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Super Mario 64 (N64): Big Boo's Haunt, a mansão mal-assombrada e lar de alguns traumas

Conheça os detalhes desta horripilante fase (e tenha cuidado com o piano).



Desde Super Mario Bros. 3 (NES), o encanador precisa lidar com as ameaças sobrenaturais dos Boo. No entanto, foi somente em Super Mario World (SNES) que os fantasmas ganharam suas próprias moradias. A partir de então, tem sido comum atravessar mansões mal-assombradas durante as missões de resgate à princesa Peach. Entre essas construções macabras, uma bastante memorável é a Big Boo's Haunt, de Super Mario 64 (N64).


O casarão de dois andares, habitado pelos inimigos mais horripilantes de todo o game, é o quinto estágio da aventura que marcou a transição da franquia para o universo tridimensional. Após Mario coletar 12 Power Stars — ou 15 no remake de Nintendo DS —, o jardim do castelo de Mushroom Kingdom sofre com a invasão de fantasmas. Um desses Boo, o maior deles, esconde a gaiola que transporta nosso querido bigodudo para a assustadora mansão.

Explorando o desconhecido

Mario aterrissa na Big Boo's Haunt sendo recebido pela inconfundível risada dos fantasmas e um convite peculiar. “Come on in here... heh, heh, heh…” (Entre aqui... heh, heh, heh…), diz a mensagem que surge na caixa de diálogos. Ele está na porta de uma imensa edificação, a lua cheia ilumina o escuro chão e toda a propriedade é cercada por um portão sem entrada ou saída — criando no jogador a impressão de realmente estar dentro da gaiola.
Preso na gaiola?
Do outro lado da grade, são visíveis somente sombras de árvores sem suas folhagens. Aparentemente, o imóvel está no meio de uma floresta e o forte vento que uiva por entre os galhos (misturado aos sons dos Boo) encobre quase que completamente a trilha sonora da fase. Além da mansão, o terreno conta com um pequeno casebre de madeira que abriga o elevador para o subsolo. O caminho para baixo é literalmente vigiado por um olho (Mr. I).
 
Voltando para a parte externa da casa, existem placas com dicas valiosas. Porém, uma das mensagens criou um mito alimentado até os dias de hoje. O texto informa que quem conseguir sair da mansão merece a “Ghoul Medal”, trocadilho para gold medal (medalha de ouro). Apesar de ser apenas uma brincadeira com o brilho dourado das Power Stars, alguns jogadores acreditam se tratar de um item secreto que permanece escondido na Big Boo's Haunt.
Era perturbador ser encarado pelo Mr. I

Recuperando as estrelas

A primeira tarefa na mansão é eliminar todos os Boos e depois enfrentar o Big Boo no salão principal. Contudo, fica claro que eles não podem ser derrotados por golpes normais. Atingidas por socos, chute ou bundadas, as criaturas apenas desaparecem, mas não sem antes deixarem no ar uma mensagem perturbadora: “Ghosts... don't... die! Heh heh heh! Can you get out of here... ALIVE?” (Fantasmas... não... morrem! Heh heh heh! Você pode escapar daqui... VIVO?).
 
Com a primeira Power Star recuperada, a escada para o segundo andar e o acesso ao sótão estarão liberados sempre que Mario voltar para a mansão. Começando assim a verdadeira exploração dos cômodos assombrados, com armadilhas que derrubam o encanador para os pisos inferiores, bibliotecas ocupadas por livros que mordem, paredes falsas, um quarto cheio de caixões, o telhado escorregadio e até mesmo um carrossel bastante “quente”.
 
Uma das estrelas na Big Boo's Haunt traumatizou inúmeros jogadores: a busca pelas moedas vermelhas. Como de costume, toda fase tem oito delas escondidas e aqui sete são encontradas até que tranquilamente. Mas, uma fica embaixo do piano na sala de música e, ao se aproximar do instrumento musical, ele simplesmente começa a atacar e fazer um barulho ensurdecedor, bem mais alto do que o som ambiente, sendo quase impossível não se assustar.
Tenha cuidado...

Sons do além

Além dos barulhos do vento no lado externo da casa, a Big Boo's Haunt tem outras duas trilhas sonoras. Dentro da mansão, a música com sons pesados cria a sensação desconfortável de que algo vai pular sobre Mario a qualquer momento. Mas, no carrossel do subsolo, tudo muda com a animada Merry-Go-Round, que lembra bastante os realejos de circos ou parques temáticos. A alegre melodia é tão marcante que retornou em New Super Mario Bros. (DS) e Mario Kart 8 (Wii U), além de ter ganho versão remix em Mario Strikers Charged (Wii).

Uma segunda visita

O remake de Super Mario 64 traz algumas novidades para a Big Boo's Haunt. Apesar de todas as estrelas da versão original também existirem no portátil, há uma nova que somente Wario é capaz de coletar. Também foi adicionado o minigame Hide and Boo Seek, que envolve encontrar fantasmas na segunda tela do console de bolso.
 
Há ainda pequenas referências a outros títulos da série, como o fato de o Yoshi não entrar em casas mal-assombradas. Em Super Mario World, nossa montaria sempre ficava do lado de fora de castelos e mansões de fantasmas devido às limitações técnicas do Super Nintendo. A explicação na época foi que o dinossauro tinha medo das almas penadas e esse pavor foi mantido no remake de Super Mario 64 para DS, com ele sendo o único personagem jogável que não visita a Big Boo's Haunt.
 
Já Luigi é prisioneiro dentro da mansão, ou seja, o irmão de Mario continuou tendo problemas com o sobrenatural depois de viver sua própria experiência caça-fantasmas em Luigi’s Mansion (GC).
Luigi e seus fantasmas

Fantasminhas camaradas

Seja pelos sustos, atmosfera sombria ou mesmo os desafios para encontrar as Power Stars, a Big Boo's Haunt é uma das mais icônicas fases de Super Mario 64. E você, caro leitor, quais são suas lembranças (ou traumas) com essa marcante fase? Deixe sua história aqui nos comentários.

Revisão: José Carlos Alves

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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