Presidente da Nintendo fala sobre conteúdo digital e qualidade de software

No último encontro semi-anual de resultados financeiros para o ano fiscal — que conclui em março de 2012 —, Satoru Iwata, presidente da Nin... (por Eduardo Jardim em 31/10/2011, via Nintendo Blast)

No último encontro semi-anual de resultados financeiros para o ano fiscal — que conclui em março de 2012 —, Satoru Iwata, presidente da Nintendo, esclarece a visão da empresa sobre conteúdo digital e seus controles para produzir software de qualidade . Segundo o executivo, a companhia, em geral, vê o conteúdo digital de dois pontos de vista diferentes: como uma titular de plataformas e como uma editora de software.

Na visão de uma proprietária de plataforma, cada uma das publicantes ou produtoras de conteúdo devem ser as responsáveis por seus próprios materiais. Acreditando que serviços como o Hulu ou o Netflix sejam muito mais especializados na avaliação de qualidade de conteúdos, Iwata afirma que esse campo, para a Nintendo, seria irrealista — e ainda deixa claro o papel da empresa: "suprir os distribuidores de conteúdo com uma plataforma e providenciar aos consumidores oportunidades de acessar vários tipos de conteúdo". Também seria natural que os serviços mais acessíveis e práticos aos consumidores se destacassem dos demais; e, com tudo isso em mente, os representantes da Nintendo preferem deixar o controle de qualidade de conteúdo nas mãos dos distribuidores e produtores de conteúdo.

Como uma publicante de software, por outro lado, a Nintendo prefere manter o foco no software publicado sob seu nome corporativo. Para tal, a gigante japonesa concentra os maiores esforços para não oferecer software que venha desapontar os consumidores; e o presidente deixa claro que, como opinião é igual a nariz — cada um tem o seu, e ninguém mete o dedo no dos outros —, seus produtos jamais satisfarão completamente a todos, mas que, ainda assim, os produtores da companhia controlam rigorosamente seus produtos no objetivo de que que nenhum deles decepcione as expectativas dos consumidores.

Iwata ainda fala um pouco sobre os "player reviews" disponíveis no Nintendo eShop e sobre seu alto nível de credibilidade — visto que as análises do sistema são formadas por pessoas que já experimentaram determinado software por uma hora ou mais, tornando-as justamente elegíveis na construção de um consenso maior sobre o jogo. Além do objetivo de tornar estes reviews cada vez mais visíveis aos consumidores, a companhia também nutre a meta de tornar o Nintendo eShop acessível à internet por meio de vários aparelhos de navegação — removendo sua exclusividade do 3DS. Como conclui Iwata, o aumento da performance e reconhecimento deste novo sistema de reviews ajuda a esclarecer a opinião da Nintendo de que a qualidade de conteúdo deve ser estritamente controlada.


Natural de São Paulo (SP), Eduardo "Pengor" Jardim é um criador de conteúdo, ilustrador e imaginauta. Criou o Reino do Cogumelo em 2007 e desde então administra e atualiza seu conteúdo, conquistando dois prêmios Top Blog e passagens pela saudosa Nintendo World.


  1. Comprar jogos online nada né... Depois a empresa tem faturamento bem abaixo do esperado novamente e culpa os consumidores. A Steam, a Live e a PSN são um exemplo a ser seguido, mas a Nintendo prefere fechar os olhos.

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  2. Download e tbm demos né Heider, concordo plenamente, pelo menos demos PARECE q terá no 3DS, quero só ver...

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  3. Isso que opinião é igual a NARIZ foi tããããão politicamente correta que eu me vi num a auditorio do faustão meu xD

    Enfim, minha opinião eh que midias fisicas e digitais devem coexistir. Isso porque o mercado nao esta pronto pra distribuiçao digital ainda. Pelo menos não no momento. Mas quem sabe o wiiu e o eshop nnao mudam isso...

    Enfim... vamos continuar

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  4. A impressionante arte de falar muito e não dizer nada da nintendo.

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