Guia de jogos de SNES para Switch durante a quarentena

Selecionamos algumas pérolas do icônico videogame da década de 90 para você enfrentar esse isolamento social.

Já virou um novo clichê afirmar que os jogos de videogame auxiliam a combater o tédio no contexto trágico da pandemia em que estamos. Afinal, ficar em casa o dia inteiro é tedioso e nada melhor do que uma diversão eletrônica com os amigos online para mantermos ainda nossas interações sociais: de Fortnite a Animal Crossing: New Horizons, houve um grandioso aumento no número de jogadores durante a quarentena.




Contudo, não são só as novidades que podem municiar as armas contra o ócio imposto pelo contexto: há também os clássicos que são sempre atuais, independentemente da geração de videogame. O Switch nos oferece um belo catálogo de SNES para fruirmos a nostalgia de alguns, e, por que não, até conhecermos preciosidades antes ignoradas.

Para sua maior comodidade, fizemos um guia para você, indicando os melhores clássicos de acordo com o seu gosto, indo de gêneros como plataforma àqueles em que é possível de se zerar numa tarde.

Plataforma: Super Mario World


Partindo do início de tudo: o primeiro jogo de SNES, o imbatível Super Mario World, que para muitos é o melhor de todos os Marios em 2D.

Falar o nome Mario sem referenciá-lo diretamente à arte dos games é praticamente impossível. O mascote da Nintendo é tão popular que chegou a ser mais famoso que o principal produto da indústria cultural norteamericana: o Mickey.

E em Super Mario World é que Mario conseguiu o ápice de sua performance num jogo em que protagoniza. Toda a revolução do side-scrolling original Super Mario Bros. somou-se com a inventividade de Super Mario Bros. 3 (NES) num jogo cujo mapa se expande com a progressão, com atalhos e fases secretas. Isso sem falar na primeira aparição de Yoshi, um dos personagens mais queridos do reino dos cogumelos.



Podem jogar sem medo de reviver as tardes dominicais dos anos 90 no meio de uma semana e descobrir coisas novas. Até hoje pessoas desvendam segredos desse jogo obrigatório de SNES, como a possibilidade de se matar um Big Boo.

Aventura: The Legend of Zelda: a Link to the Past.


Assim como Super Mario World, The Legend of Zelda: a Link to The Past é um divisor de águas dentro de sua franquia. Com um mundo aberto altamente explorável e gráficos lindos para a época, introduziu diversos elementos que se tornaram constantes na franquia, como a Master Sword e o Hookshot.

Com uma história mais complexa que a de seus predecessores de NES, a Link to The Past possibilita o trânsito entre dois mundos diferentes no mesmo mapa enorme mapa de Hyrule, que se interligam e conferem novas possibilidades a Link durante a sua jornada para salvar Zelda e derrotar Ganon. As famosas dungeons têm alguns dos puzzles mais difíceis da série, isso sem falar nos chefões inesquecíveis.



Separem algumas boas horas para a sua jornada em Hyrule no Zelda que foi referência de narrativa até o lançamento de Breath of The Wild.

Plataforma e exploração: Super Metroid


Super Metroid (ou Metroid 3 para os íntimos) é o terceiro jogo da franquia cuja estrela é Samus Aran, a primeira protagonista mulher dos videogames. Não preciso dizer que também é considerado o melhor jogo em 2D da série.

A história se passa após os eventos de Metroid 2 (Game Boy), quando Samus resgata o último metroid de sua espécie e o submete a cientistas para pesquisas. O jogo começa com a protagonista chegando à base espacial devastada por Space Pirates que roubaram o espécime e fugiram para o planeta Zebes.






A ambientação sombria orna de um modo fantástico a gameplay: um ambiente selvagem, recheado de criaturas desconhecidas e perigosas. A trilha sonora consegue manter o jogador tenso do início ao fim, tornando as áreas do jogo ainda mais imersivas durante a exploração.

E por falar em exploração, Super Metroid pode ser definido como um marco na criação e consagração do gênero metroidvania. A cada upgrade novo que Samus adquire, é possível voltar e explorar uma área antes não acessível. É satisfatório demais conseguir alcançar uma plataforma aparentemente inatingível após conseguir, por exemplo, as Space Jump Boots.

Em tempos de isolamento, a empatia com Samus sozinha num planeta é inevitável e proporciona uma nova leitura do clássico.

Curiosidade: o nome Samus Aran era para ser uma homenagem a Pelé, por mais estranho que pareça.

Tiro e nave: Star Fox


Embora com gráficos datados e taxa de frames por segundo sofrível, Star Fox foi um marco do potencial gráfico que o SNES podia gerar. Com o chip Super FX que vinha embutido no cartucho, Star Fox presenteou os jogadores da época com gráficos poligonais que surpreenderam muito em seu lançamento.



Um jogo de nave e tiro com personagens carismáticos, dificuldade elevada, diversas fases e um sistema de rotas proporciona algumas horas de diversão nostálgica. É um marco na história dos videogames obrigatório para qualquer gamer que se preze.

Há também Star Fox 2, a continuação que nunca foi lançada para SNES, disponível no Switch. Vale conferir.

Plataforma e puzzle: Super Mario World 2: Yoshi’s Island.


Com uma pegada diferente de seu antecessor, a continuação de Super Mario World tem como protagonista o simpático dinossauro Yoshi, cujo objetivo é proteger e salvar o bebê chorão Mario.



A gameplay dá ênfase maior à exploração e à resolução de puzzles. Com dificuldade acentuada e chefes memoráveis, proporciona uma experiência divertidíssima, embora depois de um tempo os gritos do bebê Mario irritem. Os gráficos aquarelados são lindos e também foram possíveis graças à tecnologia do chip Super FX.

RPG: Breath of Fire 2


Breath of Fire 2 é um RPG de turnos com uma história densa e personagens memoráveis. Diferentemente dos atuais jogos do gênero, aqui as batalhas se dão por encontros randômicos no mapa, o que pode gerar estranhamento para quem não está acostumado com esse sistema.

O jogo é lento, confesso. A trilha sonora é muitas vezes enjoativa. Porém, os gráficos e o desenvolver da narrativa protagonizada por Ryu, um descendente de um clã de dragões, e sua turma é envolvente.



Separem algumas dezenas de horas para a fruição do game. Não vão se arrepender. O primeiro game da série, Breath of Fire, está no catálogo e é tão divertido quanto.

Para brigar com os amigos


Uma das novidades que os jogos de SNES para o SWITCH oferece é a função de multiplayer online. E nada como experimentar essa mecânica com os melhores jogos que geraram algumas amizades, ou inimizades, na infância.



Super Mario Kart é um deles. Com gráficos que simulam 3D, foi o primeiro da série e continua ainda com uma legião de fãs. Chame seu amigo e separe o casquinho vermelho: aqui a trapaça é o que conduz a corrida.



Outro que merece ser testado online é F-Zero. Corridas frenéticas, velocidades absurdas. gráficos estupendos, tudo isso somado a uma trilha sonora inesquecível. Rachas online reviverão a sensação futurista que o jogo proporcionou para a juventude noventista.

Para zerar numa tarde de quinta-feira na quarentena.


Pouca gente sabe, mas uma das possíveis origens da expressão “zerar um jogo” vem de antigos jogos que não tinham um fim propriamente dito, mas somente uma pontuação que a determinado ponto, chegando ao máximo, zerava-se. Esses jogos eram muito comuns em arcades da época de 80 e 90.

Jogos para se zerar numa tarde de quinta-feira tediosa têm essa característica mais parecida com os fliperamas de botecos, onde reunia-se a molecada de chinelo que matava aulas. Os melhores colocavam suas iniciais na máquina e conseguiam a fama eterna até algum viciado superar o feito. Coisas que a juventude de hoje nunca saberá…



Um desses jogos zeráveis numa sentada é Super Punch-Out. O simulador de boxe faz com que o jogador enfrente vários adversários estereotipados, o que pode soar preconceituoso hoje em dia, mas demonstra como os games evoluíram com o passar dos anos. A lógica é simples: erro e acerto. Cada lutador inimigo tem seus movimentos e fraquezas que o jogador vai aprendendo apanhando, literalmente.



Falando em apanhar, para quem curte a sensação de ódio e prazer com dificuldades elevadíssimas - os masoquistas - Super Ghouls'n Ghosts é o jogo perfeito. Um jogo de plataforma em que praticamente tudo que você encosta mata e você só tem direito a um erro, porque o segundo leva o jogador para o caixão.



Por fim, a mais recente adição que é Wild Guns, que chegará agora no dia 20 de maio de 2020. Um jogo de tiro que mistura a temática velho oeste com robôsrobos futuristas. Estranho? Sim, mas o gameplay é cadenciado e muito divertido. As oito08 fases parecem poucas, porém a dificuldade de algumas lhe obrigarávai obrigar a jogar várias vezes até assimilar bem os ataques inimigos. A trilha sonora é espetacular.

Esperamos que esses clássicos disponíveis no serviço online do Switch ajudem a passar o tempo durante este isolamento. Fiquem em casa e joguem bastante!

Revisão: Icaro Sousa

Escreve para o Nintendo Blast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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