Blast from the Past

Yu-Gi-Oh! The Eternal Duelist Soul (GBA): o Coração das Cartas que cabe no bolso

Relembre um título que prometia fidelidade às regras do jogo real e um conjunto de cartas respeitável.


No mundo de Yu-Gi-Oh!, as batalhas são travadas com cartas mágicas e monstros poderosos, e a estratégia é tão crucial quanto a sorte. Lançado em 2002, esse mundo pôde ser explorado pelos jogadores de maneira fiel tanto às regras do Card Game quanto à adaptação em anime, por meio de uma adaptação para o Game Boy Advance, no intitulado Yu-Gi-Oh! The Eternal Duelist Soul.

Então, vamos juntos relembrar esse universo de desafios. É hora do duelo!

Desafios e conquistas

Em The Eternal Duelist Soul, os jogadores começam escolhendo um deck inicial de cartas, que pode ser preto, verde ou vermelho. Mesmo dentro da mesma cor, cada deck inicial ainda possui certo nível de aleatoriedade, o que faz com que, mesmo que você escolha o deck vermelho em duas gameplays diferentes, suas cartas possam possuir certa diferença ainda assim.




Com um deck em mãos, é necessário enfrentar uma série de oponentes, organizados em diferentes "níveis". Para progredir e liberar novos pacotes de cartas, deve-se derrotar todos os duelistas de um nível específico um número determinado de vezes. Alguns pacotes também podem ser liberados cumprindo algumas condições específicas, como derrotar certos personagens um determinado número de vezes.

Além disso, outra característica legal do jogo é a presença de um calendário in-game, em que eventos, como receber pacotes de cartas provenientes da edição da semana da revista Yu-Gi-Oh! Magazine ou a participação em campeonatos ocorridos em sua loja de cartas favorita, aconteçam em alguns dias específicos.




Com um total de 819 cartas disponíveis, os jogadores têm uma ampla variedade de opções para construir seus decks. O jogo também segue as listas de maio de 2001, que não incluíam cartas proibidas. Além disso, quem possui cartas reais  pode incluir algumas delas no jogo por meio dos códigos presentes no cartão.

Por fim, o jogo conta ainda com opções multiplayer em que é possível trocar cartas e duelar com os amigos, por meio da utilização de um cabo link para conectar os Game Boys para ambas as propostas.



A essência do duelo

Talvez este não seja o jogo que as pessoas se lembrem primeiro ao pensar em adaptações de Yu-Gi-Oh! para os videogames, mas este foi o primeiro título a adaptar de maneira mais fiel as regras do TCG real. 

Dito isso, cada duelo começa com os jogadores embaralhando seus respectivos decks e recebendo uma mão inicial de cartas. Durante o duelo, os jogadores alternam entre turnos, nos quais podem invocar monstros, ativar cartas mágicas e armadilhas, e atacar o oponente. O objetivo é reduzir os Pontos de Vida do oponente a zero, seja atacando diretamente ou derrotando seus monstros em batalha. 




Até aqui nada de novo, mas talvez quem jogou outros títulos baseados no anime esteja acostumado a colocar uma carta em cima da outra para criar uma nova; isso não acontece aqui: as regras de fusão de monstros foram incluídas pela primeira vez.

Para permitir aos jogadores combinar certos monstros para convocar criaturas mais poderosas, é utilizado um deck à parte (Fusion Deck) para guardar as cartas resultantes de fusões e é necessário ter à mão os materiais necessários e a carta Polimerização (Polymerization) para realizar a união dos monstros. 




Algo curioso é que, para a versão americana do jogo, 108 cartas foram removidas em comparação com a original japonesa. Além disso, os gráficos de Yu-Gi-Oh! Duel Monsters 6: Expert 2 foram utilizados para as cartas e duelos.

Ainda, as embalagens dos pacotes de cartas foram alteradas para representar monstros de maneira genérica em vez de conjuntos do mundo real, o que talvez faça The Eternal Duelist Soul acabar perdendo um pouco a fidelidade com o jogo real.



Duelos eternos

Em suma, Yu-Gi-Oh! The Eternal Duelist Soul apresenta uma experiência fiel do jogo de cartas colecionáveis, oferecendo uma ampla variedade de cartas, duelos contra personagens marcantes e mecânicas de jogo diferenciadas.

Ao longo dos anos, este título continua a ser lembrado como um marco na jornada dos jogadores pelo mundo de Yu-Gi-Oh! e também como um dos jogos mais divertidos do Game Boy Advance.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli

Professora por profissão, crossfiteira e artesã nas horas vagas. Seu primeiro contato com consoles da Nintendo foi zerando Chrono Trigger repetidas vezes no SNES. Atualmente é dona de um Switch no qual joga principalmente puzzles, jogos de pesca, RPGs e todos os Disgaea que para ele foram lançados. Icon por 0range0ceans
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