Segredos que não são secretos - os codinomes dos videogames da Nintendo

Tudo tem um nome. Muitos tem um sobrenome. Poucos tem um codinome. Um codinome é um nome utilizado para esconder a verdadeira identificação de algo. Superheróis tem codinome: Bruce Wayne é Batman, Clark Kent é Superman, Peter Parker é Spider-Man e Tony Stark é Iron-Man (por mais que ninguém conheça ele assim). Superheróis tem uma grande missão, cada um em seu universo. Videogames também tem uma grande missão. E, claro, por quê não teriam um codinome, certo? Vamos ver se conseguem descobrir de que console estamos falando com cada codinome!

Uma nova era: bem-vindo ao “Project Reality”

O ano era 1993. Os jogadores já haviam presenciado algo semelhante à terceira dimensão com gráficos 2,5D e chips para o poderoso Super Nintendo, mas ainda não tinham visto ela realmente. A Nintendo decidiu, utilizando novos processadores mais potentes, criar um console novo, com capacidades suficientes para levar isso à casa das pessoas. Conhecido também pelo codinome “Ultra 64”, foi o primeiro console 64-bits. Já descobriu? É claro que estamos falando do clássico Nintendo 64! O nome que segue com o console até hoje só foi dado em 1995, por Shigesato Itoi, um dos produtores de Mother. Um dos nomes dados pela mídia antes de seu anúncio foi Ultra Famicom, em comparação ao SNES.

Uma tech demo do até então “Project Reality” apresentado na CES

Estamos no oceano com o “Dolphin”

Com suas vendas iniciadas em 2001, o console-golfinho (Dolphin, em português, significa golfinho) vinha contra o sucessor do PlayStation, a nova caixa da Microsoft, o Xbox e o último suspiro de hardware da Sega, o Dreamcast. Foi o primeiro console da Big N a utilizar discos ópticos para armazenar os jogos e o primeiro fora do Japão a disponibilizar algum tipo de conexão com a internet de forma oficial. De quem estamos falando? GameCube, claro! A GPU utilizada por ele tem um nome em homenagem ao codinome: “Flipper”, que, em português, significa barbatana. Referências ainda não faltam: o modelo do console era DOL-001 e o emulador mais famoso de GC é chamado de Dolphin.

Uma das primeiras tech demos do “Nintendo Dolphin”

Um level up? Não, é uma “Revolution”

A ideia do console conhecido como “Revolution” vem de meados de 2001, desde o lançamento do GameCube, e veio de Shigeru Miyamoto: um novo modo de interação com o jogador. E esse novo modo chegou com os controles de movimento, incentivando outros projetos como o “Project Natal” (outro codinome, a identidade secreta do Kinect). Alguma ideia? É claro que estamos falando do Wii! Nas palavras de Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, “Revolution é um nome muito longo e difícil de pronunciar em várias línguas”; talvez esse foi um dos motivos para o nome tão excêntrico do console, não? Uma curiosidade: o nome do console é apenas Wii e não “Nintendo Wii”, como acostumamos a dizer.

Um dos comerciais do “Nintendo Revolution”

Que tal um “Project Café” com bolachas?

Esse teve como ponto de partida o ano de 2008, diante das limitações do Wii. Depois do sucesso das telas sensíveis ao toque nos portáteis, a ideia da Nintendo foi trazer esse conceito para um console de mesa. Para competir com o PlayStation 3 e o Xbox 360, trouxe gráficos HD e uma melhor interação com a internet. Esse é bem mais fácil: você já descobriu? Estamos falando do Wii U, o novo console da Nintendo! Entre os rumores de seu nome final, sugestões não faltaram: “Wii HD” e “Wiiii” foram alguns dos chutes feitos pela mídia e pelos jogadores.

O momento que realmente descobrimos o nome real do nosso café: Wii U!

O projeto perdido nas águas: o “Project Atlantis”

Algumas dicas básicas sobre esse projeto, conhecido, em seus primórdios, como “Project Atlantis”: é um portátil, sucessor do tão famoso Game Boy Color; seus rumores começaram em 1996; ele teria jogos bem semelhantes aos do SNES na palma da mão. Ele ainda recebeu duas novas versões, uma delas apelidada de SP. Já sabe qual é, não é mesmo? É Game Boy Advance! Descrito com um processador de 32-bits e com um nome bem diferente, ninguém saberia que ele seria tão especial para nós quanto é hoje.

Uma tech demo de uma possível versão de “Yoshi’s Story” para o Atlantis

Uma mensão honrosa pode ser dada ao sucessor do GBA, o Nintendo DS. No ano de 2001, houve diversas divergências sobre o seu nome. Em janeiro desse ano, o console foi chamado de “Nintendo DS”. Já em março, apareceu com um nome diferente: “Nitro”. Em maio, o nome DS voltou (DS é a abreviação de Dual Screen ou duas telas, em português). Esse nome “diferente” ainda teve algum legado: o modelo do primeiro DS é NTR-001, onde NTR é claramente uma referência à “Nitro”.

Segredo ou não, os codinomes dos consoles são coisas bem legais de se saber. Nunca pensaríamos em chamar nossos consoles com outros nomes, por exemplo. Pense chamar um portátil de duas telas de Nitro (e o 3DS de 3DNitro) ou um console em forma de cubo de golfinho? Seria bem engraçado, não? A única parte ruim seria não poder ver o maior meme da internet em torno do Nintendo 64 com o garoto gritando “Reality” em vez de “SIXTY-FOOUR”. Qual foi o codinome que você mais gostou? Qual deles você queria que tivesse sido o real (ou que nunca tivesse)?

Revisão: Leandro Freire