Análise: Razer Kraken V4 X: Pokémon Edition é um headset de qualidade para dar início à colaboração entre as duas marcas

Novo periférico da Razer combina os já conhecidos iniciais de Kanto com uma experiência confortável e de qualidade sonora.

em 20/10/2025
O Razer Kraken V4 X: Pokémon Edition é um novo headset que faz parte de uma coleção inspirada na primeira geração dos monstrinhos de bolso. Com coloração amarela e conexão cabeada, ele faz parte de uma linha de periféricos que chega ao Brasil em novembro e tivemos a oportunidade de conferi-lo antecipadamente.

Conforto e estilo em Kanto

Assim como os outros produtos da parceria entre a Razer e Pokémon, o Kraken V4 X traz como referência algumas das populares criaturas de Kanto. Mais especificamente, Pikachu, Bulbasaur, Charmander e Squirtle, os iniciais dos jogos da primeira geração, são o foco do fone. 

A coloração dele combina o preto básico com um amarelo forte que remete tanto ao Pikachu quanto à cor tradicional do logotipo da franquia, gerando um equilíbrio elegante e bastante vistoso. Para representar a série, a haste conta tanto com uma versão da logo em preto com bordas amarelas quanto um agrupamento das cabeças dos parceiros já mencionados em um estilo que lembra o puzzle Pokémon Shuffle.

As hastes podem ser ajustadas para maior conforto, contando com uma espécie de régua que permite ter uma noção mais precisa do quanto é necessário expandi-la para adequar à cabeça. O processo de alterar esse aspecto é simples e pode ser feito sem esforço. Na questão design, o pacote inclui adesivos da Razer junto com o manual, sendo uma pena que não tenha sido aproveitado o pacote para adicionar também figurinhas licenciadas de Pokémon para a customização.

Outro elemento importante para o conforto é o acolchoamento tanto da área que fica diretamente ligada ao ouvido quanto da região interna da haste. Sempre me incomodei com o peso e a tendência de aquecimento de headsets, fazendo com que não tivesse costume de usá-los, mas o Kraken V4 X me surpreendeu positivamente. É fácil usá-lo durante períodos prolongados de tempo e as almofadas de espuma viscoelástica são realmente confortáveis, além de manterem muito bem o isolamento acústico.

Áudio de entrada e saída

Em termos de áudio, é possível usar tanto o padrão direto da caixa quanto o som surround 7.1 que precisa ser instalado à parte no PC. Para ter acesso à segunda opção, é necessário fazer uma conta e registrar o produto para receber um código de licença, uma limitação desnecessária para algo que deveria vir direto com o produto.

Os dois perfis são bons em apresentar tanto timbres graves quanto agudos, embora o segundo seja melhor em deixá-los harmonizados e valorizar os efeitos sonoros de fundo enquanto o padrão acaba dando mais ênfase para voz e sons “de frente”. Mesmo músicas que já escutei várias vezes acabam ganhando dimensões que nunca percebi adequadamente usando apenas o som da TV ou de um speaker simples. A nitidez espacial e a diferenciação dos canais de áudio são um ótimo valor adicional de usá-lo.

É possível alterar o volume pelo próprio headset, que também conta com um microfone cardioide Razer Hyperclear retrátil e um botão para deixá-lo mudo (status sinalizado por um brilho vermelho bem nítido). O microfone conta com uma haste flexível e de fácil ajuste. De forma geral, a qualidade dele é boa, tendo um sistema de redução de ruído de fundo, mas o som captado poderia ser um pouco melhor, sendo este o ponto mais fraco do pacote no geral.

Conexão USB e comodidade

Em termos de conectividade, o headset é cabeado e usa dois formatos de USB por padrão. Com o USB-C é possível conectá-lo, por exemplo, em smartphones ou no Switch em seu modo portátil, mas é importante ter em mente que a entrada utilizada implica em não poder carregar o console, um ponto que pode atrapalhar o seu uso em certos momentos. O mesmo vale para celulares, já que ocupa o USB dos mesmos que é usado para recarregar.

O headset também vem com um adaptador de USB-C para o USB mais tradicional (USB-A), permitindo assim o seu uso também em outros aparelhos. Testei o uso tanto no meu computador quanto na dock do Switch e ambos funcionaram muito bem. Diria que ter essas duas opções de conexão cobrem na prática quase todos os dispositivos modernos, embora haja situações como a do modo portátil do Switch para se ter em consideração.

Um headset temático sem deixar a qualidade de lado

O Razer Kraken V4 X: Pokémon Edition é um headset de alta qualidade que é bastante confortável de usar, embora haja alguns detalhes para se ter em mente, especialmente para quem quiser usá-lo em conjunto com o Switch no modo portátil ou depender das gravações do microfone. O tema de Pokémon é bem utilizado pelo design, que equilibra a sobriedade do preto com a sensação nostálgica e facilmente reconhecida do contato com a primeira geração dos monstrinhos. Para quem quer um item inspirado na franquia, mas que valha o uso no dia a dia, trata-se de uma opção válida e de fácil recomendação.

Prós

  • Visual estiloso baseado na primeira geração de Pokémon;
  • Áudio espacial bem balanceado e capaz de apresentar os sons de forma rica;
  • Espumas confortáveis para usar o sistema por um período prolongado e ajuste fácil de tamanho nas laterais;
  • Conexão USB-A e USB-C que funciona em vários dispositivos com facilidade.

Contras

  • A qualidade do áudio do microfone poderia ser melhor;
  • O uso apenas do USB por padrão faz com que não seja possível usá-lo quando o Switch (ou smartphone) está carregando;
  • Acesso limitado por software ao Surround 7.1.

Razer Kraken V4 X: Pokémon Edition — Nota: 8.5

Revisão: Beatriz Castro
Análise produzida com produto cedido pela Razer

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Ivanir Ignacchitti
é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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