Originalmente lançado no Japão como Utakata no Uchronia, Illusion of Itehari é o otome game de estreia da LicoBiTs, uma marca criada em uma parceria entre a Broccoli e a TIS Creation. Em um mundo steampunk, a visual novel conta a história de uma jovem nobre que acaba descobrindo segredos sombrios da utopia em que vive.
Um dia, enquanto estava em um passeio, nossa protagonista é atacada por um indivíduo misterioso e quase morre, porém um jovem desconhecido a salva. Logo após o ataque, o rapaz desmaia e, quando acorda, afirma ter perdido suas memórias, fazendo com que a protagonista se compadeça dele e decida ajudá-lo de todas as formas possíveis.
O contato com ele e misteriosos eventos que têm acontecido na cidade trarão à tona vários elementos sobre essa sociedade que a personagem desconhecia. Ao longo das rotas da história, ela consegue descobrir os detalhes mais inquietantes sobre a realidade ao seu redor e vivenciar dramas que variam de acordo com o rapaz que é seu interesse romântico naquela ramificação da história.Na prática, a trama é bastante interessante e é curioso ver como cada rota é uma parte de uma trama maior e as histórias se conectam bem para formar algo coerente. Além do aspecto de aprender mais sobre o mundo, vamos ganhando uma visão mais ampla sobre os personagens, incluindo a protagonista, cujo passado e motivações também a levam a ter traumas pessoais e uma perspectiva de curiosidade e aceitação a pessoas independentemente de suas condições de status.
Vale destacar que a tradução para o inglês é uma das melhores da Aksys, contando com pouquíssimos erros. A leitura é bastante fluida e isso ajuda muito a tornar a experiência mais imersiva.
Uma utopia que esconde segredos
Hinagiku (nome alterável) é uma nobre que vive na cidade flutuante de Itehari, um verdadeiro paraíso no qual não há violência. Com uma rígida hierarquia e um líder espiritual chamado de Grande Taiju, essa utopia guarda vários segredos.Um dia, enquanto estava em um passeio, nossa protagonista é atacada por um indivíduo misterioso e quase morre, porém um jovem desconhecido a salva. Logo após o ataque, o rapaz desmaia e, quando acorda, afirma ter perdido suas memórias, fazendo com que a protagonista se compadeça dele e decida ajudá-lo de todas as formas possíveis.
O contato com ele e misteriosos eventos que têm acontecido na cidade trarão à tona vários elementos sobre essa sociedade que a personagem desconhecia. Ao longo das rotas da história, ela consegue descobrir os detalhes mais inquietantes sobre a realidade ao seu redor e vivenciar dramas que variam de acordo com o rapaz que é seu interesse romântico naquela ramificação da história.Na prática, a trama é bastante interessante e é curioso ver como cada rota é uma parte de uma trama maior e as histórias se conectam bem para formar algo coerente. Além do aspecto de aprender mais sobre o mundo, vamos ganhando uma visão mais ampla sobre os personagens, incluindo a protagonista, cujo passado e motivações também a levam a ter traumas pessoais e uma perspectiva de curiosidade e aceitação a pessoas independentemente de suas condições de status.
Vale destacar que a tradução para o inglês é uma das melhores da Aksys, contando com pouquíssimos erros. A leitura é bastante fluida e isso ajuda muito a tornar a experiência mais imersiva.
Rapazes & romances
Como um otome game, o romance da protagonista com vários rapazes é um ponto-chave da experiência. Inicialmente, apenas duas rotas podem ser feitas. Concluí-las adiciona trechos de diálogo ao início da história e libera rotas alternativas com outros personagens até a liberação da última parte da trama.
Um dos interesses românticos disponíveis desde o início é o jovem Awayuki, que atua como uma espécie de mordomo da protagonista. Embora o relacionamento entre eles seja estritamente profissional devido às classes sociais distintas dos dois, há uma codependência e um profundo afeto de anos de cuidado entre os dois.
O outro rapaz que já está desbloqueado é Tobari, o líder do “distrito do entretenimento” em Itehari. Por conta de sua posição, ele já vivenciou na pele muito preconceito e conhece um lado mais podre da cidade que está bem distante de Hinagiku.
Dentre os que precisam ser desbloqueados, temos o arcanista Tsuyukusa que faz vários serviços, especialmente envolvendo artefatos mecânicos. Ele é um velho amigo da protagonista e, apesar de ser um tanto rabugento, demonstra bastante cuidado com a garota.
Outra opção é Yori, um nobre de classe mais alta que Hinagiku e que conta com uma alta posição na força policial Kurozuru. Embora tenha bastante prestígio, a personalidade dele é bem difícil de lidar, sendo o tipo de pessoa manipuladora e calculista, além de ter rumores bem ruins sobre ele.
Por fim, ainda temos Yashiro, o misterioso rapaz que ajudou Hinagiku quando ela foi atacada. Por não se lembrar de muitas coisas, ele estranha várias informações que são consideradas óbvias pela população local, como a forma como as pessoas assumem que nenhum tipo de violência pode acontecer.
De forma geral, há uma boa variedade nesses interesses românticos e seus dramas pessoais. A história de cada um deles serve como outro olhar para a sociedade e as condições de vida nesse mundo, carregando seus próprios segredos e reviravoltas.
Junta-se a isso um belo elenco de dublagem em japonês que faz com que os personagens ganhem vida em seus diversos diálogos, como usual. Todos os rapazes e até mesmo os secundários possuem vozes condizentes com suas personalidades e fazem uma ótima atuação. Apenas as falas da protagonista não contam com esse recurso, como acaba sendo comum no gênero.
Um dos interesses românticos disponíveis desde o início é o jovem Awayuki, que atua como uma espécie de mordomo da protagonista. Embora o relacionamento entre eles seja estritamente profissional devido às classes sociais distintas dos dois, há uma codependência e um profundo afeto de anos de cuidado entre os dois.
O outro rapaz que já está desbloqueado é Tobari, o líder do “distrito do entretenimento” em Itehari. Por conta de sua posição, ele já vivenciou na pele muito preconceito e conhece um lado mais podre da cidade que está bem distante de Hinagiku.
Dentre os que precisam ser desbloqueados, temos o arcanista Tsuyukusa que faz vários serviços, especialmente envolvendo artefatos mecânicos. Ele é um velho amigo da protagonista e, apesar de ser um tanto rabugento, demonstra bastante cuidado com a garota.Outra opção é Yori, um nobre de classe mais alta que Hinagiku e que conta com uma alta posição na força policial Kurozuru. Embora tenha bastante prestígio, a personalidade dele é bem difícil de lidar, sendo o tipo de pessoa manipuladora e calculista, além de ter rumores bem ruins sobre ele.
Por fim, ainda temos Yashiro, o misterioso rapaz que ajudou Hinagiku quando ela foi atacada. Por não se lembrar de muitas coisas, ele estranha várias informações que são consideradas óbvias pela população local, como a forma como as pessoas assumem que nenhum tipo de violência pode acontecer.
De forma geral, há uma boa variedade nesses interesses românticos e seus dramas pessoais. A história de cada um deles serve como outro olhar para a sociedade e as condições de vida nesse mundo, carregando seus próprios segredos e reviravoltas.
Um mundo vivo
Um ponto que chama a atenção em Illusion of Itehari é o seu design gráfico, com ilustrações de personagens feitas por RiRi (Piofiore: Fated Memories). O jogo faz uso da tecnologia Live2D para fazer com que os personagens movimentem levemente o seu corpo enquanto estão na tela. Além de uma sincronia de movimentos de lábios com os diálogos e de piscadelas, cabelos, acessórios e o torso dos personagens acompanham um senso de respiração.Junta-se a isso um belo elenco de dublagem em japonês que faz com que os personagens ganhem vida em seus diversos diálogos, como usual. Todos os rapazes e até mesmo os secundários possuem vozes condizentes com suas personalidades e fazem uma ótima atuação. Apenas as falas da protagonista não contam com esse recurso, como acaba sendo comum no gênero.
Em termos técnicos, vale destacar que temos todos os recursos necessários para explorar a trama de forma confortável, com um log interativo, auto e skip. O jogo conta com o “Skip to Next Choice”, que permite pular até a próxima escolha, mudança de capítulo ou cena de diálogo ainda não vista, facilitando a exploração de trechos já visitados. Também há um sistema de capítulos para poder começar a partir de qualquer ponto já lido com parâmetros alterados pelo jogador e um glossário explicando elementos da ambientação.
Há um sistema de indicação de ganho de pontos de afeto, o que facilita saber se estamos no caminho certo, embora ele fique desativado por padrão. Um ponto interessante, porém, é que ele não é o único elemento necessário e há escolhas que, embora não afetem o relacionamento com os rapazes de forma visível, podem se tornar impeditivas do final verdadeiro. Isso, infelizmente, não é indicado de forma clara e é um grande problema para quem prefere jogar sem guias de rota.
Outro defeito do jogo é a forma como a interatividade da touchscreen é apenas parcial. Para avançar a história dessa forma, é necessário apertar a tela dentro da caixa de texto e não dá para abrir o menu de nenhuma forma, sendo necessário recorrer aos botões do Joy-Con. Os menus também são clicáveis, mas a única forma de sair deles usando o toque é clicando em uma seta que mais parece um enfeite da tela, sendo que há um grande espaço de tela escrito “(B) Back” antes que também poderia ser usado. Além disso, nada da tela de toque é explicado no manual de controles.
Há um sistema de indicação de ganho de pontos de afeto, o que facilita saber se estamos no caminho certo, embora ele fique desativado por padrão. Um ponto interessante, porém, é que ele não é o único elemento necessário e há escolhas que, embora não afetem o relacionamento com os rapazes de forma visível, podem se tornar impeditivas do final verdadeiro. Isso, infelizmente, não é indicado de forma clara e é um grande problema para quem prefere jogar sem guias de rota.
Outro defeito do jogo é a forma como a interatividade da touchscreen é apenas parcial. Para avançar a história dessa forma, é necessário apertar a tela dentro da caixa de texto e não dá para abrir o menu de nenhuma forma, sendo necessário recorrer aos botões do Joy-Con. Os menus também são clicáveis, mas a única forma de sair deles usando o toque é clicando em uma seta que mais parece um enfeite da tela, sendo que há um grande espaço de tela escrito “(B) Back” antes que também poderia ser usado. Além disso, nada da tela de toque é explicado no manual de controles.
Uma VN de qualidade
Illusion of Itehari é uma ótima visual novel otome que chega ao Switch trazendo um mundo envolvente e relacionamentos românticos sólidos e bem desenvolvidos. Embora navegar pelas escolhas das rotas possa ser um tanto inconveniente em alguns momentos pela falta de clareza dos impactos de certas escolhas, a experiência como um todo vale bastante a pena.Prós
- Trama envolvente em uma ambientação curiosa e bem trabalhada;
- Boa variedade de interesses românticos que expandem a nossa perspectiva do mundo;
- Visualmente vívido com artes Live2D;
- Boas performances dos atores vocais, como usual do gênero;
- Sistema cheio de ferramentas que ajudam a tornar a navegação pela trama bem confortável.
Contras
- Algumas escolhas específicas são necessárias para alcançar o melhor final e não contam com boas indicações;
- A interatividade de toque dos menus possui algumas falhas.
Illusion of Itehari — Switch — Nota: 8.5
Revisão: Beatriz Castro
Análise produzida com cópia digital cedida pela Aksys Games







