Meus jogos favoritos de 2020 — Victor Carreta

Os redatores do Nintendo Blast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

O ano de 2020 não foi dos mais fáceis, em especial, para a indústria dos games (sentimos falta de você, E3!). Parece que a opção autosave foi ligada e não temos como carregar nossas vidas a partir do salvamento feito em Janeiro. Entretanto, a magia dos videogames é capaz de remediar, em partes, nossas angústias, medos, frustrações e ainda são uma riquíssima fonte de conteúdo e certamente auxiliam o crescimento de uma pessoa.

Em virtude da pandemia provocada pela COVID-19, passei a maior parte do ano dentro de casa acompanhado de meus dispositivos eletrônicos e consegui reduzir a fila de jogos parados. Como faltam apenas 5 dias para o término do ano, não sei se conseguirei terminar mais um joguinho, porém, tenho certeza que ainda vou me divertir bastante.

Along the Edge

Amante das histórias em quadrinhos e romances de mistério, esse aqui não poderia passar batido "dijeitomanera", como diria minha avó. Quando me candidatei para analisar esse game sabia que teria ótimos momentos de diversão e relaxamento. No final, não só me diverti como também tentei chegar em todos os finais possíveis para habilitar as conquistas e sentir que o dever foi cumprido.

A protagonista do jogo, Daphné Delatour, é uma jovem que cria tanta empatia com os jogadores que não importa se é homem ou mulher, menino ou menina, adulto ou criança: em algum momento da história você se verá entre os dilemas que a excelente história desenvolvida pela Nova-Box proporciona. Sendo assim, as decisões tomadas no jogo passam a ter um toque pessoal e reflete nossa vontade para com a personagem, ou seja, o que nós, no lugar dela, faríamos em uma determinada situação. Super recomendo!

Hyrule Warriors: Age of Calamity

Quando o game foi anunciado em setembro, sinceramente, não vi muito futuro, ainda que utilizasse a interface gráfica e ambientado na mesma Hyrule de Breath of the Wild. Agora, quando eu vi que os campeões seriam jogáveis e que eu poderia atirar flechas em geral com o Revali, comecei a ver um vídeo atrás do outro e me empolguei com a proposta. As vozes, a história... parece que tudo se encaixou direitinho e é uma das peças que estavam faltando para completar a história magnífica que a franquia criou em 2017.

A partir desse ponto, tudo pode acontecer na franquia The Legend of Zelda e não há como saber o que a Big N está planejando para concluir, quem sabe, uma trilogia? Será que veremos viagem no tempo em jogos futuros, algo parecido com o que temos em Ocarina of Time? As opções são infinitas e Link ainda terá muito trabalho para fazer em Hyrule.

Nexomon: Extinction

Mesmo tendo sua essência baseada nos monstrinhos de bolso, Nexomon conseguiu me prender por muitas, mas muitas horas e tem muito a ensinar para seu irmão mais velho. De verdade. Jogo Pokémon desde os oito anos e até hoje não vi uma história que se aproximasse da que Nexomon conta. Cheio de plot twists, monstros incríveis e artes que seriam facilmente adaptadas para uma animação; fiquei sabendo de tudo só no final do game - o que é muito bom, assim você fica tentado a jogar para descobrir o que realmente acontece.

No quesito coleção, 381 monstrinhos em um jogo independente é admirável, afinal, a trupe do rato amarelo precisou de três gerações e nove jogos para chegar na marca dos 386 registros. Os gráficos 2D me levaram para o passado junto com as graminhas presentes nas rotas do jogo. Embora haja muito a se desenvolver na franquia, o grande passo já foi dado e, ao invés de entrar em extinção, arrisco dizer que irá evoluir de tal maneira que outros jogos seguirão a franquia Nexomon como modelo.

Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest

Um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, atrás somente de Pokémon, por motivos óbvios. Mas isso não é nenhum demérito. Tudo nesse jogo é bom: os gráficos, trilha sonora, os personagens... Só não é melhor porque não estamos mais em 1995. Chega a ser impressionante como um game de 25 anos atrás ainda consegue me divertir e desafiar simultaneamente. Resgatar Donkey Kong na pele de Diddy e Dixie Kong é sem dúvidas uma das melhores aventuras que tive/tenho como gamer.

Diddy e Dixie Kong embarcam, literalmente, em uma aventura pelo Kremisfério para salvar nosso querido Donkey Kong que foi raptado pelo vilão Kaptain K. Rool. O jogo conta com mais de 40 níveis repletos de inimigos, cada um com sua particularidade, e uma trilha sonora que faz parte da minha vida desde que eu me conheço por gente.

Pokémon Sword/Shield e seus DLCs

Não importa o que aconteça: Pokémon sempre estará nas minhas listas. Até hoje, não sei explicar o porquê gosto tanto dessa franquia. Com o lançamento dos DLCs, os primeiros da franquia, tive a oportunidade de testemunhar como a marca evoluiu ao longo dos anos, desde o Game Boy monocromático com Pokémon Red/Blue até as cores vívidas e mecânicas surreais de Sword/Shield.

Como não custa sonhar, quem sabe em 2021 nós possamos receber da Game Freak o remake da quarta geração, que é a minha favorita? Inclusive, ano que vem completam-se 15 anos do lançamento oficial das versões Diamond/Pearl, logo, é uma excelente oportunidade de celebrar a franquia com a região de Sinnoh.

Gostaria de agradecer você leitor que nos acompanhou em 2020 e fico muito feliz com o retorno que a comunidade proporciona quando leio alguns comentários em textos que eu escrevi, bem como de outros redatores, que trabalham duro para trazer a vocês um conteúdo de qualidade. Espero que todos tenham um excelente fim de ano e que 2021 possa proporcionar a todos vocês as conquistas que tanto almejam. Até ano que vem!
Revisão: João Gabriel Haddad


Fã de carteirinha da franquia Pokémon desde os oito anos de idade, teve seu primeiro contato com os monstrinhos de bolso no Game Boy Color e de lá para cá, são mais de 25 anos de alegria. Fanático por vídeo-games, gostaria de poder jogar mais tempo do que trabalha.
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