Entrevista

Unindo a comunidade Pokémon: conversamos com influenciadores relacionados à franquia

Nas comemorações dos 25 anos da série, convidamos personalidades do cenário brasileiro para que falassem sobre suas experiências no mundo Pokémon.



Desde o início, a franquia Pokémon sempre teve um forte conceito de comunidade. Seja por meio do obsoleto cabo Game Link ou através da revolucionária internet, os jogadores conseguem se conectar para trocar os monstrinhos e medir forças em batalhas. Esse contato torna-se ainda mais importante para aqueles treinadores que querem completar a Pokédex e procuram pelas criaturinhas exclusivas que só existem em determinada versão dos games.


Nessa semana especial, em que a série completa seu 25º aniversário, o Nintendo Blast não poderia comemorar sozinho, pois levamos a sério a ideia de comunidade. Conversamos com diferentes produtores de conteúdo brasileiros que têm relação com a franquia para saber um pouco mais das experiências deles no mundo Pokémon. Confira, logo abaixo, como foram essas conversas.

Marcos “Camaleão”, do Canal do Camaleão

Como foi o seu primeiro contato com Pokémon?
 
Meu primeiro contato com Pokémon foi em 1999, com o Programa da Eliana. Depois disso foi só emoção: meus pais me deram um Game Boy e um cartucho de Pokémon Red, que eu tenho até hoje!
 
Nesses 25 anos, quais as suas memórias mais marcantes envolvendo a franquia?
 
Eu gostava de pensar que a melhor memória foi a febre Pokémon, que eu tive a oportunidade de viver nos anos 1990, mas acho que criar o meu canal e as oportunidades que surgiram em Pokémon foram sensacionais. Estar em São Paulo, em 2017, como Caster do International foi algo que sempre vai ficar na minha cabeça. Sou muito grato por tudo, inclusive!
 
Quais as suas expectativas para os próximos 25 anos da série?
 
Acredito que vamos ver muito mais do mesmo, mas com alguns aprimoramentos, quando falamos de jogos. Acho que o mercado mobile vai ganhar mais e mais força, não vejo a Nintendo e, obviamente, Pokémon ficando de fora! Sobre o anime Pokémon, eu realmente não sei, é uma das minhas mídias favoritas. O anime encontra-se em um momento tão complicado atualmente que quero imaginar que daqui 25 anos quem sabe a gente já não tenha conhecido o pai do Ash, o Ash não tenha envelhecido e até tenha ganho mais uma ou duas ligas!! Mas, no geral, Pokémon se mantém de pé com maestria, então acho que podemos nos surpreender com os próximos 25 anos.

Andih, do canal Estação HD

Como foi o seu primeiro contato com Pokémon?
 
Meu primeiro contato com Pokémon foi com o anime. Na época eu ainda era criança e assistia com meus amigos da escola. Não demorou muito e eles compraram o Game Boy Color com o jogo Pokémon Red/Blue. Nessa época, eu não tinha condições de ter o jogo, muito menos o portátil, então fiquei apenas vendo meus amigos jogando. Lembro que eles usavam até o cabo Game Link para trocar Pokémon, mas eu só fui jogar pela primeira vez por volta de 1998, quando lançou a versão Yellow e meus pais me deram o Game Boy Color e o jogo no dia do meu aniversário. Como eu acompanhava muito o anime, pra mim foi muito especial começar jogando logo o Yellow; afinal, ele era extremamente parecido com o anime de Pokémon. Depois do Yellow, meus pais compraram Pokémon Gold, e foi aí que Pokémon acabou se tornando minha franquia de jogos favorita, foi um dos jogos que mais joguei na minha infância.
 
Nesses 25 anos, quais as suas memórias mais marcantes envolvendo a franquia?
 
Nesses 25 anos, algo que me marca muito é o tempo que eu ficava com o Game Boy Color em mãos, jogava até a pilha acabar, às vezes até esquecia de salvar o jogo (rs). Um dos jogos que eu mais joguei foi o Pokémon Gold. Eu era do tipo que jogava o game completo, depois resetava, pegava outro Pokémon inicial e zerava o jogo de novo, capturando outros Pokémon. Na época, eu não tinha essa vontade de completar a Pokédex; eu jogava o game, montava um time Pokémon, ia até o Red, vencia e depois resetava. Eu fazia times diferentes a cada vez que jogava, montava time full Pokémon de água e etc. Eu só passei a me preocupar em completar Pokédex quando já estávamos na época de X/Y (rsrs).
 
Quais as suas expectativas para os próximos 25 anos da série?
 
Minha expectativa para os próximos 25 anos é que Pokémon continue firme e forte. Assim como minha infância foi em torno de jogos de Pokémon, quero que meus filhos tenham a mesma experiência. Espero que os jogos melhorem, que Pokémon ganhe ainda mais espaço, conquiste novas gerações, se reinvente e que continue sendo o sucesso que é! Tenho muito carinho por esta franquia, e mesmo quando eles precisam de um puxão de orelha, ali estou, apoiando. Então espero que a franquia evolua constantemente e nos proporcione bons momentos.

Leandro S. Ferreira, do canal LeeGengar

Como foi o seu primeiro contato com Pokémon?
 
Foi no final da década de 1990 mesmo, com Pokémon Red e o anime. Mas eram outros tempos, uma febre global, difícil algum jovem que não conhecia e gostava ou dos jogos ou do anime, bem diferente do que é hoje.
 
Nesses 25 anos, quais as suas memórias mais marcantes envolvendo a franquia?
 
Com certeza, a segunda geração e a minha saudosa Pokémon Silver. Sem dúvidas, foi o jogo que mais joguei até hoje. Eu tenho um irmão gêmeo que também era apaixonado por Pokémon e tinha a versão Gold. Então, nós jogávamos, criávamos uma rivalidade amistosa e, às vezes, bolávamos times juntos, sonhando em ser Mestres Pokémon. Então, a segunda geração é a geração pela qual eu mais tenho carinho, com certeza.
 
Quais as suas expectativas para os próximos 25 anos da série?
 
25 anos é muita coisa, né?! Mas eu não sou muito exigente não, o que eu mais gostaria que eles fizessem é dar um jeito de amarrar e deixar toda a história do mundo Pokémon fazendo algum sentido, respondendo as perguntas que os fãs sempre fizeram, mas só acham respostas em teorias.

Leonardo Ramos, do canal Mestre Pokémon GO

Como foi o seu primeiro contato com Pokémon?
 
Quando eu era criança, comecei a assistir o anime junto com o meu irmão e a febre começou. Começamos a comprar a revista Pokémon Club e queríamos muito jogar o jogo para Game Boy. Meus pais nos deram um Game Boy Pocket de surpresa, com a versão vermelha. Ainda bem que vinha com um cabo para carregar, senão teríamos levado nossos pais à falência de tanta pilha que gastava! Foi aí que tudo começou: era revista, jogo e desenho, tudo ao mesmo tempo.
 
Nesses 25 anos, quais as suas memórias mais marcantes envolvendo a franquia?
 
Muitas delas foram jogando os minigames do Pokémon Stadium para Nintendo 64 com meu irmão e meus primos. Naquela época, jogar com quatro pessoas ao mesmo tempo era algo incrível, ainda mais sendo um jogo com a temática de Pokémon. Já algo mais recente para mim foi o dia em que o Pokémon GO foi lançado no Brasil. A emoção de sair andando pelas ruas (mesmo com receio, já que era tarde da noite) e ver outros treinadores andando por aí tentando encontrar os Pokémon da primeira geração no mundo real foi incrível!
 
Quais as suas expectativas para os próximos 25 anos da série?
 
Mais formas de jogarmos juntos! Meu sonho sempre foi jogar um MMO oficial de Pokémon, onde pudéssemos explorar todas as regiões, encontrar amigos, participar de diferentes ligas e capturar todos os Pokémon disponíveis. Eu realmente espero que um dia possamos ter uma experiência como essa! Um desejo meu é ver o Ash crescer nos próximos anos, assim como aconteceu com o Naruto. Acho que chegou a hora.

Danilo Andretta, do site Pokémon Blast News

Como foi seu primeiro contato com Pokémon?
 
No início dos anos 2000, assim como muitas crianças, meu primeiro contato com Pokémon foi através do anime exibido no programa da Eliana, na Record. Na época, os jogos ainda eram muito caros e, para ser sincero, eu nem tinha conhecimento sobre eles aos quatro anos. Comecei a aprender mais sobre a franquia a partir dos 10 anos na internet, em blogs, e meu primeiro jogo foi Pokémon Crystal no emulador. Depois, passei a colecionar revistas que ocasionalmente eram lançadas no Brasil, álbuns de figurinha e alguns cards. A maior parte do anime assisti no TV Kids, programa extinto da Rede TV, mas que fez muito sucesso por anos transmitindo quase todas as temporadas de Pokémon até o final da 4ª geração. Daí em diante, comecei o blog da Pokémon Blast News e fui conhecendo cada vez mais sobre essa franquia incrível.
 
Nesses 25 anos, quais as suas memórias mais marcantes envolvendo a franquia?
 
Quando comecei a acompanhar a franquia diariamente, a partir de 2008, já estávamos na metade da 4ª geração. Por isso, minhas memórias mais marcantes datam desta época em diante. No anime, sempre lembro animado da transmissão da batalha final entre Ash e Paul na Liga de Sinnoh e, muitos anos depois, da batalha entre Ash e Alain na Liga Kalos. A vitória de Ash sobre o prof. Nogueira ao final da Liga Alola também ficou marcada, principalmente o golpe final de Pikachu contra Tapu Koko. São lembranças que me trazem os sentimentos que senti ao ver aquelas cenas pela primeira vez! Nos jogos, uma lembrança bastante querida é o anúncio de Pokémon X/Y em janeiro de 2013, um dos jogos que mais joguei no Nintendo 3DS. Outra memória marcante foi o lançamento de Pokémon GO no Brasil, quando vi a febre de Pokémon reacender e havia pessoas jogando por toda parte na faculdade durante um bom tempo. Jogar Pokémon com amigos no mundo real é uma experiência incrível que Pokémon GO oferece até hoje.
 
Quais as suas expectativas para os próximos 25 anos da série?
 
Espero que quando esta matéria for publicada, já tenhamos o anúncio do remake de Sinnoh! Para os jogos, minha expectativa é continuar conhecendo novas regiões e novos Pokémon, para que a marca dos “jogos principais” não se perca, e que a Pokémon Company continue encontrando novas fórmulas para envolver os jogadores. Claro, gostaria de maior profundidade na história dos jogos e um pós-game mais completo, coisas que ainda precisam ser trabalhadas. E também novas evoluções para Pokémon antigos, porque é muito divertido descobrir que Pokémon de regiões passadas podem assumir novas formas depois de muitos anos, como a 4ª geração fez tão bem!

No anime, prefiro que Ash continue sendo o protagonista, mas gostaria que suas equipes anteriores tivessem maior presença ao longo das novas histórias. O anime Pokémon Jornadas tem mostrado que dá para ousar mais na história, e acho que essa ousadia pode continuar sendo mais explorada. Na parte dos filmes, minha expectativa é que eles voltem a se conectar com o universo do anime e apresentem histórias mais maduras. Eu também gostaria que o mangá tivesse mais destaque na franquia, pois ele possui histórias bem legais, mas costuma ficar às margens. E que o Pokémon TCG continue se fortalecendo no Brasil e no mundo! Eu realmente gostaria que tivéssemos mais materiais oficiais de Pokémon no Brasil futuramente, incluindo versões em português (PT-BR) dos jogos principais! Com certeza, continuarei acompanhando a franquia ao longo dos próximos 25 anos e espero continuar fazendo parte desta comunidade incrível.

Furipe, do canal Furipe

Como foi o seu primeiro contato com Pokémon?
 
Meu primeiro contato com a franquia foi através do anime, em 1999, assistindo a programação do Cartoon Network. Alguns meses depois, descobri que existia um jogo que era exatamente como o anime; tratava-se de Pokémon Red rodando no PC através de um emulador. Foi o meu primeiro contato com um game da franquia e ao mesmo tempo meu primeiro contato com emuladores. Alguns meses depois, comprei meu primeiro Game Boy Pocket junto com o cartucho Pokémon Red, o qual eu tenho até hoje muito bem guardado.
 
Nesses 25 anos, quais as suas memórias mais marcantes envolvendo a franquia?
 
Pokémon sempre esteve presente na minha vida até nos períodos em que eu não acompanhava mais as novidades. Eu sempre voltava a jogar no meu Game Boy Pocket ou ter aquele papel de parede nostálgico no PC. A franquia me uniu a grandes pessoas, das quais grande parte se tornaram minhas amigas e até família. É o caso do Anderson, do canal Estação HD. Nós nos conhecemos por causa do jogo e hoje ele é meu padrinho de casamento. Pokémon sempre me remete a memórias especiais!
 
Quais as suas expectativas para os próximos 25 anos da série?
 
Meu filho vai nascer em maio deste ano, um ano especial para a franquia por comemorar seus 25 anos. Eu espero poder curtir com ele aventuras nos próximos jogos e compartilhar os sonhos de viver nesse mundo mágico de Pokémon. Vou apresentar a ele esse mundo mágico tão especial pra mim, e se ele gostar assim como eu, vamos curtir bons momentos enquanto nos aventuramos por aí em busca de capturar todos.


 
E você, caro leitor, compartilhe aqui nos comentários quais são as suas melhores experiências e lembranças envolvendo a franquia Pokémon.
Revisão: Davi Sousa

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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