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Space Land: uma empolgante festa espacial em Mario Party 2 (N64)

Perseguições entre polícia e bandidos, duelos explosivos e um raio laser gigante marcam os confrontos neste tabuleiro fora de órbita.




O anúncio de Mario Party Superstars para Switch durante a conferência da Nintendo na E3 2021 veio com muitos detalhes sobre o jogo, dentre os quais a informação de que os cinco tabuleiros disponíveis virão exclusivamente das três primeiras entradas da franquia, todas para o Nintendo 64. Uma das fases mostradas no trailer e na Nintendo Treehouse é Space Land, a estação espacial do segundo título das festas de Mario e amigos.


Mario Party 2 é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, tanto pelas boas memórias que eu tenho dele quanto pela sua qualidade geral, com melhorias significativas em relação ao seu predecessor, sobretudo em termos de reformulação de mecânicas já existentes e implementação de novas.

Este aparente retorno aos moldes da era 64-bits de Mario Party é o momento perfeito para relembrar o que torna Space Land especial ao ponto de ter sido escolhido para integrar o seleto rol de tabuleiros que chegam ao Switch com um trato no visual e novos convidados para a festa, além de analisar mudanças tanto em potencial quanto confirmadas. Vamos juntos a bordo deste foguete que mistura nostalgia e inovação!

Renovação de proporções galácticas, mas sem perder a fidelidade

Um pequeno detalhe (entre muitos outros) que coloca Mario Party 2 acima dos demais títulos da franquia na minha preferência é a roupagem temática que os personagens, incluindo Bowser, recebem nos cenários do jogo, que representam diferentes atrações de parque de diversões.

Em Space Land, os competidores trajam uniformes de astronauta, enquanto o rei dos Koopas ganha um hovercraft futurista e adota a alcunha Black Hole Bowser. O vencedor da partida ganha o direito de derrotar o vilão na cutscene padrão que antecede a tela de resultados.

O figurino diferenciado não irá retornar em Mario Party Superstars, mas felizmente o funcionamento geral do mapa foi preservado, com a inclusão de alguns ajustes naturais herdados de Super Mario Party (Switch) e leves alterações na quantidade e no tipo de algumas das casas. A sua icônica música-tema, que tão bem ajudava a passar o tom de uma épica aventura espacial, foi substituída, mas voltam intactas as duas mecânicas principais da fase: os bandidos espaciais e o Bowser Coin Beam.

A primeira é ativada quando alguém para em um dos Happening Spaces, os espaços marcados com um ponto de interrogação (substituídos por pontos de exclamação em Superstars), fazendo com que um Thwomp ou um Whomp persiga todos os jogadores em seu caminho, que vai do começo ao fim da linha onde o evento foi acionado. Caso a Snifit Patrol, a polícia espacial da fase, tenha sido chamada, a perseguição se estende, levando os jogadores afetados ainda mais para longe.

O Bowser Coin Beam, responsável por alguns dos pesadelos de muita gente que já jogou Mario Party 2 (incluindo este que vos fala), é um raio laser gigante que atravessa Space Land de uma ponta a outra em trajetória diagonal. A estação tem em seu centro um contador que começa em 5 e diminui sempre que alguém passa por ele. Ao chegar a 0, o laser é acionado e quem estiver no caminho simplesmente perde todas as suas moedas. Um verdadeiro terror para quem está com os bolsos cheios.




Um retorno compreensivamente incompleto

Infelizmente, um elemento de Space Land que muito provavelmente não estará de volta é o minigame de Duelo Time Bomb, no qual os dois participantes envolvidos, cada um de posse de uma bomba, devem pressionar uma alavanca o mais próximo possível do tempo indicado para evitar que sua respectiva bomba exploda.

Introduzida originalmente no próprio Mario Party 2 com um confronto único para cada “atração” e dinâmicas que envolvem precisão, velocidade ou estratégia, deixando de lado a destreza e a coordenação motora, a mecânica dos minigames de Duelo deixou de ter esse funcionamento temático característico já em sua sequência, que optou por não se prender ao mote de cada tabuleiro, em favor de uma variedade maior em termos de quantidade.  

Considerando que Mario Party Superstars terá, além de tabuleiros de Mario Party 1 a 3, minigames de todo o catálogo da série, a opção deverá ser não incluir esta disputa bombástica, bem como qualquer outro duelo de MP2, caso mais algum mapa do game também retorne. Um corte compreensível, dada a enorme quantidade total de minigames existentes ao longo de tantos títulos.

É claro que Time Bomb poderia ser adaptado para funcionar de modo independente das suas raízes temáticas, assim como está sendo feito com a exclusão dos uniformes e, imagino eu, a lore envolvendo Bowser. Eu não apostaria nisso, já que a intenção da Nintendo parece ser preservar apenas o level design das fases originais, mas não custa nada sonhar — até porque quem vai disparar o Bowser Coin Beam? Será que teremos uma aparição especial de Black Hole Bowser?

Vale mencionar também Hammer Slammer, o minigame de Item de Space Land. Lembra daqueles brinquedos de parque de diversões em que você tem que bater com um martelo para fazer um disco subir o mais alto possível? Aqui, o objetivo não é simplesmente usar a força, mas calcular o ponto certo para levantar o martelo e conseguir o item desejado.

Expectativa lá na Lua


















Apesar de não estar 100% preservado em sua nova versão, Space Land parece ter mantido a maior parte do carisma que ajudou a consagrar Mario Party 2 e a série Mario Party como um todo em sua trilogia no Nintendo 64. Para quem, como eu, é fã do modo como os primeiros games funcionavam e sente falta dessa fórmula mais tradicional, revisitar esse e outros cenários do passado com certeza será uma grande alegria!

E vocês, curtiram os tabuleiros de Mario Party Superstars mostrados até agora? Alguma preferência para os mapas que ainda não foram anunciados? Pessoalmente, torço para mais escolhas de Mario Party 2 e 3, mas por enquanto resta ansiar pelos embates espaciais que estão por vir.

Revisão: João Gabriel Haddad


Apaixonado por jogos desde criança, principalmente pela Nintendo. Seja Indie ou AAA, os videogames vão estar sempre no meu coraçãozinho, com um espaço especial para multiplayers!
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