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Análise: OVIVO (Switch) é uma minimalista, metafórica e monocromática jornada

Com a premissa simples de alternar entre as cores preto e branco, jogo de plataforma é uma relaxante opção na eShop do Switch.



Sabe aquela famosa expressão “uma imagem vale mais do que mil palavras”? OVIVO é um jogo que se encaixa muito bem nesse dito popular. Disponível na eShop do Nintendo Switch, o game traz uma proposta simples, mas bastante interessante e agradável.

Harmonia monocromática

Antes de mais nada, é preciso ressaltar o visual de OVIVO. O game é inteiro em preto e branco e essa escolha está diretamente associada à sua principal característica de jogabilidade. Controlando uma pequena bola chamada OVO, o jogador precisa alternar entre cores até chegar ao final da fase. Entretanto, se aventurar em cada coloração oferece um desafio diferente.

Quando está na parte branca, a bolinha fica preta e a gravidade é para baixo. Ao passar pelos trechos pretos, a esfera fica branca e a gravidade a puxa para cima. Para alternar entre as cores, basta pressionar o único botão de ação do jogo. Explicando assim até parece algo simples, e de fato é, pois OVIVO consegue oferecer uma jogabilidade bastante intuitiva e acessível.


Os primeiros estágios não oferecem muito desafio, porém, reforçam os conceitos do jogo. Se deparou com uma grande elevação e não consegue passar? Basta inverter para a cor oposta e cair por ela como se fosse um buraco. Uma sequência de ondas, por exemplo, pode ser atravessada utilizando a gravidade ao alternar entre as cores rapidamente. É bastante relaxante jogar as fases, principalmente pela trilha sonora leve e ambiente que combina bem com a proposta de OVIVO.

O que os olhos não veem…

Certamente o elemento mais curioso de OVIVO é a progressão pelas fases. O jogador vai avançando e passando por variadas formas que, no primeiro momento, parecem não fazer sentido. Entretanto, ao concluí-las, a câmera se afasta e revela uma impressionante obra-prima monocromática. São artes realmente belíssimas que escondem imagens e ilusões de ótica. Apreciá-las e tentar interpretá-las é um exercício que vale a pena ser feito a cada fase completada.



A dificuldade de OVIVO é gradual, mas o real desafio é acertar o timing para alternar entre as cores no momento exato. Abismos e trechos pontiagudos são os únicos obstáculos pelo caminho, mas como sempre há checkpoints próximos e não existe penalizações, o jogador pode abusar de tentativas e erros. Infelizmente também é comum se deparar com pequenos glitches durante a troca de cores e OVIVO acaba ficando da mesma cor que o fundo da tela.

Particularmente, senti falta de um recurso para afastar a câmera ou diminuir o zoom nas fases. É muito comum seguir por um caminho e acabar caindo no abismo porque passava a impressão de que havia continuidade. A adição desse recurso evitaria quedas acidentais em diversos trechos.



No total, o game possui 30 fases e pode ser concluído em algumas horas de jogatina. As fases possuem pequenas orbes que funcionam como colecionáveis e elevam o desafio para coletá-las, mas OVIVO poderia trazer modos adicionais para estender sua vida útil.

OVIVO é um jogo que não sai da zona de conforto. Ainda assim, o conceito bem trabalhado somado ao minimalismo visual e a trilha sonora leve traz um resultado agradável. É um game ideal para ser jogado para passar o tempo, depois de um dia mais agitado no trabalho ou na escola/faculdade.


Prós

  • Mecânica de alternar entre as cores é intuitiva;
  • Trilha sonora ambiente é delicada e combina com a proposta do game;
  • As fases formam belíssimas artes monocromáticas.

Contras

  • Pequenos glitches frequentes na alteração entre as cores;
  • Ausência de recurso para diminuir o zoom da tela;
  • O jogo poderia ter outros modos adicionais.

OVIVO — Switch/PS4/XBO/PC/Android/iOS — Nota: 7.5
Versão utilizada para análise: Switch
Revisão: Vinícius Rutes
Análise produzida com cópia digital cedida pela Sometimes You

Desde que aprendeu a jogar videogames com Yoshi's Island e Donkey Kong Country 2, sempre é visto com um controle ou portátil da Nintendo na mão. Descobriu o amor por The Legend of Zelda com Ocarina of Time e sempre está querendo mais Zeldas. Gosta de escrever notícias, análises e bobagens aqui enquanto não está sonhando com um novo Silent Hill.
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