Hands-on: SHINOBI: Art of Vengeance: testamos o novo título da série clássica da Sega e contamos nossas primeiras impressões

O jogo, protagonizado pelo ninja Joe Musashi, impressiona no visual e na jogabilidade.

em 29/07/2025

Durante a RETROCON 2025, a equipe do Nintendo Blast teve a oportunidade de participar, a convite da Sega, de um teste exclusivo do novo título da clássica série hack and slash de ninjas SHINOBI: Art of Vengeance. O jogo será lançado em 29 de agosto para diversas plataformas, entre elas o Nintendo Switch e o Nintendo Switch 2.


O teste nos causou impressões positivas, em especial quanto à jogabilidade e à direção de arte do jogo. A série SHINOBI se tornou um clássico da Sega ao longo dos anos, e os títulos marcaram presença desde os arcades, em 1987, até seu último lançamento no Nintendo 3DS, em 2011. SHINOBI: Art of Vengeance promete uma nova aventura na pele do ninja Joe Musashi após mais de uma década, impressionando em diversos aspectos.

A trágica história do Clã Oboro

Logo de início, a trama do jogo é revelada de forma rápida e intuitiva, acompanhando o tutorial do combate e da exploração: o maléfico Lord Ruse, líder da organização paramilitar ENE Corp., ataca a vila do lendário ninja Joe Musashi, buscando exterminar o Clã Oboro e impedir que qualquer obstáculo impeça seus planos de expansão. Ao encontrar sua vila queimando e os habitantes transformados em pedra, Joe parte em busca de vingança.

Alguns personagens são brevemente introduzidos, como Tomoe, uma ninja em treinamento que busca ser capaz de defender seu clã e ajudar Joe, e Naoko, esposa do ninja, que oferece conselhos e dicas importantes para a aventura.




A história simples combina com o estilo do jogo: combates rápidos, precisos e sem enrolação. Art of Vengeance já mostra seu brilho nos primeiros minutos, em especial pelo visual, como veremos a seguir.

Um visual desenhado à mão

Após experimentarmos a primeira fase do jogo, onde somos introduzidos às mecânicas principais de combate e à trama do título, pudemos escolher uma segunda fase, mais avançada, com habilidades diversas desbloqueadas (foi necessário escolher entre um nível focado em exploração e outro focado no combate; escolhemos o último).


Logo de início, o visual do título chama a atenção: Art of Vengeance conta com uma direção de arte impecável, trazendo cenários e personagens desenhados à mão em um estilo semelhante às pinceladas clássicas da arte oriental. As animações são extremamente detalhadas, desde o movimento do protagonista e dos inimigos aos ataques especiais (um espetáculo à parte, contando com animações mais longas e complexas).



Os cenários, para mim, são o grande destaque visual do jogo. Cada tela conta com belas paisagens detalhadas, muitas delas com animações e efeitos que contribuem para a atmosfera trágica e vingativa do título. Os detalhes visuais contribuem para uma experiência bem mais imersiva, mas não tiram a atenção de outros dois importantes pontos: o combate e a exploração.

Combate rápido e preciso

O combate, típico do gênero hack and slash, acontece com frequência e rapidez. Joe conta com habilidades básicas, como pulo duplo, esquiva e lançamento de kunais (pequenas lâminas arremessadas nos inimigos), mas, ao longo dos níveis, desbloqueamos ataques especiais, capazes de atingir todos os inimigos na tela, e habilidades essenciais para a exploração, como subir por paredes específicas com o uso de garras de escalada.


A fluidez do combate é o grande destaque: é possível combinar comandos para realizar combos, encher a barra de ataques especiais e encontrar a melhor forma de se livrar dos inimigos. Um ponto interessante é que a vasta possibilidade de combinações torna possível para cada jogador encontrar seu próprio estilo de combate: eu, por exemplo, utilizei muito a esquiva seguida da joelhada (desbloqueada ainda no primeiro nível) para iniciar o combate já causando dano aos inimigos.

E falando nos vilões, a variedade de inimigos também é um grande diferencial: nas duas fases jogadas, devo ter enfrentado ao menos dez tipos diferentes. Alguns inimigos priorizam o combate à distância com projéteis, enquanto outros avançam na direção do jogador para utilizar ataques carregados que causam mais dano. Os dois chefões que enfrentei foram bem desafiadores, e mesmo me familiarizando com os padrões dos ataques, tive bastante dificuldade de vencê-los.

Exploração digna de um ninja

Outro grande destaque é a exploração dos níveis, que remete em diversos aspectos aos jogos do gênero metroidvania. Algumas partes das fases só podem ser acessadas com habilidades específicas, e outras exigem a ativação de portões ou a travessia por tirolesas para serem alcançadas. No primeiro nível, encontrei diversos portões que não podiam ser derrubados; na fase mais avançada, já tínhamos desbloqueada a habilidade necessária para ultrapassar essas barreiras.



Há também moedas colecionáveis que podem ser encontradas (há cinco delas em cada nível) e trocadas na loja por novas habilidades de exploração e combate. A esquiva seguida de joelhada, que comentei anteriormente, é desbloqueada dessa forma. Outros ataques especiais podem ser comprados com o dinheiro coletado ao longo dos níveis. Esses elementos completam uma experiência desafiadora, mas instigante no título. 

O retorno triunfal de Joe Musashi

SHINOBI: Art of Vengeance promete trazer de volta uma série atemporal da Sega que muitos acreditavam ter sido engavetada há quase uma década. O lendário mestre das artes marciais Joe Musashi retorna em um título onde o combate e a exploração conquistam os jogadores que buscam um bom desafio, e o visual impecável é a cereja no bolo em um jogo que tem tudo para ser um grande sucesso.



E você, leitor? Pretende adquirir a nova aventura do ninja? Já jogou outros títulos da série SHINOBI? Conte pra gente nos comentários.

Revisão: Cristiane Amarante
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Felipe Castello
Designer gráfico de formação, é fã da Nintendo desde a infância, quando ganhou um SNES usado com Super Mario World e Donkey Kong Country. Apesar do carinho especial pela série Mario, também se diverte com Pokémon, The Legend of Zelda e Animal Crossing. Costuma jogar no (pouco) tempo livre entre os estudos e o trabalho.
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