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Análise: Dirt 2 (Wii)

  Colin McRae Rally surgiu em 1998 nos PCs. No início a série apresentava problemas graves de jogablidade – mas já demonstrava um potenc... (por Gustavo Assumpção em 18/09/2009, via Nintendo Blast)

14480 Colin McRae Rally surgiu em 1998 nos PCs. No início a série apresentava problemas graves de jogablidade – mas já demonstrava um potencial interessante. Dois anos depois, a redenção: Colin McRae Rally 2.0 melhorou os problemas do antecessor e se tornou um dos melhores games de corrida da geração 32-64 bit. Mas porque citar a série nessa análise? CMR é o precursor da série Dirt, simulador de Rally que acaba de ser lançado para PS3, X360, PC, DS, PSP e Wii.

É a versão para o console de mesa da Nintendo que jogamos e contamos pra você nossas experiências.

Um game problemático

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Como já é de praxe, a Codemasters desenvolveu três versões diferentes de um mesmo game: uma para PS3, 360 e PC, uma para Wii e PSP e outra para o DS. Enquanto a primeira dessas versões possui a parte técnica de ponta, nas demais versões o apelo visual não é tão grande. A Codemasters ainda renegou a versão Wii/ PSP para que fosse desenvolvida pela Sumo Digital, mesma equipe que já havia criado games cheios de problemas, como Outrun Arcade no XBLA, New International Track & Field no DS, e SEGA Superstars Tennis.

Mas se engana quem pensa que os problemas começam aí. A versão para Wii (consequentemente uma irmã da versão PSP) possui defeitos graves em sua concepção e valor de jogo. Isso começa logo no modo principal – o Career. Ao contrário do que se espera de um modo do estilo, aqui não existe qualquer elemento diferente de imersão do jogador, a não ser a escolha em alguns momentos de qual carro utilizar. Não existem itens para ser adquiridos e a capacidade de personalização é praticamente zero.

Ainda há um modo Challenge e um modo multiplayer. O primeiro permite que os jogadores enfrentem desafios dos mais escabrosos, alguns deles bem divertidos e inovadores. Já o multiplayer em splitscreen deixa um pouco a desejar pela simplicidade e opções quase nulas. Não há qualquer recurso online no pacote – o que por si só já merecia um grande puxão de orelha.

Puxão de orelha que aumenta ainda mais ao se observar o visual dessa versão. Os modelos poligonais de carros e pistas não apresentam problemas graves, mas são chapados, sem detalhes e sem vida. A movimentação dos veículos é somente mediana – inclusive com constantes slowdowns em pistas mais detalhadas.

Já na jogabilidade, Dirt 2 acerta. Os controles (sejam só via Wiimote ou na combinação Wiimote + Nunchuk) funcionam muito bem e garantem certa precisão e facilidade na direção. A sensação de dirigibilidade dos carros é precisa e até certo ponto realista. Senti falta de uma necessidade maior do uso do freio – já que basta desacelerar para se fazer as curvas sem maiores problemas.

Infelizmente, a versão Wii de Dirt parece muito mal acabada e feita às pressas. E sofre exatamente dos mesmos problemas da versão PSP – agravados por agora se tratar de um console de ponta. O curioso é que apesar da falta de capricho, o game ainda diverte – principalmente quem não liga muito pros detalhes. Mas que ele poderia ser melhor, não tenha dúvidas!

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Dirt 2 – Nintendo Wii – Nota Final: 6.5

Gráficos: 6.0 Som: 6.5 Jogabilidade: 7.5 Diversão: 7.0


Estudante de Jornalismo, apreciador de rock britânico, pouco cuidadoso com as palavras, rico de espírito, triste com as relações nesse mundo e esperançoso com o futuro.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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