Análise: Metroid II (Virtual Console/3DS)

Quando o Nintendo 3DS foi anunciado, tudo o que comecei a pensar era sobre as possibilidades do novo portátil. Os efeitos gráficos, os games de franquias famosas da Big N etc. Mas um dos pontos eu mais me empolgou foi a simples ideia de um Virtual Console de games clássicos do sensacional Game Boy. Não deu outra: logo que o serviço foi lançado, games como The Legend Of Zelda: Link’s Awakening e Kirby’s DreamLand me fizeram sorrir de orelha a orelha, mas é com Metroid 2 que eu chego ao ápice do eShop do meu portátil. Agora a minha franquia favorita da Nintendo está completa.

 

Metroid II era uma sequência direta do primeiro game de nossa querida beldade Samus Aran (isso antes de lançarem a franquia Prime, claro). Diferentemente do que conhecemos hoje, aqui a exploração é fortemente focada e não há “ajudas” como mapas detalhados ou posições de itens (viu, Other M?!). O interessante aqui é que o objetivo de nossa heroína é o de pura e simplesmente erradicar metroids, destruindo um a um até nada mais sobrar. A cada leva de criaturas destruídas, um novo nível é liberado para assim a matança continuar. Há duas novas armas apresentadas neste título: a tri-splitting Spazer Laser Beam que quando usada se divide em três raios, e o poderoso Plasma Beam que consegue acertar e atravessar múltiplos alvos. Com estas adições, o game passou a ser muito mais um game de ação, mas que acaba conosco se não prestarmos atenção na exploração e em onde estamos.

O mais importante nesta análise não é a história do game ou suas qualidades gerais, pois tudo isso já foi mencionado nos reviews da época em que ele foi lançado (1991). A questão aqui é a forma como ele se encaixou no portátil 3D de duas telas da Big N, e a resposta não podia ser outra: muito bem, obrigado.
A versão lançada para o eShop é exatamente a mesma de duas décadas atrás. A dificuldade imensa, a mesma jogabilidade intuitiva, os detalhes nos gráficos, a dificuldade de arrancar os cabelos, a história simples e completa etc. Já mencionei que o game é difícil pra diabo?

 

O que torna este game único é a eterna sensação de solidão. Você está sempre sozinho, sua única companhia é a de criaturas que querem a sua cabeça. São nove áreas onde nem mesmo a sua sombra pode ser considerada uma amiga. A cada tela uma nova horda de inimigos aparece e cabe a você matá-los para permanecer vivo. Toda essa incrível sensação é muito bem reprisada na versão de 3DS, ainda mais com a tela de ótima resolução – mesmo que há a possibilidade de retornar para a configuração famosa do Game Boy. Com estas opções você vai se sentir em 1991 desfrutando desta aventura pela primeira vez.

 

Metroid II chega ao eShop por R$ 6,99. Isso quer dizer que por menos de dez reais você pode conhecer ou jogar novamente um dos maiores games do nosso saudoso Game Boy. O melhor é que agora não haverá mais problemas com pó na fita, a aventura fica dentro de seu portátil para ser jogado para todo o sempre, pois é isso o que essa aventura é: eterna.

Prós:

• Qualidade impecável em todos os sentidos
• Jogabilidade que ainda remete aos melhores momentos da franquia

Contras:

• Alto nível de dificuldade pode assustar jogadores mais novos

 

Metroid II: Return of Samus – Nintendo 3DS (eShop) - Nota final: 8,0
Gráficos: 8,0 | Som: 7,5 | Jogabilidade: 8,5 | Diversão: 8,0

Revisão: Rafael Neves