Design e Tela
Nintendo Switch (V1 e V2)
O modelo original (e sua revisão de bateria) mede cerca de 10,16 cm de altura por 23,88 cm de largura, com 1,4 cm de espessura quando os Joy-Con estão acoplados. Se considerarmos a profundidade entre o topo dos analógicos e os botões ZL/ZR, o total chega a 2,84 cm.
Nintendo Switch OLED
No modelo OLED, a altura se mantém próxima — 10 cm — mas a largura aumentou levemente para 25 cm, mantendo a mesma espessura de 1,4 cm com os Joy-Con encaixados. A profundidade dos botões vai até aproximadamente 3 cm.
Nintendo Switch 2
Já o novo Nintendo Switch 2 é ligeiramente mais alto e mais largo: são 11,43 cm de altura por 27,17 cm de largura, com a espessura mantida em 1,4 cm. A distância entre o topo dos analógicos e os botões ZL/ZR chega a cerca de 3 cm.
Tela
A evolução da tela ao longo das gerações do Nintendo Switch mostra como a Nintendo tem buscado melhorar a experiência visual do jogador sem abrir mão da portabilidade.
O modelo original (Switch V1/V2) conta com uma tela LCD de 15,75 cm, com resolução de 1280 x 720. É uma tela funcional, suficiente para os jogos da geração, mas sem grandes destaques em brilho ou contraste.
Já o Switch OLED, como o próprio nome entrega, trouxe um painel OLED de 17,78 cm, mantendo a mesma resolução, mas oferecendo cores mais vibrantes, pretos profundos e um impacto visual muito mais interessante, mas apenas no modo portátil.
O Switch 2, por sua vez, dá um salto notável: a tela agora tem 20,06 cm, continua sendo sensível ao toque e ganha uma resolução Full HD (1920 x 1080). Além disso, ela conta com suporte a HDR10, que melhora a iluminação e o contraste de cenas, e tecnologia VRR com taxa de atualização variável de até 120 Hz, algo que promete entregar uma jogabilidade mais fluida e responsiva — um avanço inédito nos consoles da Nintendo até então.
Desempenho
Mesmo sem detalhes oficiais sobre o chip utilizado, já é certo que o Switch 2 trará um salto considerável em desempenho. Em comparação aos modelos anteriores — Switch V1, V2 e OLED, todos baseados no chip NVIDIA Tegra X1 — o novo console promete melhorias significativas em estabilidade, carregamento e qualidade gráfica.
Outro ponto de destaque são as versões aprimoradas de jogos. Alguns títulos lançados originalmente para o primeiro Switch devem rodar melhor no novo hardware — com resolução maior, taxa de quadros mais estável e visuais mais limpos.
Exemplos práticos:
- The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom deve ganhar mais fluidez e resolução superior no Switch 2.
- Pokémon Scarlet/Violet, conhecido por apresentar quedas de desempenho, pode finalmente rodar de forma mais estável e sem travamentos.
- Títulos futuros, como um possível novo Super Mario, já devem ser lançados aproveitando toda a capacidade técnica da nova geração.
Armazenamento
O Switch 2 finalmente abandona o antigo padrão de memória e dá um salto importante na parte de armazenamento. Enquanto os modelos anteriores vinham com apenas 32 GB (V1 e V2) ou 64 GB (modelo OLED) de memória interna, o novo console traz 256 GB de armazenamento interno, utilizando tecnologia UFS (Universal Flash Storage) — muito mais rápida que o padrão eMMC dos modelos anteriores. Isso significa jogos abrindo mais rápido, menos tempo de carregamento e uma navegação mais ágil pelos menus.
Outra mudança importante está no suporte a cartões de memória. O Switch 2 é compatível apenas com microSD Express (até 2 TB). Cartões microSD tradicionais não são mais aceitos para instalação de jogos ou dados de aplicativos — eles servem apenas para salvar capturas de tela e vídeos.
Ou seja, além de vir com mais espaço interno, o novo Switch exige cartões mais modernos e rápidos para expansão — algo que acompanha a proposta de desempenho superior do console.
Dock e saída de vídeo
Uma das maiores evoluções do Nintendo Switch 2 está no seu dock, que foi completamente redesenhado para suportar resolução 4K via HDMI. Enquanto os modelos anteriores eram limitados a 1080p, a nova geração eleva a qualidade da imagem para um padrão ultra HD, trazendo uma experiência muito mais imersiva para quem prefere jogar na TV. Além disso, o suporte a HDR (High Dynamic Range) oferece cores mais vibrantes e maior contraste, garantindo visuais mais realistas e impactantes.
Outro destaque é a integração do DLSS (Deep Learning Super Sampling), uma tecnologia baseada em inteligência artificial que otimiza o desempenho gráfico, permitindo que jogos rodem com maior fluidez sem perder muito em qualidade visual. Essa combinação faz do Switch 2 uma opção muito atraente para quem quer tanto mobilidade quanto alta performance na tela grande.
Controles e sensores
Os Joy-Con, controles que acompanham o Switch desde o início, ficaram marcados pelo infame problema do drift, aquele movimento involuntário do analógico que frustrava muitos jogadores. A Nintendo ouviu o feedback e investiu em melhorias estruturais para essa nova geração, prometendo maior durabilidade e precisão. Além disso, os novos Joy-Con incorporam sensores mais avançados, incluindo um sensor do tipo “mouse”, que oferece maior controle e precisão em jogos que exigem movimentos mais delicados, como shooters ou títulos de estratégia.
Os tradicionais acelerômetro e giroscópio continuam presentes, permitindo uma experiência imersiva em jogos que usam controles por movimento. Essas atualizações representam um avanço significativo para a jogabilidade e a confiabilidade dos controles.
Bateria e recarga
O Switch 2 mantém uma bateria de 5.220 mAh, que oferece entre duas e seis horas e meia de uso contínuo, dependendo do tipo de jogo e das configurações de brilho e conectividade. Embora esse tempo seja semelhante ao do modelo original, é importante notar que é um pouco menor que as versões atualizadas do Switch V2 e OLED, que podiam durar até nove horas. Para quem joga bastante longe da tomada, essa autonomia é um ponto importante a considerar. A boa notícia é que o tempo de recarga permanece prático, com cerca de três horas para uma carga completa quando o console está em modo de espera, o que facilita o uso diário sem longos períodos de espera.
Outros detalhes
Mantendo a tradição, o Switch 2 continua com o slot para cartuchos físicos, compatível não apenas com os novos títulos desenvolvidos para ele, mas também com os jogos lançados para o Nintendo Switch original. Isso garante uma transição suave para os jogadores que possuem uma biblioteca física. Outro detalhe interessante é o sensor de brilho embutido no console, que ajusta automaticamente a luminosidade da tela para economizar bateria e oferecer melhor conforto visual em diferentes ambientes.
O aparelho também é preparado para operar em uma ampla faixa de temperatura (de 5°C a 35°C) e umidade relativa (20% a 80%), garantindo funcionamento estável em diversas condições, seja em casa, em viagens ou em diferentes regiões.
Essas são apenas algumas das novidades que cercam o lançamento do console. Para uma visão mais completa, vale conferir o nosso episódio dedicado ao novo semi-portátil: Nintendo Switch 2 — saiba tudo para o lançamento do console.
Não aprendi a dizer adeus
Após oito anos no mercado, sob críticas constantes por ser tecnicamente inferior aos concorrentes e com preços inflacionados pela política da própria Nintendo, o Switch se manteve firme e foi além. Contra todas as expectativas, provou ser um fenômeno absoluto, tornando-se não apenas o maior sucesso da sua geração, mas um dos consoles mais vendidos da história, com impressionantes 152,1 milhões de unidades comercializadas em todo o mundo.
Agora, o Nintendo Switch 2 carrega o peso desse legado. A missão não é fácil: corresponder (ou superar) a um antecessor tão icônico e estabelecer um novo capítulo de sucesso. O hype é real, e a expectativa, gigantesca. Este novo console não representa apenas uma atualização de hardware, mas, sim, a continuação de uma era que redefiniu o jeito de jogar. E tudo indica que o futuro será promissor mais uma vez.
Revisão: Vitor Tibério