Nintendo se posiciona em relação ao backup gratuito de saves no Switch

E o que a empresa diz não melhora o que já sabíamos.


O site Eurogamer Portugal entrou em contato com a Nintendo solicitando mais esclarecimentos sobre a ausência de uma solução gratuita de backup de dados, algo que já comentamos em nossa discussão sobre o serviço online do Switch, que será lançado em Setembro.


A Big N respondeu, mas o que ela disse não traz nenhum alento para os donos de Switch. De acordo com o que foi apurado pelo site, ao ser questionada sobre a possível perda de dados por usuários não assinantes do novo serviço a Nintendo respondeu que "durante o processo de reparação a Nintendo é capaz de extrair os dados guardados numa Nintendo Switch avariada e transferi-los para uma consola nova, desde que a memória do sistema original não esteja danificada".

Essa afirmação já é problemática por si só, pois não dá opção para o jogador cuidar dos próprios dados e deixa tudo nas mãos da assistência técnica oficial da empresa. Contudo, para os brasileiros que possuem um Switch, a situação é ainda mais grave, pois não temos sequer a possibilidade desse processo oficial de reparação.

Além disso, o site teve acesso também a esta declaração da Nintendo:
"o serviço ‘nuvem de dados de gravação’, que pertence ao serviço para membros, Nintendo Switch Online, permite que os utilizadores façam uma cópia dos dados de gravação em jogos compatíveis, na ‘nuvem’ da consola. Estes dados de gravação poderão depois ser usados noutra consola Nintendo Switch iniciando sessão com os mesmos dados da Conta Nintendo. Os membros do serviço Nintendo Switch Online terão acesso a partidas multijogador online, a uma crescente biblioteca de jogos NES - com novas funcionalidades online -, a utilizar a aplicação Nintendo Switch Online para smartphone e tablet e a ofertas especiais."
Aqui, chama a atenção outro aspecto que não estava claro para todo mundo. O backup de saves, além de pago, não é para todos os jogos, pois permite “que os utilizadores façam uma cópia dos dados de gravação em jogos compatíveis (grifo nosso).



Pois é, não tem vida fácil para fã da Nintendo.


Pesquisador nas áreas de estética e cibercultura com Mestrado em Cultura e Sociedade (UFMA) e Doutorado em Comunicação (UnB). Além de escrever sobre jogos, produz o Podcast Ficções e tem um blog sobre literatura, filosofia e cotidiano.


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