Análise: FlingSmash (Wii)

Anunciado na Electronic Entertainment Expo (E3) de junho do ano passado. O jogo desenvolvido pela Artoon e publicado pela Nintendo, teve seu lançamento nos Estados Unidos em 7 de novembro de 2010. Conhecido no Japão como Tataime Hazumu: Super Smash Ball Plus, o game FlingSmash faz jus ao seu nome. Arremessar uma “bola fofinha” (amarela ou laranja) e quebrar um monte de blocos, ou esmagar inimigos diversos. Basicamente é o que se faz na partida do começo ao fim, numa mistura de tênis (ou beisebol) com pinball. Contando, para tanto, com o auxílio, obrigatório, do “bônus” que vem junto com o pacote.

 

Paraíso tropical

Suthon Island é uma ilha tropical paradisíaca que guarda o poder de proteger o mundo do mal. Há tempos é protegida pela Grande Palmeira e vigiada pelos espíritos nativos da ilha. Até que um dia uma criatura maligna chamada Omminus veio roubar o poder da Grande Palmeira para dominar o mundo.

Como consequência, a princesa, por ser ligada à Grande Palmeira, adoece e a única esperança encontrada pelo Rei é se valer dos serviços do grande herói de uma lenda, que conta como ele utilizou o poder das pérolas sagradas para salvar a ilha da ruína quando um grande mal sobreveio a ela. As pérolas foram escondidas pela ilha e o lendário guerreiro selado num baú.

O rei abre o baú e, para sua surpresa, lá está uma bola amarela com pequenos braços e pernas. Ele é Zip, o inusitado protagonista do jogo, que também pode ser jogado em modo cooperativo com Pip - outra bola, porém laranja e “garota” - que vive numa ilha vizinha chamada Eesturn Island.

Guia do fundo do baú

Ao começar o jogo aparece May, uma serva do rei que vai ajudar dando instruções (encontradas no fundo do baú do herói) de como jogar, ou seja, é a parte do tutorial, mas bem curtinho. Também não tem muito o que aprender. Basicamente você deve utilizar o Wii Remote Plus ou Wii Remote com Wii MotionPlus, já que sem eles não é possível jogar, acertando a bola-herói para arremessá-lo ao local desejado.

Existe um guia bem preciso (1:1) na parte de baixo de tela que mostra a direção na qual está se movendo o controle. May também explica que não se deve balançar muito rápido, que o importante é a precisão dos golpes. E se o herói for acertado enquanto está brilhando, um Super Shot será ativado, que irá mais rápido e bem mais poderoso que o arremesso comum. Finalmente, ao apertar “A” ou “1” a bola é parada no ar e poderá ser alterada a sua direção com outro golpe.

O objetivo do jogo é tão simples quanto a sua história. Existem 8 mundos, cada um com 3 estágios e um chefe. Para passar cada estágio é necessário conseguir a pérola sagrada do mesmo, que se encontra ao final da fase, dentro de sua respectiva concha reluzente, que apenas se abrirá se 3 medalhas douradas forem adquiridas. Caso contrário será necessário passar pela fase novamente até realizar o requisito.

O maligno Omminus mandou um de seus servos assoprar diversos blocos para atrapalhar a vida de Zip e Pip. Tem também a Hydracoil, uma serpente de 3 cabeças, estará em seu encalço, caso fique para trás ela poderá lhe devorar. Justificando o side-scrolling do jogo, que pode ser da direita para esquerda ou vice-versa, dependendo se você escolheu jogar como destro ou canhoto.

A luta pelas pérolas

O público-alvo do jogo é certamente o de crianças (menos de 10 anos). Ou então alguém que está aprendendo a mexer no Wii Remote. Pois o game inteiro é infantil, colorido, repetitivo, fácil e chatinho.

Os controles apesar de extremamente simples, apenas precisando balançar para um lado ou para outro, são também super imprecisos, a despeito do uso necessário do Wii Remote Plus. Diversas vezes a direção almejada e a conseguida não coincidem, até mesmo indo em direção oposta ao que se pretendeu. Toda vez que se requer mais precisão é um problema, que em alguns momentos chega a ser irritante, principalmente nas lutas contra chefes. A situação só não é pior porque a dificuldade é mínima. O game pode ser zerado facilmente em, no máximo, 4 horas.



Para variar um pouco existem alguns poderes que podem ser liberados por segundos, bastando pegar, seguidamente, 3 frutas do mesmo tipo. Zip, ou Pip, podem ficar grandes, poderosos, multiplicar e até mesmo estourar como fogos de artifício nos inimigos.

Para dificultar a vida dos heróis, o maligno Omminus ainda os transforma em metal e em miniatura em determinados momentos. No restante, é só ficar quebrando bloquinhos, acertando inimigos, coletando as medalhas e fechando as fases, que são bem curtas.

Toda vez que um estágio é terminado, conforme a pontuação alcançada, um rank é gerado: “B”, “A” ou “S”. Se terminar um mundo em seus 3 estágios com rank “A”, um mini game será desbloqueado. Se, em vez de “A”, forem ranks “S”, também será desbloqueado um estágio extra, que serve como bônus, não sendo necessário para finalizar o jogo. A jogabilidade de ambos é a mesma de arremessar as bolas heróicas. E haja pulso para isso. Se não fosse tão curto, esse jogo poderia causar uma lesão por esforço repetitivo.


 
O visual do jogo é bem colorido e não chega a comprometer, mas apenas o fundo varia, com flores, jardins e paisagem marinha. Por outro lado, são os mesmo blocos, canhões e inimigos em todas as fases. Muito pouca variedade.

O mesmo vale para a música, que apesar de ser muito alegre, é repetitiva e um pouco irritante, tanto quanto os constantes sons agudos e inarticulados das “lendárias guerreiras bolas coloridas com um sorriso no rosto”. Como a ideia é atingir o público infantil, essa constância não incomodará tanto. Mesmo para os adultos não será problema, uma vez que antes de realmente se tornar chato e desgastante, o jogo acaba. É muito curto. Melhor seria ter sido lançado para WiiWare.

Prós

• Colorido e engraçado.
• Bom para crianças e iniciantes.
• Vem com um Wii Remote Plus.
  

Contras

• Curto. Máximo de 4 horas para zerar.
• Repetitivo. O pulso dói de tanto bater na bola.
• Controles imprecisos.
• Música e efeitos sonoros irritantes.

FlingSmash – Nintendo Wii – Nota Final: 4.0
Jogabilidade: 3.0|Diversão: 4.0|Gráficos: 6.0| Som: 3.0