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Análise: Zen Chess Collection (Switch) é um desafio inovador, porém limitado

Zen Chess é um jogo relaxante, mas apenas no caso de você ser um fã de xadrez a procura de um novo desafio.



Antes de começar a jogar, Zen Chess aparenta ser apenas mais um jogo de xadrez comum, com peões, torres, rei, rainha, etc., e uma adição ou outra na customização, ou coisa bem simples assim. Porém, é só abrir o jogo para mudar completamente esse conceito.


Zen Chess não se trata exatamente de um xadrez padrão, e sim de um jogo com enfoque no momento mais importante da partida – o xeque-mate. O que importa no jogo não necessariamente é construir e executar com sucesso uma estratégia elaborada, nem formular uma tática digna de um profissional do xadrez, mas saber dar o golpe de misericórdia certeiro para finalizar uma partida.

Vai para o xadrez!

O jogo é dividido em quatro modos: xeque em um, dois, três ou quatro turnos, chamados de Mate in One, Two, Three e Four, respectivamente. No modo mais básico, Mate in One, você provavelmente terá poucas peças para montar a estratégia de xeque-mate. Como o nome diz, você deve encurralar o rei adversário em apenas um turno para poder avançar à próxima fase. Por falar nisso, não precisa se preocupar com a duração do jogo. Cada modo disponibiliza mais de 100 fases para testar suas habilidades no xadrez.

Já no modo Mate in Four, o mais elaborado (realce em “elaborado” aqui, pois algumas vezes o modo de “xeque em um” pode ser muito mais desafiante), você terá 4 turnos para fazer sua jogada. Muitas vezes sacrificar intencionalmente algumas de suas peças talvez seja parte do “roteiro” daquela fase. No menu há uma opção para comprar mais modos de jogo, porém quando redirecionado para a eShop, o mesmo se mostra inexistente.

O jogo preza pelo minimalismo, um dos seus pontos fortes. O visual se mostra muito agradável, de forma que é possível passar horas jogando sem se cansar com efeitos extravagantes de luz ou textos. A trilha sonora, apesar de muito baixa, é relaxante. A experiência com fones é a melhor possível para o jogo.

Zen, só para quem tem (muita) paciência

Apesar de ser bem interessante a proposta, o trabalho da desenvolvedora nacional Minimol Games se mostra, de certa forma, “hostil” para novatos. As peças não têm indicação de movimentos, ou seja, você deve ter em mente os possíveis movimentos de cada peça para seguir o roteiro. Roteiro no sentido de que sempre irá haver apenas um caminho possível, mesmo no modo Mate in Four. Isso acaba anulando possíveis chances de tentar criar uma estratégia avançada, ainda que no final esta acabe por dar errado, se mostrando um pouco inconveniente para jogadores experientes. Caso você erre o movimento de uma peça em qualquer turno, deverá refazer todo o roteiro (várias vezes) até enfim executar a jogada correta.
Mantenha-se zen ao tentar pela 35ª vez a mesma fase


Em resumo, Zen Chess se mostra como um jogo inovador se comparado aos diversos jogos do estilo. Porém, apesar do minimalismo e da limpeza visual e sonora, ele deixa a desejar em vários pontos, como o movimento das peças e as possibilidades de jogo extremamente limitadas.

Prós

  • Gráficos agradáveis;
  • Trilha sonora relaxante;
  • Variedade de fases disponíveis;
  • Interface limpa.

Contras:

  • Não é amigável para novatos;
  • “Roteiro” inibe a criação ou teste de possibilidades;
  • Volume da música de fundo muito baixo.
Zen Chess - Switch - Nota: 6.5
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela QUByte Interactive

Estudante de História, "nascida" em Johto, é fã da Altaria e de Galar. Pokétuber e futura professora de História, nas horas vagas treina seus monstrinhos. Benfiquista e boleira, pode ser achada enquanto cria algo pelo Twitter: @gabsjohto
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