Desde pequeno eu sempre gostei muito de jogos que misturassem dois ou mais tipos de jogabilidade. Como exemplo posso citar Ultimate Challenge, de Nintendo, que misturava plataforma, corrida, nave e puzzle, porém seguindo a mesma linha narrativa e não como eventos separados. Claro que temos outros exemplos, como Blaster Master ou Califórnia Games, mas como nosso objetivo é apresentar velhas novidades, hoje eu falarei de Air Fortress.
Lançado pela Hal Laboratory, em 1987 no Japão e em 1989 nos EUA, Air Fortress é um jogo de nave e de exploração ao mesmo tempo. O protagonista Hal Bailman pertence ao planeta Farmel, que se encontra ameaçado pelos Air Fortress, imensas fortalezas voadoras que viajam pelo espaço consumindo tudo o que encontram pela frente... Pense numa mistura de Estrela da Morte com Galactus, e você verá o tamanho da encrenca.
Pois bem, a Federação Galáctica (sempre tem uma, certo?) decide que Hal é o cara que deve enfrentar sozinho todos os 8 Air Fortress. Por que? Sei lá, vai ver que o cara treinou com o Chuck Norris ou que era o único do planeta que sabia amarrar os cadarços sozinho, o importante é que ele topa, e lá vai ele por um fim na festa que civilizações e mais civilzações não conseguiram.
Poxa, se eles tivessem se esforçado pra tornar Hal mais carismático ou as fases e acontecimentos menos genéricos, esse cara séria um grande herói dos games hoje em dia!
Cada fase é dividida em dois estágios: No primeiro, Hal chega ao planeta montado em uma espécie de nave pra uma pessoa, e temos um jogo de tiro estilo Gradius ou R-Type, sem a profundidade desses. Os gráficos são coloridos e vistosos, mas os inimigos são genéricos e as vezes os obstaculos se confundem com os cenários, o que é uma coisa chata pra caramba com o que se acostumar.
O segundo estágio ocorre quando Hal desse de sua navinha e se infiltra na fortaleza. Ele tem um JetPack que usa um medidor que vai decrescendo, cujo combustível você coletou na etapa com a nave. Hal também atira e pode usar suas bombas para chegar ao centro da fortaleza e destruí-la, passando para a próxima.
As fases de nave ficam cada vez mais infernais e as fortalezas, que a princípio são lineares, se tornam verdadeiros labirintos, cheios de monstros e remetendo invariavelmente a Metroid.
Ou seja, o jogo te passa uma impressão de amigável e fácil até mostrar que é uma representação do caos do bakumatsu na hora do Rush. E não bastando isso, após completar o game, aparece a opção de uma nova quest, bem mais difícil. Hardcore até o caroço.
O que separou esse título de um sucesso maior foi a falta de personalidade e capricho: Com um pouco mais de polimento, ouviriamos falar dele até hoje.
Curiosidades: O herói tem o mesmo nome do estúdio que fez o jogo (Hal/HAL Laboratories), que por sua vez é o mesmo do desconhecido... Pokemon. O herói também lembra muito o protagonista de Jetpac, joguete que a Rare introduziu no jogo Donkey Kong 64, mas que era originalmente de 1983, lançado no ZX Spectrum.
Bem, esse foi o ilustre desconhecido de hoje. Comentem, e, se possível, se cadastrem e visitem o nosso fórum. Tem um tópico lá pra que vocês sugiram pautas pra Outer N.