Blast from the Past

Megaman: os altos e baixos do bombardeiro azul, que nasceu e cresceu na casa do Mario e vive em nossos corações

O icônico mascote da Capcom, que já foi marca registrada da empresa e foi deixada no limbo durante anos, vive eterno em nossas lembranças gamers.


Mega Man (ロックマン Rokkuman, Rockman no Japão) é uma famosa franquia de video games de plataforma criada pela empresa nipônica Capcom. Nosso herói é um robozinho azul chamado Mega Man. A série é extremamente famosa para os veteranos dos games, tendo mais de cinquenta títulos já lançados, que a torna a série mais produtiva da Capcom. 

A franquia teve início em 1987 com o primeiro Mega Man, jogo que foi lançado para o Nintendo Entertainment System (NES). O sucesso do robozinho azul gerou diversas sequências e spin-offs que se passam no mesmo ou em outro universo, alavancando assim uma legião de fãs para o que é considerada uma das melhores franquias de jogos de plataforma já criadas.


O nascimento da lenda azul


Entre a equipe original do primeiro jogo da série, Keiji Inafune é definitivamente o mais famoso e lembrado pelos fãs. Ele teve muita influência em quase todo o tempo de vida da série, até deixar a Capcom em 2010. Segundo as palavras do próprio Keiki, uma de suas inspirações para a criação do herói foi o anime Astro Boy.


Além disso, a cor do corpo do personagem era para ser branca, e não azul. O azul veio justamente por conta das limitações da paleta de cores do NES, justamente o que iria ditar, assim como foi como Super Mario Bros., o design de vários heróis. Sim, amigos, eram épocas diferentes. Os desenvolvedores deveriam adaptar suas criações a um conjunto de limitações de hardwares e isso iria acabar definindo a aparência dos personagens que hoje amamos tanto.

Depois de seis títulos memoráveis para o primeiro console da casa do Mario, que sequer deram fim à timeline clássica, a história da série alavanca para um universo pós-franquia pousando no Super Nintendo com o título Mega Man X, em dezembro de 1993. Logo depois, temos Mega Man Zero para o Game Boy Advance e Mega Man ZX para o Nintendo DS.


Mega Man Legends, confirmado como fim da cronologia oficial do robozinho azul, acontece muito tempo depois da série ZX e marca o fim da hegemonia da franquia na Nintendo. A série Battle Network acontece em um universo paralelo (onde a tecnologia de rede floresceuda robótica), e a série Star Force é sua sequência, sendo lançados, ambos, para o Game Boy Advance.

Um pouco de enredo


Na série clássica, dois gênios da robótica e da inteligência artificial, Dr. Albert Wily e Dr. Thomas Light, criam juntos um grupo de robôs que seriam superiores a qualquer outra tecnologia já alcançada na área, chamando-os assim de Robot Masters. No jogo Mega Man 9 (que marca o retorno da série clássica), a principal disputa entre os dois grandes amigos seria um chip que daria poderes ilimitados aos robôs.


Seja como for, o cânone clássico nos diz que o começo do antagonismo entre os dois cientistas começa quando Dr. Wily imagina o potencial poder que essas novas criações lhe garantiriam, caso estivessem sob seu comando. Dr. Light não concorda com o posicionamento do seu amigo, gerando assim uma rixa que duraria mais do que 9 títulos. Dr. Wily rouba o projeto inicial de Light, o Proto Man, além dos Robot Masters Iniciais.

Para combater a nova ameaça, Light modifica o robô doméstico Mega Man para que ele se torne um campeão de combate, e lança seu tutorado para resgatar os Robot Masters e acabar com os planos do cientista ensandecido. Uma das características mais inovadoras do primeiro jogo da série é a possibilidade de adquirir o poder do chefe derrotado (um dos Robot Masters) e usar esse poder contra o próximo chefe. Além disso, cada Robot Master possui uma fraqueza que é um dos poderes adquiridos.

E assim nasce uma das lendas da era de ouro dos videogames


É inquestionável que os dois primeiros consoles da Big N possuem uma biblioteca de jogos impressionante, que deram início à franquias de sucesso que estão disponíveis para diversos jogadores até os dias de hoje. Eu, que durante a infância fui dono de um Mega Drive, invejava os detentores dos NES e SNES justamente por conta da franquia Mega Man.


Uma das coisas que eu achava mais incríveis era a possibilidade de você escolher a fase com a qual vai começar sua aventura. Convenhamos, para os fins dos anos 80 e meados dos 90, isso era incrível. Sem contar a maravilhosa, inspirada e incrível trilha sonora, que fazia com que a vontade de rejogar os jogos tendesse ao infinito. Até hoje revisito os games nas questionáveis coletâneas lançadas para Switch, ou mesmo em emuladores de celular. 

Era icônico visitar as famosas videolocadorass nos anos 90 e ver aquelas caixas de papelão com ilustrações esquisitas, que pareciam trazer um mistério em torno dos jogos. Quantos “trocos de pães” eu já não gastei tentando finalizar Mega Man 7,e quantas vezes já não coloquei a OST dos jogos na minha playlist do Spotify!? Uma das franquias que cresceu na casa do Mario e, por muitas vezes, foi porta de entrada para jogadores — sendo uma das melhores séries de plataforma já criadas —, Mega Man, como Sonic e Mario, ficará para sempre no pódio das memórias inesquecíveis do gamers dinossauros como nós. 

Revisão: Cristiane Amarante


Apaixonado por JRPG, fanboy de Final Fantasy, gosta de um bom papo de boteco com cerveja e Rock'n Roll. Escreve para a Game Blast pois sonha em ser escritor.
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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