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Análise: Poker Club (Switch) leva o popular jogo de cartas do cassino para as telas nintendistas

Chegou a hora de jogar cartas digitalmente em mais um game em que o seu baralho está onde o seu Switch estiver.

Junto à grande leva de jogos de carta e tabuleiro que chegaram no híbrido nintendista, Poker Club (Switch) é um jogo de pôquer que permite ter uma experiência do clássico das mesas de cassino no controle de seus Joy-Con.

A premissa é extremamente simples: após criar seu avatar, você tem a opção de participar de um tutorial ensinando a jogar pôquer ou então entrar diretamente em uma sala, com várias mesas representando as diferentes opções de jogo nas quais você pode se aventurar.

O game apresenta várias alternativas de modos de jogo, desde iniciar com apostas em dinheiro — fictício, claro — até o mais próximo de um “Modo Carreira”, através do Tour Mode. Nele, começamos nos porões de uma pizzaria local ou em uma academia de boxe, e após avançar completando objetivos nesses ambientes, vamos recebendo upgrades na nossa sala de jogos, passando para hotéis de luxo ou mesmo para grandes cassinos.

Jogando com classe

O modo mais tradicional de pôquer jogado no mundo, Texas Hold'em, é também o formato de pôquer com maior destaque em Poker Club, com mais opções de mesas e maneiras de se jogar com amigos ou estranhos, mas os demais modos também apresentam algum desafio, desde que você encontre alguém online disposto a tentá-lo.

Sim, o principal defeito do game é a obrigatoriedade de sempre jogar contra jogadores apenas online, não existindo a opção de partidas contra inteligências artificiais ou mesmo multiplayer local — já que obviamente não faria sentido dividir a mesma tela. 


Essa obrigatoriedade se estende a absolutamente todos os modos, até mesmo no Tour, que apresenta algumas IAs, mas que não compõe a totalidade da mesa de jogo. O artifício encontrado para reduzir o problema, no entanto, é que o jogo oferece cross-play dentre as várias plataformas onde se encontra, o que favorece sempre achar alguém disposto a jogar com você, ainda que demore um pouco.

A carta na manga

Conseguindo uma sala com a quantidade mínima de jogadores para dar início a uma partida, inicia-se também a lentidão característica de Poker Club. De uma maneira até mesmo irritante, absolutamente tudo demora bastante, seja com carregamentos, cutscenes e animações que poderiam ser evitadas, ou mesmo uma tentativa de “suspense” na jogada que não acrescenta à experiência. 

Durante a jogatina, apesar de ser totalmente possível jogar uma partida com tranquilidade, algumas decisões da desenvolvedora, como alterar a visão da mesa entre primeira e terceira pessoa constantemente ou cortar parte da mesa, impossibilitam a visão completa durante todo o jogo, certamente atrapalham e fazem o interesse pelo game, que deveria ser recorrente e despretensioso, se tornar algo enfadonho.

Jogue em qualquer lugar… Só que não

No Switch, além da portabilidade ser limitada, graças à conexão compulsória à internet, os modelos tridimensionais das personagens, em especial, estão com visuais bastante medíocres, o que, somado às várias animações obrigatórias de interação da sua mão com as cartas ou mesmo de visão sob os oponentes, torna a experiência ainda mais desgostosa.

Ainda assim, é possível personalizar o seu avatar ao longo das partidas, e as opções se ampliam sempre que você conquista mais pontos de experiência ao finalizar uma rodada ou mesmo ao trocar o dinheiro obtido por roupas, jóias, óculos, entre várias opções, visando deixar seu personagem único.


Outra ferramenta que acompanha o título do game, a possibilidade de filiação a algum clube, é um tanto quanto controversa, mas possibilita que o jogador doe seus ganhos à equipe, liberando novas opções de customização, além de upgrades para o seu avatar e salas de jogo. Não é possível, no entanto, optar por jogar com alguém do mesmo clube que você, função essa que fica inteiramente limitada aos contatos que, em acordo mútuo entre jogadores, forem adicionados na lista de amigos.

Poker Club (Switch) definitivamente não é a melhor maneira de jogar pôquer virtualmente, ainda mais com tantas ferramentas gratuitas para dispositivos móveis cumprindo bem esse papel,  mas é uma boa forma de introduzir novatos e mais uma opção de se jogar um jogo tão clássico na plataforma nintendista que se junta aos vários do gênero já disponíveis no Switch.

Prós

  • Várias opções de modos de jogo;
  • Acessível para iniciantes;
  • Divertido para fãs de pôquer.

Contras

  • Só é possível jogar o game conectado na internet;
  • O gameplay é extremamente lento;
  • Jogar online perde elementos essenciais da natureza do pôquer.
Poker Club — Switch — Nota: 5.5 
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital cedida pela Ripstone Publishing

Curioso, empolgado e positivo: os ingredientes ideais para criar o Felipe perfeito...ou quase! Estudante de Engenharia no crachá, programador aos fins de semana e designer às quintas-feiras. Na dúvida, viajar pelos mundos de Kingdom Hearts ou caçar monstros em Hyrule são sem dúvidas uma boa aposta! Conheçam-me! @felipe_lemos12
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