Desde o lançamento do Switch 2, os Game Key Cards têm gerado polêmica por funcionarem apenas como chaves de ativação, exigindo o download completo do jogo pela internet. Apesar de serem vendidos fisicamente, os cartões não contêm os dados do jogo, o que os torna diferentes dos tradicionais cartuchos físicos da geração anterior.
Segundo o portal VGC, a Nintendo está coletando feedback direto dos jogadores por meio de uma pesquisa que avalia o grau de conhecimento sobre o sistema e como ele influencia a decisão de compra.
Os participantes também recebem informações explicativas, como o fato de que os Game Key Cards exigem conexão à internet na primeira utilização, espaço interno no console ou cartão microSD Express, e a necessidade de manter o cartão inserido para jogar. Além disso, por serem físicos, podem ser revendidos ou usados em outro console, desde que os dados sejam baixados novamente. A pesquisa apresenta perguntas como:
- Você sabia que o software do Nintendo Switch 2 inclui um cartão de jogo chamado “Game Key Card”?
- Você conhece as características dos Cartões-Chave do Jogo?
- Qual formato você preferiria comprar: Game Key Card ou versão digital?
Até o momento, a maioria dos jogos de terceiros no Switch 2 são lançados neste formato, em parte porque o único tamanho de cartão disponível atualmente seria de 64 GB — o que limita opções para armazenamento de mídia física tradicional. A crítica mais comum com relação aos Game-Key Cards é que, como eles não contêm o conteúdo completo do jogo no cartucho, em caso de fechamento dos servidores da loja do Switch 2 ou a possibilidade de jogos serem deletados em algum momento no futuro, seja impossível obter os downloads necessários para a execução dos jogos.
Enquanto isso, especialistas em preservação de jogos já avaliaram de forma crítica o modelo adotado pela Nintendo. Para nomes como Stephen Kick, da Nightdive Studios, a opção pelos Game Key Cards compromete a preservação do acervo digital, especialmente vindo de uma empresa com a importância histórica da Nintendo. Já pesquisadores como James Newman e Paul Dyson apontam que a mudança para um modelo totalmente digital é um caminho inevitável — e que, nesse processo, a Nintendo tem sido uma das mais cautelosas entre os grandes fabricantes de consoles.
Diante disso, a pesquisa enviada aos jogadores japoneses pode sinalizar uma possível revisão de estratégias por parte da Nintendo, diante da recepção crítica e das preocupações crescentes com a longevidade dos jogos físicos no novo sistema.
Fonte: VGC

