Boa parte dos super-heróis que conhecemos já receberam uma série animada, sendo o auge das produções no início da década de noventa. Uma das séries mais memoráveis e premiadas foi “As Aventuras de Batman & Robin”, na qual a dupla de heróis enfrentava todo o tipo de problema causado pelos inúmeros vilões. Foi com base nela que a Konami desenvolveu o segundo jogo do Batman para SNES, entitulado de The Adventures of Batman & Robin, entregando um game divertido e bem trabalhado.
Vilões à solta
Tomando o conceito de episódios independentes da série, cada estágio consiste em uma história envolvendo algum dos vilões. A trama é sempre simples: Bruce Wayne está vigiando Gothan na Batcaverna e descobre que algum plano maligno está em curso. Ele não perde tempo e Batman parte para a ação. Os problemas são causados por personagens como Coringa, Hera Venenosa, Pinguim e Mulher-Gato, que fazem de tudo para tentar impedir o Homem-morcego.
O visual e ambientação é fortemente inspirado na série animada. O traço é idêntico, com ambientes escuros e sombrios. A música também se manteve inalterada, com canções tiradas diretamente do desenho e várias novas no mesmo estilo. Um cuidado especial foi conferido à animação, todos os personagens se movem de forma fluída e única. O resultado final é um game que dá a sensação de se estar jogando o desenho animado.
Exploração e equipamentos
Numa primeira olhada, Batman & Robin parece mais um daqueles inúmeros jogos do gênero beat’em up lançados para o console, mas o game segue mais uma linha de aventura e exploração, não se resumindo a somente derrotar inimigos. Cada estágio oferece desafios únicos e exige habilidade no uso dos equipamentos e movimentos de Batman.
Antes de começar a missão é possível selecionar que equipamentos levar consigo. São itens como o bumerangue, explosivos e gás do sono, além do extremamente útil gancho. A maioria deles é opcional, mas algumas fases só podem ser completadas de posse de apetrechos específicos. A qualquer momento existe a possibilidade de voltar para a Batcaverna e trocar os equipamentos, com a penalidade de recomeçar a missão.
Cada fase funciona como um episódio, com direito a tela-título no estilo da animação, e tem como foco algum dos vilões. Alguns estágios são mais tradicionais e basicamente consistem em enfrentar inimigos, executar saltos precisos com a ajuda do gancho e uma difícil batalha contra o chefe no final. Já em outros existe um problema a ser resolvido e exige investigação, como um estágio em um museu no qual o Homem-morcego precisa resgatar reféns e descobrir onde está o responsável. E o Batmóvel não ficou de fora: em uma das fases o veículo é utilizado numa perseguição frenética.
Mesmo sendo mencionado no título, Robin não é um personagem jogável. Sua participação se resume a dar pequenas dicas em certos estágios. Isso se deve ao fato de que o nome da série animada foi alterado na segunda temporada de “Batman: The Animated Series” para “The Adventures of Batman & Robin”, mas o game já estava em um estado avançado de produção e a Konami não conseguiu incluí-lo como um personagem jogável.
Se tornando o Cavaleiro das Trevas
The Adventures of Batman & Robin é um jogo simples, mas divertido. Com belos visuais, excelente ambientação e dificuldade na medida certa, é um dos melhores jogos 2D do herói. E vocês, já tiveram a oportunidade de jogá-lo? Recomendam?
Revisão: Thyago Coimbra Cabral
Joguei muito, principalmente porque era BEM difícil, principalmente pra quem não sabia inglês. A fase do Charada e do Espantalho eram muito fudidas e enormes! A do Duas Caras, do batmóvel, era danada também. E depois da longa fase tinham os chefes, muito difíceis. Morri muitas vezes pra Mulher Gato e suas malditas placas.
ResponderExcluirEu tinha esse jogo e devo ter virado ele não mais que 5 vezes, e acho que só uma vez no modo Hard (que salvo engano) não tinha password, ou seja, tinha que virar num só tapa, cuidando muito das vidas e continues.
O visual e música eram muito semelhantes ao desenho, ou seja, ótimos. A jogabilidade respondiam muito bem, mas prum desavisado esperando um beat’em up podia parecer meio lenta.
Gostei tanto desse jogo que acabei gostando do The Brave and the Bold, por ele me lembrar esse do SNES, embora seja muito inferior.