Resenha: Sonic 2 - O Filme realmente merece o título de melhor adaptação de jogo

Mesmo com diversas referências aos jogos do ouriço azul, o filme também consegue atrair o público casual.


No último dia 7 de abril, uma das estreias mais aguardadas nas telonas finalmente chegou aos cinemas brasileiros. Sonic 2 - O Filme conseguiu surpreender ao trazer diversos elementos do universo do protagonista homônimo sem abrir mão de um toque casual para quem não está acostumado com videogames, unindo o melhor de dois mundos.

O resultado é uma aventura frenética que, ao mesmo tempo em que vemos Sonic precisando enfrentar Robotnik mais uma vez, também temos, provavelmente, a maior lição que podemos tirar do filme: ninguém consegue fazer nada sozinho.

Pegou a referência?

Um dos grandes destaques do segundo filme é a presença de diversas referências aos jogos do ouriço azul. O Planeta Cogumelo, por exemplo, é uma representação de Mushroom Hill, a primeira zona de Sonic & Knuckles.

Contudo, os Easter eggs não param por aí. Labyrinth Zone, de Sonic the Hedgehog, ganhou notório destaque na adaptação para as telonas, mas revelar aqui o porquê seria spoiler. Outro destaque curioso é a cafeteria que serve como base de operações de Robotnik: Mean Bean, uma quase imperceptível homenagem ao Dr. Robotnik's Mean Bean Machine.




Por mais que Sonic 2 - O Filme não seja uma adaptação de Sonic the Hedgehog 2 para as telonas, vários elementos do jogo estão presentes, sobretudo a batalha final, mesmo que ela não aconteça em Death Egg Zone. Inclusive, chama a atenção o esmero que a equipe de produção do longa teve para tricotar diversos pontos de interesse da franquia de forma única, mas sem perder nenhum detalhe importante no processo.

Kudos para quem souber a referência da ilha em que a Esmeralda Mestre está. Tudo foi milimetricamente calculado, até mesmo a aliança entre Sonic, Tails e Knuckles, que remete a Sonic Heroes.

"O papai está de bigode novo!"

Em termos de atuação, Jim Carrey reprisou seu papel como Dr. Ivo "Eggman" Robotnik de maneira excepcional.O ator conseguiu incorporar o vilão sem abrir mão das piadas e interpretações loucas e cômicas, marcas registradas de Carrey, deixando a presença de Robotnik ainda mais marcante.




Aos 60 anos, Carrey anunciou sua aposentadoria depois das gravações do segundo filme de Sonic e disse que só voltaria a atuar caso surja algum projeto que o ator considere “importante para que as pessoas vejam”, apesar de a Paramount ter confirmado que não substituirá Carrey no papel de Robotnik. Mesmo que o vilão bigodudo não apareça no terceiro longa, talvez ainda possamos vê-lo em adaptações futuras.

Dublado ou legendado, a satisfação é garantida

Katayama e eu tivemos a oportunidade de assistir a Sonic 2 - O Filme duas vezes. A primeira, na estreia, foi dublada; já a segunda, no último dia 14 de abril, pudemos conferir a versão original em inglês. Resultado: saímos satisfeitos da sala nas duas ocasiões.

Os dubladores Manolo Rey (Sonic), Vii Zedek (Tails), Ronaldo Júlio (Knuckles) e Tatá Guarnieri (Dr. Robotnik) conseguiram transmitir toda a loucura e graça dos personagens principais da trama sem perder a essência presente na versão original – e é impossível não reconhecer também a marcante voz de Wendell Bezerra como Agente Rocha. Porém, o grande destaque é a tradução de Gregor Izidro, que se manteve fiel ao roteiro original, salvo algumas expressões e piadinhas que precisaram ser adaptadas para nosso bom e velho português para evitar que perdessem o sentido ao serem traduzidas.




Quanto ao elenco original, as interpretações estão impecáveis. Chama atenção a performance de Idris Elba, que conseguiu abençoar Knuckles com seu estilo comicamente sério sem descaracterizar o equidna vermelho. As doideiras de Jim Carrey como Robotnik também estão magistrais, provando que é possível dar aquele toque pessoal a um personagem sem sacrificar suas raízes.

"Tenho que ir mais rápido!"

Sonic 2 - O Filme traz um prato cheio para os fãs do ouriço azul sem deixar de lado as pessoas que não são tão ligadas em videogames.O longa consegue aliar o casual e o gamer em harmonia e não decepciona na versão dublada em português, sendo uma boa alternativa à escassa quantidade de lugares que estão exibindo a película em inglês até o momento de publicação desta resenha.




Se você ainda não viu, corra para o cinema mais próximo e não perca a oportunidade de conferir um dos maiores feitos cinematográficos de 2022.

Revisão: Janderson Silva
Coautoria: Mauricio Katayama
Resenha produzida com ingressos adquiridos pelos próprios redatores

Também conhecida como Lilac, é fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas. Icon por 0range0ceans
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