionais.

Super Mario 64 foi o primeiro jogo do barrigudo em um ambiente totalmente tridimensional. Agora ao invés de fases planas e obstáculos lineares, nosso herói percorria um mundo (na verdade o castelo da princesa) imenso, cheio de armadilhas, inimigos e objetivos a serem cumpridos. Apesar do receio que alguns tiveram de início, Super Mario 64 foi um sucesso. Seus gráficos eram incríveis, os mapas imensos e a jogabilidade perfeita. O controle do N64 encaixava-se perfeitamente ao propósito do jogo, que tinha um nível de liberdade jamais encontrada em um jogo da franquia.

Por cumprir muito bem com a sua responsabilidade de levar uma das franquias mais importantes da indústria dos vídeo games de um ambiente 2D para o 3D, trazer inovações suficientes e manter a diversão proporcionada por ela, Super Mario 64 fica com nosso 2º lugar.

1. Super Mario World (SNES)

Todos que tiveram pelo menos um console da Big N um dia já ouviram falar (isso quando não chegaram a jogar exaustivamente) de Super Mario World. Não é pra menos, Super Mario World foi o carro chefe do SNES desde o seu lançamento até hoje em dia. Juntamente com F-Zero, foi um dos dois primeiros jogos lançados para o console e reinou absoluto durante toda a vida do console.

Super Mario World trazia muito mais do que gráficos bem trabalhados e coloridos, sonografia exuberante e sem falhas, mapas bem trabalhados e jogabilidade simples, mas ao mesmo tempo desafiadora para os mais experientes – ele representa, literalmente, o amadurecimento dos jogos plataforma 2D. Apesar de ser praticamente mais do mesmo que vinha sendo feito desde Super Mario Bros. (NES), Super Mario World nos trouxe uma magia jamais vista que nos fazia imergir no jogo de tal maneira que nossa vontade era de zerá-lo numa sentada só.

Mais do que isso, Super Mario World foi o principal responsável pela ascenção do Super Nintendo no mercado. Chegando dois anos “atrasado” às lojas, o Super Nintendo vinha para competir com o já amadurecido Sega Gênesis (Mega Drive). Apostando na sua franquia mais forte, a Nintendo resolveu pôr Super Mario World como o jogo bundled, que acompanharia todos os consoles saídos das prateleiras. A estratégia funcionou muito bem e hoje Super Mario World é considerado por muitos especialistas como o “melhor jogo de todos os tempos”!