The Legend of Zelda: como será a série no Switch 2?

O Nintendo Switch 2 sequer foi lançado e já estamos na expectativa e especulando sobre os futuros jogos da franquia.

em 12/03/2025

Toda nova geração de consoles da Nintendo sempre traz duas perguntas à nossa mente: quais clássicos vão retornar e como eles serão. E nisso, a certeza é de que sempre haverá um Super Mario e um Zelda novos. 

Tão próximos da chegada do Switch 2, aposto que uma das franquias que mais estamos na expectativa é The Legend of Zelda. O Switch foi palco de dois dos maiores sucessos da saga” Breath of the Wild e Tears of the Kingdom. Com a chegada do Switch 2, a grande pergunta é: como a série pode evoluir? Qual caminho a franquia tomará?

Breath of the Wild: A série nunca fez tanto sucesso


Lançado em 2017, Breath of the Wild não só revitalizou The Legend of Zelda, mas também redefiniu a exploração em mundos abertos. O jogo foi um marco na indústria, alcançando milhões de jogadores e estabelecendo novos padrões para o gênero. E mesmo com os jogos da franquia entre os mais populares e icônicos dos games, e talvez da cultura pop, a franquia nunca foi um sucesso estrondoso de vendas até então.

Tears of the Kingdom, sua sequência, ampliou ainda mais essa proposta ao introduzir mecânicas de construção, dando maior verticalidade, ampliando a proposta de liberdade e exploração de seu antecessor.

Com esse sucesso e a temática de Zelda ter funcionado tão bem nessa proposta, é difícil imaginar a Nintendo abrindo mão por completo do formato mundo aberto. No entanto, o desafio agora é encontrar novas formas de surpreender os jogadores. O que pode vir depois de dois jogos que já parecem experiências definitivas dentro desse modelo?

Os ecos de Hyrule


Apesar do foco recente em grandes aventuras de mundo aberto, a Nintendo tem mostrado que não abandonará a abordagem mais tradicional que crescemos amando. Um exemplo claro disso é Echoes of Wisdom, o mais recente Zelda isométrico — e pela primeira vez protagonizado por Zelda —, que introduz uma mecânica inovadora de criação de ecos para resolver quebra-cabeças e enfrentar desafios. O jogo representa uma modernização da experiência clássica da série, trazendo novidades sem perder a essência dos títulos antigos.

Além disso, o sucesso de Link’s Awakening e a recepção positiva de jogos como A Link Between Worlds, que modernizou a fórmula clássica da série, mostram que o público aindaespera por experiências que resgatam o Zelda tradicional, mas com uma roupagem moderna.

Com o possível poderio do Switch 2, caso todos os vazamentos estejam certos, não seria surpresa ver novas investidas nesse estilo, aproveitando o hardware para trazer animações mais fluidas, cenários interativos e uma evolução ainda maior na jogabilidade baseada em quebra-cabeças e exploração. E é claro utilizar os aspectos únicos do novo console para implementar mecânicas que nunca foram vistas anteriormente.

Então não, nosso clássico Zelda isométrico provavelmente está são e salvo no Switch 2.

Experiências definitivas existem para serem superadas


Se Breath of the Wild revolucionou a exploração e Tears of the Kingdom expandiu as possibilidades criativas com suas mecânicas de construção, a questão central para um novo Zelda no Switch 2 é: qual será o próximo grande diferencial?

A Nintendo pode apostar em um mundo ainda mais dinâmico, com biomas que mudam drasticamente com as ações do jogador, ciclos naturais mais complexos e NPCs com inteligência artificial mais avançada, criando uma Hyrule que se transforma de maneira inédita, dando ainda mais profundidade ao que já foi feito nos jogos de Switch. 


Outra possibilidade é uma ênfase maior na narrativa, incorporando escolhas que impactem diretamente o desenrolar da história e o destino de Hyrule, algo que até agora foi apenas superficial na série e o que pode aproximar ainda mais da liberdade e consequência de RPGs.

Além disso, como sabemos, tudo em Zelda baseia-se primeiramente nas mecânicas e há espaço para novas delas. Zelda sempre flertou com a ideia de diferentes dimensões e realidades paralelas, e um jogo que explore mudanças radicais no mundo em tempo real, com transições instantâneas entre cenários distintos, poderia ser uma evolução natural das ideias já experimentadas na franquia.

E não podemos deixar de pensar em como as tecnologias exclusivas do Switch 2 poderão ser introduzidas nessa nova jornada em Hyrule. Teremos funções específicas ou uso direto dos Joy-Con mouses? Talvez para facilitar na marcação de mapas, ou para morar com mais precisão ao usar armas de longo alcance como arcos e para atirar lanças.

Cartoon, realista, Cel shading?


Com muito mais memória e poder de processamento em geral, o visual futuro da franquia também é uma questão. Com muito mais recursos à disposição, a escolha do estilo artístico certamente é uma das grandes questões tanto para os desenvolvedores quanto para os fãs.

Há muito tempo, os fãs da franquia se perguntam e esperam pelo retorno do Zelda “sombrio e realista” visto em Twilight Princess — especialmente os fãs desse jogo em especifico. Um novo título baseado no mundo aberto rico e livre de Breath/Tears, mas com a temática medieval sombria de Twilight Princess poderia chamar a atenção e trazer os jogadores de grandes RPGs, como Skyrim e de Soulslikes para essa Hyrule.

Também é inegável que a versão Toon vista em The Wind Waker — que inicialmente causou certo choque e divisão entre os fãs — foi crescendo em popularidade, e hoje talvez cause tanta expectativa e desejo quanto a versão sombria e realista. Mas como sabemos muito bem, a quantidade de tempo para a produção e para os lançamentos de games está cada vez maior, é pouco provável que vejamos grandes lançamentos da franquia em modelos tão diferentes ao mesmo tempo.

E novamente Breath/Tears vem ao resgate. O estilo artístico Cel shading e a própria construção de mundo desses jogos parece ter tentado unir esses dois estilos tão aguardados, pegando um pouco de carona no que foi iniciado em Skyward Sword. Assim esse estilo artístico, que se popularizou ainda mais graças ao sucesso dos títulos recentes, talvez seja o meio-termo a ser seguido, sem agredir nenhuma parte do público e focando em apenas aprofundar a imersão proporcionada por eles.

Chutando o balde: medieval-futurista


Breath/Tears trouxeram a ideia de inclusão de tecnologias modernas em um mundo de alta fantasia: motos e veículos, tablets, robôs e armas lasers. Sem falar nas artes conceituais e modernas como as de Link motoqueiro.

Com toda a tecnologia e recursos disponíveis, o que impediria a Nintendo de lançar um The legend of Zelda 2077, baseada em uma Hyrule num futuro tecnológico distante? Nada. Usando um conceito de um futuro medieval-futurista, fundindo tecnologia extrema como evoluída direta e brutalmente do ambiente feudal/medieval da Hyrule que mais conhecemos.

A questao é, alguém está interessado em um salto tão distante da alta fantasia medieval tradicional para uma abordagem assim? Como o público mais tradicional da franquia se portaria diante de uma mudança assim?

O moderno e o tradicional continuarão coexistindo


Se há algo que a história de The Legend of Zelda ensina, é que a franquia sempre busca inovação sem perder sua essência. Assim como o Switch 2 tem sido referenciado como uma evolução, talvez esse seja o pensamento para Zelda, buscando a evolução dos muitos elementos que a franquia tem introduzido ou a reintrodução durante os anos, sem perder suas raízes.

Seja em um novo mundo aberto que expanda ainda mais as possibilidades de exploração ou em um retorno às origens com um jogo isométrico que refine o design clássico da série, Zelda sempre encontrará formas de se reinventar. O equilíbrio entre o novo e o familiar continuará sendo a chave do sucesso da franquia. E qualquer que seja o caminho escolhido, a certeza é de que a próxima aventura de Link tem tudo para surpreender novamente.

E vocês o que esperam ou gostariam de ver no futuro novo título principal da franquia?

Revisão: Cristiane Amarante
 
Siga o Blast nas Redes Sociais
Fernando Lorde
Fernando Paixão Rosa, normalmente referenciado por Lorde, está escrevendo pela internet afora há mais de dez anos e com alguns livros publicados. Escutando música 24h/dia, fã de cultura pop em suas muitas manifestações e mais fã ainda das IP's da Nintendo. Registrando as aventuras nos games no Instagram (@lordeverse) e Twitch (@lordeverso).
Este texto não representa a opinião do Nintendo Blast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).