Pokémon Diamond/Pearl/Platinum: é possível vencer o jogo usando o time do rival?

Será que conseguimos superar os desafios da região de Sinnoh com a mesma equipe de nosso rival?

em 16/08/2025



Enfim, a quarta geração de Pokémon, a favorita desse que vos escreve. Ainda me lembro da primeira vez que iniciei meu DS para jogar essas versões. Época boa…

Seguindo a série de matérias sobre os times dos rivais, a equipe de Barry me chamou atenção durante o estudo dos integrantes e ao jogar a campanha com seus comandados. O nível de dificuldade é um dos mais altos da franquia e se com o melhor time temos trabalho, teremos um desafio daqueles.

Chega a ser intrigante como a Game Freak decide os movimentos e monstrinhos que cada rival terá durante a história. Gostaria de poder entender o porquê de alguns critérios, digamos, duvidosos, serem aplicados.

Não precisa nem montar um supertime como na primeira geração. Entretanto, alguns Pokémon imploram por uma chance e são ou esquecidos, ou deixados de lado por opções menos relevantes.

Sem mais delongas, fiquem com o desafio dos rivais, agora na região de Sinnoh. Boa leitura!

Estrutura da equipe

Como Pokémon inicial, selecionamos Piplup, já que Barry escolhe o pinguim azul em praticamente todas as mídias da franquia. Isso, no entanto, não é um ponto positivo, pois a equipe considerando Empoleon é a pior em termos de cobertura ofensiva e utilidade.

Seguindo os passos de Wally, o time de Barry foi mantido nas três versões e com o mesmo moveset. Essa situação favoreceu a escolha da versão Platinum para realização pela maior variedade de Pokémon dos adversários.

Sendo assim, o time será composto por: Empoleon, Roserade, Rapidash, Staraptor, Heracross e Snorlax. Os dois últimos são um caso à parte: ambos podem ser encontrados apenas nas Honey Trees, e com chance baixíssima de ocorrer.


Posso adiantar que, com base no time apresentado, Rapidash é um completo desperdício. Staraptor supera as qualidades do cavalo de fogo em todos os sentidos. Ainda, na versão Platinum, Ponyta pode aprender Flame Wheel no Lv.15, contudo, nosso rival preferiu Fire Spin

Acredito que isso ocorreu em virtude da programação dos jogos Diamond/Pearl não prever esse movimento, e como o time foi mantido exatamente igual, a Game Freak possivelmente deixou esse item passar, infelizmente.

Critérios de campanha

Durante esses mais de 25 anos jogando, tive a oportunidade de encontrar Heracross duas vezes e Munchlax apenas uma vez em Honey Trees. Para este desafio, optei por transferir o besouro azul e o comilão de minha versão Pearl e realizar o processo de breeding na cidade de Solaceon. O motivo:

As árvores de mel ficam disponíveis para o jogador antes do segundo ginásio. Porém, a baixa quantidade de exemplares e o tempo de espera de seis horas reais desencorajam esse método. Por outro lado, a cidade de Solaceon é liberada após o segundo ginásio, ou seja, não muito tempo depois.


Com o breeding na jogada, Munchlax nasce com 120 pontos de felicidade e isso irá acelerar sua evolução em Snorlax ao somarmos com o item Soothe Bell, que também é recomendado para evoluir Budew em Roselia.

Começo do jogo: primeiras três insígnias

Piplup é consistente nos primeiros momentos da aventura graças ao equilíbrio do tipo WATER. Roark, o primeiro líder de ginásio, utiliza monstrinhos do tipo ROCK, facilitando nosso trabalho.

Nesse ponto do jogo, inclusive, é possível obter quatro integrantes e formar a combinação GRASS/FIRE/WATER. Dessa maneira, a progressão até Gardenia é relativamente saudável, afinal, Staravia e Prinplup são avassaladores.


Confesso que senti um pouco de dificuldade contra Mars e seu Purugly duvidoso. O gato gordo está no Lv.16, sendo que Glameow evolui apenas no Lv.38. A essa altura, os acertos críticos do golpe Slash dizimam a equipe.

Um segundo ponto de problema também envolve o Team Galactic: Jupiter possui um Skuntank no Lv.22, outro exemplo de como o jogo trapaceia escancaradamente. Mais uma vez, os acertos críticos (agora com Night Slash) nos colocam contra a parede.

Meio do jogo: quarta a sexta insígnias

Com o começo do jogo no retrovisor, partimos para o ponto mais importante da equipe: obtenção de Heracross Snorlax. A adição desses integrantes completa o time e aumenta o potencial ofensivo de forma interessante.

No entanto, o time de Barry é um pouco desconexo: mesmo capaz de causar bastante dano, metade de seu time é situacional e certamente não podemos contar com Ponyta para nada. Isso fica evidente nos ginásios à nossa frente.


Maylene (FIGHT) e Crasher Wake (WATER) podem ser desafiados em qualquer ordem nas versões Diamond/Pearl, o que facilita nosso trabalho. Já na versão Platinum, Fantina (GHOST) pula da quinta para a terceira posição, e agora Wake é quinto na ordem de desafios de ginásio.

Partindo do ponto de que Staraptor e Heracross são causadores de dano massivo, Pinplup, Roserade e Snorlax concedem apoio defensivo e podem ser usados uma vez ou outra no ataque. Há uma repetição, a meu ver, desnecessária, da técnica Aerial Ace, limitando o alcance.

Contra Byron (STEEL), o besouro e a águia são infinitamente melhores do que o corcel de fogo, e de longe. Nem mesmo evoluindo Ponyta em Rapidash permitiu que o dano causado fosse relevante para considerá-la.

Final do jogo: duas últimas insígnias e Elite Four

Agora que todos estão em suas formas finais e próximos do pico de poder de seus movimentos, a equipe está pronta para derrotar o Team Galactic e os dois ginásios restantes. Candice (ICE) não tem nenhuma chance contra nós e será facilmente superada.

No arco do time vilão, a presença de Empoleon ajuda demais contra a imensidão de Pokémon do tipo POISONBUG NORMAL. Embora não tenha os movimentos ideais para enfrentar Cyrus, o pinguim imperador é primordial para resistir aos golpes do chefão.

Na versão Platinum, no entanto, há uma pequena mudança: o Distortion World. Isso acrescenta um confronto contra o líder do Team Galactic, que agora conta com cinco Pokémon em seu time. Essa mudança não afeta o desempenho da equipe, mas deixa as coisas mais interessantes em relação ao par original.


Volkner, o último líder de ginásio e especialista no tipo ELECTRIC teve seu time todo remodelado na versão Platinum, contendo apenas monstrinhos de seu tipo. Nas versões Diamond/Pearl, por outro lado, temos a presença de Ambipom e Octillery, algo interessante, porém prejudicial para o sósia do quarto Hokage.

Partindo para a Elite Four, temos totais condições de vencer os integrantes com um Pokémon específico do time. Aaron (BUG) cai facilmente para Aerial Ace de Staraptor e Rock Slide de Heracross, com apoio breve de Empoleon.

Bertha (GROUND) e Flint (FIRE) compartilham fraquezas, logo, o pinguim imperador reina nas duas batalhas, como é esperado do melhor inicial de todos os tempos. A reformulação do time de Flint na versão Platinum facilita ainda mais as coisas, e até mesmo Snorlax pode ajudar com Earthquake.

O último membro é Lucian, especialista no tipo PSYCHIC. Confesso que essa batalha me deu trabalho nas duas versões. Isso ocorre em detrimento da ausência de outras resistências além de Empoleon. Adicionalmente, quase todos os monstrinhos de Lucian possuem golpes do tipo FIGHT, reduzindo ainda mais nossas capacidades defensivas.


A campeã das campeãs, Cynthia, coloca cada integrante desse time à prova, até mesmo Rapidash. Com respostas para praticamente tudo, a equipe da treinadora loira é potente e com bons golpes, diferente do que temos à nossa disposição.

Garchomp é e sempre será um problema. Para amenizar essa situação, podemos enganar o computador ao jogar Empoleon contra o tubarão; Antes de receber o terremoto, trocamos para Staraptor, aplicando Intimidate e evitando todo o dano. Em seguida, para reduzir o prejuízo de Dragon Rush, voltamos para Empoleon. Após três ciclos, receberemos bem menos dano.

Repetir esse processo é a chave para a vitória, além de contar com um pouco de sorte e não receber um acerto crítico, pois nesse ponto da batalha, fica difícil reverter essa desvantagem.

Veredito

Sim, é possível vencer o jogo usando o time do rival. Contudo, há muitas ressalvas: Rapidash é completamente dispensável e mais atrapalha do que ajuda. Inclusive, se não estivesse presente na equipe, seria até melhor. 

Roserade, Snorlax e Empoleon ajudam pontualmente e formam um trio de utilidade, defesa e dano moderado. As habilidades e alguns golpes com pouco uso não jogam a favor. Uma pena que meu Pokémon favorito não tenha um desempenho à altura em sua região de origem.

Por fim, as estrelas Heracross e Staraptor brilham forte e carregam o time nas costas. Ambos físicos e com cobertura similar, passam por cima dos adversários sem consideração. Grande parte disso envolve o tipo FIGHT ser muito forte na quarta geração, e como ambos aprendem Close Combat, a vitória é mais do que certa.

Revisão: Cristiane Amarante
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Victor Hugo Carreta
Fã de carteirinha da franquia Pokémon desde os oito anos de idade, teve seu primeiro contato com os monstrinhos de bolso no Game Boy Color e de lá para cá, são mais de 25 anos de alegria. Fanático por vídeo-games, gostaria de poder jogar mais tempo do que trabalha.
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