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Análise: Bit. Trip Runner (WiiWare)

O que faz um game se destacar? São seus gráficos? Que tal sua jogabilidade? Será que sua trilha sonora é o que faz os jogadores o comprare... (por Anônimo em 31/03/2011, via Nintendo Blast)

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O que faz um game se destacar? São seus gráficos? Que tal sua jogabilidade? Será que sua trilha sonora é o que faz os jogadores o comprarem? Eu acredito que um dos fatores mais importantes para um game ser notado é o seu carisma, a sua personalidade. E se os produtores conseguirem juntar a isso todos os fatores acima lembrados, então temos um game com um grande potencial de se tornar memorável. Bit. Trip Runner consegue tudo isso para seu bem e para seu mal.

Chamando Commander Video

runnerBit. Trip Runner é o quarto game da aclamada série da Gaijin Games. De longe, é o mais parecido com o que jogávamos na boa época do Nes e Snes. Você joga com o herói Commander Video, um cara gente boa feito unicamente de pixels pretos com um simples destaque na região dos olhos. Seu único objetivo é desviar de obstáculos e chegar ao fim de cada estágio em perfeito estado. O herói está sempre seguindo em frente, você não controla a sua velocidade, apenas deve se utilizar de pulos, escorregadas, chutes, entre outros movimentos para se safar da possível derrota. Cometeu algum erro? Volte para o início do estágio sem choro e com muito pesar. São cerca de 50 estágios com muitos desafios e chefes tão criativos quanto difíceis.

Ouro, muito ouroimages

Além dos muitos desafios, há alguns bônus bacanas no meio de seu percurso. Barras de ouro estão espalhadas por todo o caminho, pegue todas e você libera um retro challenge após o estágio. Estes desafios são um show de pura nostalgia. Todos os estágios são idênticas ào famoso Pitfall de Atari, até mesmo o logo da Gaijin está no mesmo lugar que o antigo logo do game original estava. Conseguir pegar todas as barras de ouro nessas fases é uma verdadeira prova de destreza e reflexo. Este desafio é basicamente feito para você coletar mais barras de ouro e aumentar a sua pontuação, o que fará com que você tenha que se dedicar bastante para conseguir aquele “perfect” que tanto quer. Há, também, itens que aumentam a pontuação e as cores que perseguem o personagem também são localizados para você ter uma única chance para pegá-los. Passou batido? Ficou sem, meu amigo.

Pura arte

Os produtores da Gaijin sabem muito bem como juntar a arte ao fazer um game. Tudo em Bit. Trip Runner é pura personalidade. Os gráficos são nostalgicos, pixelados, coloridos, estilosos. A movimentação dos personagens é fluída, natural. A bittriprunner_000trilha sonora não apenas trabalha em conjunto ao game como faz parte inteiramente dele. Sempre que você dá um pulo com Commander Video, um som é ouvido. Pule nos momentos cruciais do estágio e você se verá fazendo a trilha sonora do game. É algo louvável e muito criativo. É como se estivessemos jogando um game da era 8 bits em sua plenitude. É para aplaudir.

Nem tudo são flores (ou pixels)

Bit. Trip Runner acaba se atrapalhando em si mesmo.
O grande destaque do game é a sua dificuldade crescente e a necessidade de reflexos apurados para passar ileso dos estágios mais complexos. O problema é que muitas vezes isso pode acabar sendo frustrante para o jogador, pois não há espaço algum para erros, e se algum for cometido, o jogador volta, instantaneamente, para o começo do estágio. Isso quer dizer que se você apertar o botão de pulo na hora errada bem no momento antes do fim do estágio, tudo será perdido e terá que ser refeito. Dessa forma fica difícil não desligar o Wii quando isso ocorrer e acabar desencanando do game por alguns dias.

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Devo lembrar que há uma enorme diferença entre alto desafio e frustração. Infelizmente, Bit. Trip Runner fica o tempo todo balançando entre ambos, o que deixa bastante difícil o trabalho de Commander Video em fazer com que o jogador fique retornando para ajudá-lo em sua missão que é – e não se esqueça – nos divertir.

Bit. Trip Runner (WiiWare) – Nota Final: 9

Gráficos: 10 | Som: 10 | Jogabilidade: 8 | Diversão: 7,5

 


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


  1. Anakin Skywalker31/03/2011, 22:20

    Eu me lembro de quando desisti deste ótimo jogo: No chefão do primeiro mundo.
    Fiquei o dia inteiro "decorando" o que devia clicar.

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  2. Jogos assim é que são bacanas, quando você consegue passar chega a pular de felicidade, sente-se mais do que orgulhoso pelo belo trabalho, preciso de uma graninha pra comprar um teclado novo... só pra jogar Super Meat Boy... meu teclado está em estado deploravel.

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  3. quanto custa? ._. parece interessantíssimo, gosto de gráficos alternativos (pouca resolução/bits). E sim, jogos quase impossíveis são legais pelo desafio infinito.

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  4. Vixi... desisti do jogo na ultima fase antes do 3º Boss... IMPOSSIVEL... a fase demora quase 5 minutos e os comandos são bem misturados entre pulos, bloqueios, escorregadas e super pulos e ainda por cima são todos tão lincados que se vc demorar 0,0001 segundo para pular na hora certa, já era, morre no proximo obstaculo.

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