Blast from the Past

Blast from the Past: Mighty Morphin Power Rangers (SNES)

O começo dos anos 1990 certamente foi uma época dourada para quem estava na sua infância. A televisão era mais atraente e entretia muito ... (por Jones Oliveira em 13/05/2011, via Nintendo Blast)

1283039622-MightyMorphinPowerRangersO começo dos anos 1990 certamente foi uma época dourada para quem estava na sua infância. A televisão era mais atraente e entretia muito mais as crianças e os jovens adolescentes do que hoje em dia. Dentre todos os programas infato-juvenis daquela época, um em especial se destacava: Power Rangers. Baseado nas séries japonesas dos Super Sentais, o seriado norte-americano nos divertia e nos fazia sonhar um dia ser um daqueles super heróis nos seus megazordes. E para alimentar mais ainda esses sonhos, eis que surge um jogo para o mais memorável console de todos os tempos: o Super Nintendo. Prepare-se para sair da Alameda dos Anjos, pois Zordon está chamando. É hora de morfar!

MMPR_LogoPor mais sério que você seja hoje, é pouco provável que você não abra um sorrisinho de canto de boca quando ouve falar nos Power Rangers. Por anos esses super heróis enlatados fizeram a alegria de quem teve a felicidade de ser criança no começo dos anos 1990. Por mais que o seriado ainda exista nos dias de hoje, nunca ele conseguirá reaver a glória e causar tanta euforia quanto causou nesses jovens que hoje tem seus 20 para 25 anos.

Mighty Morphin Power Rangers (U)_00002Lançado em 1994 para Super Nintendo, Mighty Morphin Power Rangers embarcou no sucesso da série televisiva para também fazer sucesso nos vídeo games. Baseado na primeira temporada da série, o jogo tem como principal vilão a feiticeira espacial Rita Repulso e seus famosos (e idiotas) capangas, os bonecos de massa. Vendo a terra sendo atacada, o feiticeiro Zordon e seu robô assistente Alpha 5 recrutam cinco jovens adolescentes para lutar, salvar e proteger o planeta terra: Jason, Billy, Trini, Zack e Kimberly Recebendo seus morfadores e as moedas do poder para se tornarem Power Rangers, o grupo de heróis ainda conta com um arsenal de alta tecnologia e veículos de combate gigantes, conhecidos por Zords.

power_rangers_snes_screenshot2Com essa história de background, Mighty Morphin Power Rangers trouxe ao jogador a possibilidade de escolher o seu Ranger favorito para combater os bonecos de massa de Rita Repulso ao longo de 5 fases (ou áreas, como são chamadas no jogo) diferentes. Como se não fosse suficiente o apelo causado pela escolha do seu personagem preferido, a Bandai ainda optou pela jogatina beat ‘em up side scrooling para entreter e facilitar a vida dos jogadores.

Cada fase começa com seu personagem normal, sem estar “morfado” – ou transformado em Ranger, como queira. A medida que se avança no cenário, econtra-se mais e mais bonecos de massa que até no jogo são um pouco retardados e não oferecem grandes dificuldades. Após detonar alguns bonecos aqui e acolá, finalmente você tem o primeiro encontro com o chefão do pedaço. Temendo que o confronto aconteça alí naquele momente, finalmente o personagem decide morfar e se transformar em um Power Ranger. Pois é, infelizmente a hora que você morfa não é decidido por você, mas sim por esse encontro que marca a metade da fase.

Mighty Morphin Power Rangers (U)_00003Assumindo a forma de Ranger, o personagem deixa de atacar os inimigos apenas usando suas próprias mãos e passa a contar com sua arma característica. Além disso ele ainda é capaz de desferir um golpe especial – também característico de cada personagem – que causa danos em todos na tela, usar paredes para saltar e executar dois tipos de agarrões diferentes. Como Ranger o jogador segue até enfrentar e derrotar o chefão da fase. Passando dele, o jogador é direcionado de volta à tela de seleção de personagem, podendo escolher outro Ranger para a próxima fase.

É interessante notar que mesmo com gráficos limitados, a Bandai fez um bom trabalho na caracterização dos personagens. Os poucos pixels não oferecem nenhuma dificuldade para que o jogador reconheça quem é quem no jogo. Enquanto civis, cada Ranger tem sua movimentação e golpes específicos – por exemplo, Trini é mais rápida que os outro, já Billy tem aquele jeito molenga e poraí vai. Uma pena que esse mesmo cuidado não foi dado a quando os personagens morfam – a impressão que fica é que os sprites foram apenas duplicados e tiveram suas cores mudadas. De repente as belas e delicadas Trini e Kimberly ganham corpos musculosos e aparência masculina. Não fossem as armas de cada um, eles seriam idênticos.

hqdefaultEsse probleminha, no entanto, não é capaz de acabar com aquele sentimento gostoso de nostalgia quando escutamos aquela famosa música: “GO GO POWER RANGERS!”. Sim, ela está lá! É impossível não se empolgar e querer fechar o jogo de uma só vez quando se ouve essa música. Aliás, por falar em fechar o jogo, é uma pena que ele seja tão curto e, pela lerdeza dos bonecos de massa, tão fácil. Detonar os 5 chefões não custa mais que 1 hora de jogo. Difícil mesmo é morrer e receber “Game Over”.

Outra sacada inteligente da Bandai foi deixar a melhor parte do jogo para quando ele acaba. Lembro como se fosse hoje a minha cara de decepção quando fechei o jogo pela primeira vez e não vi a oportunidade de controlar o famoso Megazorde. Quando já estava guardando o controle e pedindo por outro cartucho na locadora, eis que surge a surpresa: uma fase surpresa! E lá estava o Megazorde! Tenho certeza que muitos de vocês se sentiram asssim também, não?

Megazord vs CyclopisA boa surpresa, porém, só dura por duas fases em que você deve combater Mutitus e Cyclopsis dando pontapés, golpes de espada e especiais tais quais viamos no seriado televisivo. Curiosamente essa é a parte mais difícil (e mais divertida) de todo o jogo e que oferece maior desafio por ter a jogabilidade totalmente diferente de todo o resto do jogo.

A jogabilidade simplificada e os poucos desafios ao longo da jornada certamente deixaram o jogo fácil com o passar dos tempos. Apesar disso, Mighty Morphin Power Rangers cumpriu com seu dever de trazer toda a euforia existente naquela época em torno dos heróis da Alameda dos Anjos para os consoles de nós, crianças sonhadoras. Apelando corretamente para os recursos mais importantes da série, Power Rangers nos faz sentir verdadeiros Rangers em uma missão contra Rita Repulso e seus capangas. Uma pena a malvada feiticeira não aparecer como personagem no jogo para detonarmos ela.

Dica: não fique triste porque o jogo foi fácil demais ou terminou muito rápido. Você poderá começar uma jogatina multiplayer em uma batalha frenética entre seu megazorde e um dos monstros inimigos controlado por seu amigo. Para liberar a jogatina multiplayer basta acessar o menu “Options” e inserir o seguinte código: 1212


Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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  1. Apesar da sequência "Mighty Morphin Power Rangers: The Movie" ser baseada no filme e não ter uma história tão legal, possui uma jogabilidade melhor e a possibilidade de morfar na hora que quiser. Difícil saber qual é o melhor. Até o "The Fighting Edition" é bom. Um jogo de luta bem interessante.

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  2. Jogava muito esse jogo qdo moleke

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  3. Nossa, muito legal!! Engraçado era ver as meninas brigando (inclusive eu o/) pra ver quem ficava com a Ranger Rosa ¬¬

    Mais uma excelente matéria. Parabéns Serginho =*

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  4. gosto de do power asim mas esses em 3d é chato e besta até muito infantiu de mais

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  5. " não fique triste porque o jogo foi fácil demais ou terminou muito rápido. " quando jogava nem conseguia passa da terceira fase asuhasushausha (tinha menos de 7 anos)

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  6. "De repente as belas e delicadas Trini e Kimberly ganham corpos musculosos e aparência masculina."

    Pelo menos a Trini ficou igual à da série que quando morfava era interpretada por um homem, e isso fica bem mais claro quando você nota (além dos ombros largos e falta de quadril de Trini) que a Kimberly é a única integrante do grupo a usar saia quando morfava. O problema é que até a Kimberly "virava marmanjo" no jogo. Lembro que quando vi ela morfando no jogo pela primeira vez no game me perguntei "cadê a saia???" XD

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  7. Ah... tá explicado, vi esse lance dos megazords no final do jogo e não me lembrava. Pois a versão que joguei foi a "The Movie", que também é divertida e tem uma ótima trilha sonora.

    O Fighting Edition também é muito bom, para quem gosta de robôs, é um prato cheio. Porém o game Gundam Wing é bem melhor (ambos jogos tem a mesma "engine" digamos assim)

    Parabéns pelo review!

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