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Game Freak e os jogos que não são Pokémon

Conheça outros títulos da criadora da franquia dos monstrinhos de bolso.

Quando vemos o nome Game Freak, logo pensamos em Pokémon, série que ganhou o mundo desde Pokémon Red/Blue (ou Green, no Japão), lançados em 1996 para Game Boy. Desde então, a desenvolvedora passou a ser sinônimo dos monstrinhos de bolso, porém seu currículo começou em 1989, com o jogo Mandel Palace.


A seguir, conheça o histórico da empresa e todos os jogos que não são Pokémon que foram desenvolvidos pela Game Freak.

Breve histórico

Tudo começou com Satoshi Tajiri e Ken Sugimori, na década de 1980, que decidiram criar uma revista autodidata sobre videogames e cujo primeiro número foi lançado em 1983. De início, apenas Tajiri — ou Game Freak, como ele assinava seus textos freelancer — era o responsável pelas edições, mas o conteúdo da publicação logo atiçou a curiosidade de Sugimori, que passou a integrar o time como ilustrador.

Em 26 de abril de 1989, Junichi Masuda se uniu à dupla e os três fundaram uma empresa de desenvolvimento de videogames com o nome Game Freak. Um dos primeiros jogos da desenvolvedora foi o quebra-cabeça Quinty, lançado na América do Norte como Mendel Palace, para o Nintendinho (NES).

Em 2015, a Game Freak adquiriu a Koa Games, uma empresa de desenvolvimento de jogos para dispositivos móveis. Já em 2019, Masayuki Onoue, diretor da Game Freak, reforçou que a empresa está cada vez mais priorizando a criação de jogos originais, visando ampliar a experiência de sua equipe, por meio do Gear Project. Esse investimento nos desenvolvedores resultou em jogos como HarmoKnight, Pocket Card Jockey, Tembo the Badass Elephant e Giga Wrecker.

Tajiri (esq.) e Sugimori (dir.)

Mendel Palace (NES, 1989)

Mendel Palace é um puzzle no qual os jogadores devem virar pisos em salas para derrotar inimigos e resgatar amigos, rendendo uma boa receptividade à época e proporcionando uma experiência cativante e desafiadora.

Smart Ball (SNES, 1991)

Smart Ball mistura elementos de plataforma com quebra-cabeças e os jogadores controlam uma bola inteligente em uma missão para resgatar sua namorada das garras de um feiticeiro malvado.

Yoshi (NES/GB, 1991)

Amplamente aclamado pela crítica e pelos jogadores, neste puzzle os jogadores manipulam peças caindo para formar combinações e limpar a tela, enquanto contam com a assistência do icônico personagem Yoshi.

Magical Tarurūto-kun (Mega Drive, 1992)

Magical Tarurūto-kun é um jogo baseado no mangá e anime homônimo e nunca saiu do Japão. Neste platformer de ação, controlamos o personagem principal em sua jornada para salvar sua amiga.

Mario & Wario (SNES, 1993)

Nunca lançado no Ocidente, o jogo recebeu críticas positivas pela sua jogabilidade inovadora à época, que incluía um mouse especial para mover objetos e criar caminhos seguros. Os jogadores guiam Mario, Luigi e a Princesa Peach em fases complexas, ajudando-os a evitar obstáculos e inimigos.

Nontan to Issho: KuruKuru Puzzle (GB/SNES, 1994)

Outro jogo inédito no Ocidente, este jogo traz uma variedade de quebra-cabeças envolvendo movimentos circulares, oferecendo maneiras estratégicas e criativas para que os jogadores resolvam cada nível da aventura de Nontan.

Pulseman (Mega Drive, 1994)

Um jogo de ação e plataforma que traz jogabilidade rápida e inovadora. No controle do protagonista homônimo, devemos manipular seus poderes elétricos para vencer inimigos e obstáculos em uma jornada para deter um criador malvado e salvar o mundo virtual.

Bazaar de Gosāru no Game de Gosāru (PC Engine, 1996)

Também restrito ao território japonês, este jogo é um simulador de compra e venda, desafiando os jogadores a gerenciar seus recursos e satisfazer as demandas dos clientes para alcançar o sucesso.

Bushi Seiryūden: Futari no Yūsha (SNES, 1997)

Um RPG que nunca viu a luz do dia no Ocidente, mas que recebeu críticas positivas em seu lançamento, graças à sua narrativa envolvente, vários personagens e batalhas estratégicas por turnos.

Click Medic (PS, 1998)

Um exclusivo do PlayStation e esquecido no Japão, Click Medic foi projetado para treinar habilidades médicas, simulando situações de emergência que requerem que os jogadores tomem decisões rápidas e precisas para salvar vidas.

Drill Dozer (GBA, 2005)

Neste título de ação com jogabilidade criativa e desafiadora, os jogadores controlam Jill e sua máquina perfuradora em uma missão para recuperar o cristal roubado de sua gangue, enfrentando inimigos e obstáculos ao longo do caminho.

HarmoKnight (3DS, 2012)

Um jogo de ritmo que só foi lançado digitalmente na finada eShop do 3DS, HarmoKnight combina elementos de plataforma e ritmo, obrigando jogadores a sincronizar seus movimentos com a música enquanto atravessam níveis vibrantes e cativantes.

Pocket Card Jockey (3DS/Mobile, 2016)

Misturando simulação de corrida de cavalos e o tradicional Paciência, os jogadores assumem o papel de um jóquei novato que deve competir em corridas de cavalos e usar jogadas de Paciência para ganhar vantagens estratégicas contra os oponentes.

Tembo the Badass Elephant (XBO/PS4/PC, 2015)

Com uma recepção positiva à época, neste platformer de ação, os jogadores assumem o controle de Tembo, um elefante militar, em uma missão para derrotar uma força de invasão inimiga.

Giga Wrecker (PC, 2017)

No controle de Reika, uma garota com habilidades de manipulação de escombros, em uma jornada para derrotar uma ameaça robótica. Para isso, são utilizadas mecânicas de quebra-cabeça e muita ação para garantir uma jogabilidade criativa e estratégica.

Giga Wrecker Alt. (PS4/XBO/Switch, 2019)

Versão expandida de Giga Wrecker, com novos níveis, mecânicas e melhorias, oferecendo uma experiência ainda mais robusta e envolvente para os fãs do jogo original.

Little Town Hero (Switch/PS4/XBO/PC, 2019)

Neste RPG, acompanhamos a jornada de um jovem herói em uma pequena cidade, enfrentando monstros em batalhas com mecânicas únicas e resolvendo problemas locais em um mundo encantador e convidativo.

Pocket Card Jockey: Ride On! (Apple Arcade/Switch)

Ride On! é um remake de Pocket Card Jockey. A única diferença significativa é a mudança de gráficos do 2D para o 3D, mas a jogabilidade permanece inalterada.

Uma empresa que não vive apenas de Pokémon

Talvez seja difícil não associar Game Freak aos monstrinhos de bolso, mas esperamos que a matéria lhe tenha ajudado a descobrir novos jogos da empresa que vão além de Pokémon. Você já conhecia ou jogou algum dos títulos listados? Conte para a gente nos comentários!

Ilustração feita por Ken Sugimori com Pikachu, Quinty (Mendel Palace) e Pulseman

Revisão: Cristiane Amarante
Capa: Juliana Paiva Zapparoli
Fonte: Nintendo Wiki

Também conhecida como Lilac, é fã de jogos de plataforma no geral, especialmente os da era 16-bits, com gosto adquirido por RPGs e visual novels ao longo dos anos. Fora os games, não dispensa livros e quadrinhos. Prefere ser chamada por Ju e não consegue viver sem música. Sempre de olho nas redes sociais, mas raramente postando nelas. Icon por 0range0ceans
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